Programa de educação postural para adolescentes socialmente vulneráveis protegidos por cuidados institucionais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/22.2023.25120

Palavras-chave:

Postura, Adolescentes, Vulnerabilidade social, Educação saudável

Resumo

Introdução: Jovens institucionalizados podem apresentar comprometimento do desenvolvimento por falta de apoio, orientação correta quanto às suas alterações fisiológicas e conhecimento sobre alterações posturais.
Métodos: Trata-se de um estudo observacional longitudinal de série de casos. Foram convidados a participar do estudo adolescentes residentes em abrigos que conseguissem compreender todo o protocolo. Foram realizados dez encontros, uma vez por semana, com 8 intervenções teórico-práticas e 2 avaliações pré e pós-PEP. (programa de educação postural). As avaliações foram: postura estática, equilíbrio dinâmico, força de preensão manual, autoestima, qualidade de vida e questionário teórico de conhecimentos gerais.
Resultados: Dos 18 adolescentes, 11 (7 meninos e 4 meninas), com idade média de 14,8 (±1,3) anos, concluíram o estudo. Após a intervenção PEP, foi encontrada melhora significativa nos ângulos do joelho (3,56º vs. 2,28º) e quadril (-12,03º vs. -4,18º) no seu plano lateral. As pontuações do questionário teórico foram 4,75 vs. 11,63 e a força de preensão manual foi 22,91 vs. 28,54 kgf e 21,55 vs. 26,82 kgf para os membros direito e esquerdo. Nos questionários de qualidade de vida e autoestima não foram obtidas diferenças estatisticamente significativas.
Conclusão: A PEP traz benefícios aos adolescentes em situação de vulnerabilidade social quanto aos ângulos posturais, força de preensão manual e conhecimento teórico. A autoestima e a qualidade de vida não se alteraram, provavelmente devido à sua elevada vulnerabilidade.

CROSSMARK_Color_horizontal.svg

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Anelise Sonza, Universidade do Estado de Santa Catarina

Departamento de Fisioterapia

Área de atuação: Pediatria

Referências

Fay DL, Akhavan S, Goldberg VM. Cadernos de Pesquisa. Angewandte Chemie International Edition 2006; 36: 9–246.

Schoen-Ferreira TH, Aznar-Farias M, Silvares EF de M. Adolescência através dos séculos. Psicologia: Teoria e Pesquisa 2010; 26: 227–234.

Bretas JR da S. Mudanças: a Corporalidade. 2003.http://www.repositorio.unifesp.br/bitstream/handle/11600/18442/Tese-7605.pdf;jsessionid=F22C07D3F14D1CD832A95781C2438228?sequence=2.

Sedrez JA, Da Rosa MIZ, Noll M, Medeiros FDS, Candotti CT. Fatores de risco associados a alterações posturais estruturais da coluna vertebral em crianças e adolescentes. Revista Paulista de Pediatria 2015; 33: 72–81.

Cardon G, De Bourdeaudhuij I, De Clercq D. Knowledge and perceptions about back education among elementary school students, teachers, and parents in Belgium. Journal of School Health 2002; 72: 100–106.

Jordá Llona M, Pérez Bocanegra E, García-Mifsud M, Jimeno Bernad R, Ortiz Hernández R, Castells Ayuso P. Escuela de espalda: una forma sencilla de mejorar el dolor y los hábitos posturales. An Pediatr (Engl Ed) 2014; 81: 92–98.

Vidal J, Borràs PA, Ponseti FJ, Cantallops J, Ortega FB, Palou P. Effects of a postural education program on school backpack habits related to low back pain in children. European Spine Journal 2013; 22: 782–787.

Casarotto RA, Murakami SC. Grupo de Coluna e Back-School. Rev fisioter Univ Säo Paulo 1995; 2: 65–71.

Dolphens M, Cagnie B, Danneels L, De Clercq D, De Bourdeaudhuij I, Cardon G. Long-term effectiveness of a back education programme in elementary schoolchildren: An 8-year follow-up study. European Spine Journal 2011; 20: 2134–2142.

Sonza A, Nascimento GL do, Junior MLS, Perez PM, Vaz G. Efeitos de um programa de educação postural online em atletas adolescentes de basquetebol. In: Ciências da saúde: Aspectos diagnósticos e preventivos de doenças. Atena Editora, 2023, pp 266–279.

Candotti CT, Macedo CH, Noll M, Freitas K De. Escola Postural: Uma Metodologia Adaptada Para Crianças. Revista eletrônica da Escola de Educação Física e Desportos - UFRJ 2009; 5: 34–49.

Turra P, Nichele L de FI, Badaró AFV. Caracterização da postura corporal de crianças em situação de vulnerabilidade social. Revista Neurociencias 2015; 23: 376–382.

Miranda LS, Graciosa MD, Puel AN, Raulino de Oliveira L, Sonza A. Masticatory muscles electrical activity, stress and posture in preadolescents and adolescents with and without temporomandibular dysfunction. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 2021; 141: 110562.

Bulow A, Cat C, Anderson JE, Leiter JR, Macdonald PB. Original research the modified star excursion balance and y-balance test results differ when assessing physically active healthy adolescent females. The International Journal of Sports Physical Therapy 2019; 14: 192–203.

Elaine Ewing Fess, Christine A. Moran. ASHT’s Clinical Assessment Recommendations. 3th ed. American Society of Hand Therapists, 2016.

Carreira H, Amaral TF, Brás-Silva C, Oliveira BMPM, Borges N. Força da preensão da mão numa amostra de crianças dos 11 aos 14 anos. Acta Med Port 2010; 23: 811–818.

Maria A. Biofotogrametria confiabilidade das medidas do protocolo do software para avaliação postural ( SAPO ). 1980; : 299–305.

Leite JM. Efeito da Escola de Postura em Crianças. Universidade Castelo Branco 2009; 3

Andrade SC de, Araújo AGR de, Vilar MJP. Escola de Coluna: revisão histórica e sua aplicação na lombalgia crônica. Rev Bras Reumatol 2005; 45: 2–6.

Reis MM, Arantes PMM. Medida da força de preensão manual- validade e confiabilidade do dinamômetro saehan. Fisioterapia e Pesquisa 2011; 18: 176–181.

Elaine Ewing Fess, Christine A. Moran. ASHT’s Clinical Assessment Recommendations. 3th ed. American Society of Hand Therapists, 2016

Downloads

Publicado

22.11.2023

Como Citar

1.
Postai M, Oliveira LR de, Puel AN, Sandini Junior ML, Nascimento GL do, Montemezzo D, et al. Programa de educação postural para adolescentes socialmente vulneráveis protegidos por cuidados institucionais. Cons. Saúde [Internet]. 22º de novembro de 2023 [citado 22º de dezembro de 2024];22(1):e25120. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/saude/article/view/25120

Edição

Seção

Estudos de casos