A curiosidade como categoria na formação docente: saber das coisas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/2025.27600

Palavras-chave:

curiosidade, Paulo Freire, pensar reflexivo, John Dewey

Resumo

Propomos interlocuções sobre a categoria curiosidade a partir de Dewey e Paulo Freire que a consideram como germe do ato do pensar reflexivo, trazendo à consideração, para desenvolver tal argumentação, a experiência formativa de duas educadoras-pesquisadoras. Não intencionamos mencionar sobre a diferenciação da perspectiva político-pedagógica entre ambos. Intentamos, a partir da confluência dos princípios desse conceito, conforme se apresenta nos dois autores, propor reflexões sobre os princípios da epistemologia das práticas formativas de educadores-pesquisadores. O texto não se trata apenas de uma revisão de literatura; seu percurso argumentativo é composto também pela observação, produção e análise de dados que se deram junto às participantes da pesquisa: uma assistente pedagógica e uma coordenadora de serviços educacionais de uma rede pública de ensino de uma cidade da região metropolitana de São Paulo. Tomamos como campo de observação para geração de dados o percurso desenvolvido pelas participantes em um programa de mestrado profissional em educação de uma universidade de São Paulo e a pesquisa- ação no contexto formativo no ambiente escolar protagonizada pelas participantes. Como condutor da análise utilizamos o conceito de disposições presente na metodologia dos retratos sociológicos de Lahire e que foi utilizado para identificar a ativação, em diferentes contextos, da disposição para a curiosidade até sua elevação ao campo intelectual ou a curiosidade epistemológica.

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Biografia do Autor

Patricia Aparecida Bioto, Universidade Nove de Julho - UNINOVE, Programa de Pós-Graduação Profissional Gestão e Práticas Educacionais (PROGEPE), São Paulo, SP, Brasil

Professora do PROGEPE-UNINOVE. Pós-Doutora em Educação pela PUC-SP. Pesquisa e publica em formação de professores e de gestores. Líder do Grupo de Pesquisa Formação de professores: contextos, epistemologias e metodologias.

Eliane Duarte, Universidade Nove de Julho - UNINOVE, Programa de Pós-Graduação Profissional Gestão e Práticas Educacionais (PROGEPE), São Paulo, SP, Brasil

Professora no Instituto Federal São Paulo Campus Registro. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação Profissional em Gestão e Práticas Educacionais na Universidade Nove de Julho - SP(2024-2027). Mestre pelo Programa de Pós Graduação Profissional em Gestão e Práticas Educacionais na Universidade Nove de Julho SP (2023). Especialista em Pedagogias da Infância -Fundamentos, Metodologias e Procedimentos. Universidade Nove de Julho SP(2021). Graduada em Pedagogia pela Universidade Nove de Julho São Paulo (2020). Graduada em Ciências Sociais, pelo Instituto de Sociologia e Política da Universidade Federal de Pelotas (2010). Pesquisa sobre Formação de professores: Contextos, epistemologias e metodologias. Integrante do GRUPEFP da Universidade Nove de Julho.

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Publicado

20.05.2025

Como Citar

BIOTO, Patricia Aparecida; DUARTE, Eliane. A curiosidade como categoria na formação docente: saber das coisas. EccoS – Revista Científica, [S. l.], n. 73, p. e27600, 2025. DOI: 10.5585/2025.27600. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/27600. Acesso em: 20 jun. 2025.

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