Clubes de Ciências na Escola do Campo: investigação, identidade cultural, inclusão e transformação social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/52.2025.28206

Palavras-chave:

Educação Ciêntífica, Inclusão Social, Educação Básica, Ensino Fundamental

Resumo

Este artigo apresenta o percurso e os resultados de uma experiência pedagógica vivenciada por estudantes do sexto e sétimo ano do Ensino Fundamental, no Clube de Ciências, da Escola do Campo Barão de Lucena, do Distrito de Barão de Lucena, Município de Nova Esperança, PR. Motivados pela realidade local, os alunos investigaram os pontos de despejo e os tipos de resíduos sólidos descartados, indevidamente, pela comunidade. Como resultado da pesquisa, foi criado um protótipo de aterro sanitário, que foi apresentado em uma Feira de Ciências, aberta a toda a comunidade. As análises revelaram um envolvimento ativo dos estudantes e evidências do desenvolvimento do pensamento crítico, da argumentação, da cooperação e da inclusão de todos eles no processo educativo, além do fortalecimento da educação científica, contextualizada e adaptada à comunidade escolar. Foi verificado, também, que os Clubes de Ciências, complementando a educação formal, colaboram para a promoção da alfabetização científica.

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Biografia do Autor

Bruna Marques Duarte, Secretaria de Estado de Educação do Paraná, Paranavaí, PR, Brasil

Doutora em Educação para Ciências e Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (PCM-UEM, 2024), possui Mestrado em Ensino pela Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR, 2015), Especialização em Educação Especial pelo Instituto Paranaense de Ensino (2011), Graduação em Ciências - Licenciatura Plena pela Universidade Estadual do Paraná, Licenciatura em Física pelo Centro Universitário Grande Fortaleza. Atualmente, é docente na Secretaria de Educação do Estado do Paraná e integra o Grupo de Pesquisa em Etnomatemática Indígena (GPEIND) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Suas pesquisas concentram-se em abordagens didáticas para o ensino de Ciências, Biologia, Física e Matemática, com foco em comunidades indígenas, Educação do Campo e Educação Básica. Possui experiência em Educação em Ciências, com ênfase em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), Pensamento Crítico, Abordagem Temática Freireana e Educação Escolar Indígena.

Gilvan Andrade dos Santos, Secretaria de Estado de Educação do Paraná, Paranavaí, PR, Brasil

Graduado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), com especialização em Gestão da Informação e do Conhecimento pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO-PR) e em Gestão Ambiental pela Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR). Atualmente, atuo como docente na rede pública e privada de ensino no estado do Paraná.

 

Shalimar Calegari Zanatta, Universidade Estadual do Paraná, UNESPAR, Paranavaí, PR, Brasil

Graduada em Física, Mestre e Doutora em Física da Matéria Condensada pela Universidade Estadual de Maringá - UEM. Pós doutoramento em Ensino de Ciências e Matemática, também pela Universidade Estadual de Maringá. Atualmente é professora Associada da Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR campus de Paranavaí, atuando na Graduação nos cursos de Matemática e Ciências Biológicas e na pós graduação em Formação Docente Interdisciplinar - PPIFOR. Temas de pesquisa: Aprendizagem Significativa de Ausubel, BNCC, Alfabetização Científica, Fake News, Processo ensino e aprendizagem de Ciências, entre outros.

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Publicado

13.05.2025

Como Citar

DUARTE, Bruna Marques; SANTOS, Gilvan Andrade dos; ZANATTA, Shalimar Calegari. Clubes de Ciências na Escola do Campo: investigação, identidade cultural, inclusão e transformação social. Dialogia, [S. l.], n. 52, p. e28206, 2025. DOI: 10.5585/52.2025.28206. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/dialogia/article/view/28206. Acesso em: 18 jun. 2025.

Edição

Seção

Dossiê n. 52 “A Educação Inclusiva em Contextos Presenciais, Híbridos e On-line”
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