Epistemologia de Terra-Pátria para uma nova cidadania planetária
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n57.20270Palavras-chave:
cidadania planetária, epistemologia, pensamento complexo, Terra-Pátria.Resumo
Este artigo tem por objetivo refletir sobre o conceito de Terra-Pátria, a partir do livro homônimo, de Edgar Morin e Anne-Brigitte Kern, considerando a epistemologia da complexidade, que promove a mudança de pensamento – do linear ao complexo – para a reintegração de cultura científica e cultura humanística. Essa perspectiva implica uma nova visão de mundo, um novo pacto ético civilizatório, fundado não apenas na razão ilustrada, mas também na sensibilidade humana e na inteligência emocional que se expressam através do cuidado, da solidariedade, da compreensão e da responsabilidade ecológica e social. Por meio da metodologia de pesquisa bibliográfica, articulamos ainda a obra Terra-Pátria às recomendações da Carta da Terra pela via do desenvolvimento sustentável, que nos leva à construção de uma nova cidadania planetária. Consideramos aqui as seguintes indagações norteadoras: Quais são os fundamentos teóricos presentes nesta obra e que podem ser considerados como bases estruturantes de uma teoria pedagógica capaz de iluminar a educação em direção a essa nova cosmovisão? De que forma a epistemologia presente na obra Terra-Pátria pode inspirar ou orientar a ação pedagógica em direção à reforma do pensamento e das instituições educativas? Concluímos com o reconhecimento de que os operadores cognitivos do pensamento complexo são mecanismos geradores dessa epistemologia e que práticas pedagógicas transdisciplinares são fundamentais à melhor compreensão da realidade.
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