A Adoção da Inovação Aberta Dentro da Estratégia de Internacionalização de Empresas Multinacionais de Economias Emergentes

Autores

  • Franciane Freitas Silveira Universidade Nove de Julho - UNINOVE, São Paulo
  • Fabiano Armellini Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Departamento de Engenharia Mecânica
  • Lucas Nobrega Dantas de Aquino IDR Technovation Consultoria em Inovação
  • Domingos Antônio Giroletti Faculdades Pedro Leopoldo – FPL

DOI:

https://doi.org/10.5585/gep.v3i3.126

Palavras-chave:

Inovação Aberta, Internacionalização de P&D, Multinacionais de Países Emergentes.

Resumo

Com o aumento da relevância dos países emergentes na economia global, acelerou-se o processo de internacionalização das empresas oriundas desses países. Isso pode ser constatado pelo aumento do fluxo de IDE (Investimento Direto Estrangeiro) provenientes de empresas de mercados emergentes. Apesar das similaridades com as empresas tradicionais, a literatura indica que as multinacionais emergentes lançam mão de estratégias diferenciadas para traçar sua trajetória de atuação além fronteiras. A partir dessa perspectiva, este estudo exploratório analisa o processo de verticalização e desverticalização das empresas enfocando, sobretudo, a mudança atual do paradigma de inovação, conhecida como inovação aberta. Com base nesse panorama, avaliam-se as estratégias das multinacionais emergentes e o papel de suas subsidiárias, com o intuito compreender como se dá o processo de dispersão das atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) ao longo do processo de internacionalização dessas empresas, e mais particularmente as empresas brasileiras. O estudo mostra, por meio de comparação de estudos teóricos, que o paradigma da inovação aberta traz vantagens para as corporações multinacionais emergentes que o adotam em seus processos de internacionalização das atividades de P&D, mas que as empresas brasileiras não parecem estar se aproveitando em toda sua potencialidade.

DOI:10.5585/gep.v3i3.126

Biografia do Autor

Franciane Freitas Silveira, Universidade Nove de Julho - UNINOVE, São Paulo

Doutoranda em Administração pela Universidade de São Paulo - USP; Mestre em Administração pela Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da Universidade de São Paulo - FEA/USP; Professora do Programa de Mestrado Profissional em Administração - Gestão de Projetos daUniversidade Nove de Julho - PMPA-GP/UNINOVE.

Fabiano Armellini, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Departamento de Engenharia Mecânica

Mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade de São Paulo, Brasil(2006) Pesquisador (doutorando) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

Lucas Nobrega Dantas de Aquino, IDR Technovation Consultoria em Inovação

MBA em Gestão do Conhecimento, Tecnologia e Inovação pela Fundação Instituto de Administração, Brasil(2009) Diretor do ALLAGI Engenharia Ltda.

Domingos Antônio Giroletti, Faculdades Pedro Leopoldo – FPL

Domingos Antônio Giroletti Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ Professor das Faculdades Pedro Leopoldo – FPL

Referências

Ambos, T., Ambos, B.; Schlegelmilch, B. (2006)Learning from foreign subsidiaries: An empirical investigation of headquarters benefits from reverse knowledge transfers, International Business Review, Vol. 15, No.3, pp.294-312.

Andersson, U.; Forsgren, M. (1996)Subsidiary Embeddedness and control in the multinational corporation, International Business Review, Vol.5, pp.487-508.

Andersson, U., Forsgren, M.; Holm, U. (2001)Subsidiary Embeddedness and Competence Development, in MNCs A Multi-Level Analysis. Organization Studies, Vol. 22, pp. 1013-1034.

Bartlett, C. A.; Ghoshal, S. (2000) Going Global: Lessons from Late Movers,Harvard Business Review, March-April 2000.

Birkinshaw, J.; Hood, N.; Jonsson (1998)Building Firm-Specific Advantages in Multinational Corporations: The Role of Subsidiary Initiative, Strategic Management Journal, Vol. 19, pp. 221-241.

Birkinshaw, J.M.: Morrison, A.J. (1995)Configurations of strategy and structure in subsidiaries of multinational corporations, Journal of International Business Studies, Vol. 26, pp. 729-753.

Borini, F.; Oliveira JR. M.M. ; Silveira, F.S. (2012)The Reverse Transfer of Innovation of Foreign Subsidiaries of Brazilian Multinationals,European Management Journal, Vol. 30, No. 3, pp. 219–231.

Borini, F. M. (2008) Transferência, desenvolvimento e reconhecimento de Competências organizacionais em subsidiárias estrangeiras de Empresas multinacionais brasileiras, Tese deDoutorado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.

Brasil (2005) Lei 11.196, de 21 de novembro de 2005, capítulo III:Institui incentivos à inovação tecnológica.

Chandler Jr., A.D. (1990) Scale and scope: the dynamics of industrial capitalism Harvard University Press.

Chesbrough, H. W. (2003) Open Innovation: The New Imperative for Creating And Profiting from Technology, Harvard Business School Press.

Chesbrough, H.W., Appleyard, M. M. (2007) Open innovation and strategy, California Management Review, Vol. 50. No.1, pp. 57–76.

Chesbrough, H.W.; Vanhaverbeke, W.; West, J. (eds.) (2006) Open innovation: researching a new paradigm, Oxford University Press.

Chiesa, V. (1996).Managing the internationalization of R&D activities, IEEE Transactions on Engineering Management, Vol. 43, pp. 7–23.

Chiesa, V. (2000) Global R&D Project Management and Organization: a taxonomy, Journal of Product Innovation Management, Vol. 17; No.5, pp. 341-359.

Ciabuschi, F.; Dellestrand, H.; Martín, N. O. (2011) Internal embeddedness, headquarters involvement, and innovation importance in multinational enterprises, Journal of Management Studies, Vol. 48, No.7.

Dahlander, L.; Gann, D.M. (2010) How open is innovation?, Research Policy, Vol. 39, No. 6, pp.699-709.

Dunning, J. H. (1988) The eclectic paradigm of international production: a restatement and some possible extensions, Journal of International Business Studies, Vol. 19, No. 1, pp. 1-31.

Ernst, D. (2005) Complexity and internationalisation of innovation—why is chip design moving toAsia?, International Journal of Innovation Management, Vol. 9, No. 1, pp. 47-73.

Ferdows, K. (1997) Making the most of foreign factories, Harvard Business Review, New York,Vol. 75, No. 2, pp. 73-88.

Frost, T.; Birkinshaw, J.; Ensign, P. (2002) Centers of Excellence in Multinational Corporations.Strategic Management Journal,Vol.23, pp. 997-1018.

Gammeltoft, P. (2005)Internationalization of R&D: trends; drivers and managerial challenges,Proceedings of the Druid Summer Conference on Dynamics of Industry and Innovation: Organizations,Networks and System, Vol. 10.

Gassmann, O.; Enkel, E. (2004) Towards a theory of open innovation: three core process archetypes, Proceedings of the R&D Management Conference, Lisbon, Portugal, July 6-9, 2004.

Gassmann, O.; Enkel, E.; Chesbrough, H.W. (2010) The future of open innovation, R&D Management, Vol. 40, No.3, pp.213-221.

Gassmann, O.; Von Zedwitz. (1999)New Concepts and Trends in International R&D Organization, Research Policy, Vol. 28, No. 2, pp. 231-250.

Gil, A.C. (2002) Como elaborar projetos de pesquisa, 4ª edição, Ed. Atlas.

Gupta, A.; Govindarajan, V. (1991) Knowledge flows and the structure of control within multinational corporations,Academy of Management Review, Vol. 16, No. 4, pp. 768-792.

Gupta, A.; Govindarajan, V. (1994)Organizing for Knowledge Flows within MNCs, International Business Review, Vol. 3, No. 4, pp. 443-457.

Hakanson, L.; Nobel, R..(2001) Organizational Characteristics and Reverse Technology Transfer,Management International Review, Vol. 41, No. 4, pp.395- 420.

Hansen, M. T.; Birkinshaw, J. (2007) The Innovation Value Chain, Harvard Business Review, June 2007.

Johanson, J.; Valhne, J.E. (2003)Business Relationship Learning and Commitment in the internationalization Process, Journal of International Entrepreneurship, Vol. 1, No.1, pp.83-101.

Kuemmerle, W. (1997) Building effective R&D capabilities abroad,Harvard Business Review , Vol. 75, No.2, pp. 61–70.

Luo, Y; Tung, R. L. (2007) International expansion of emerging market enterprises: A springboard perspective, Journal of International Business Studies, Vol. 38, No. 4, pp. 481-498.

Mathews, J. (2006) Dragon Multinationals: New Players in the 21stCentury. Asia-Pacific Journal of Management, Vol. 23, No. 1, pp. 2-27.

Mudambi; Navarra, P. (2004)Is knowledge power? Knowledge flows, subsidiary power and rent-seeking within MNCs,Journal of International Business Studies, Vol. 35, No.5, pp.385-406,

OCDE. (2008) Open Innovation in Global Networks, Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

OCDE; Eurostat(2005) Manual de Oslo – Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação, 3ª edição, Finep, 2006.

Oliveira JR. M.; Borine, F. M. (2009) Gestão de Subsidiárias,GV Executivo, Vol.8,No. 2,Ago/Dez 2009.

Pearce, R., Papanastassiou, M. (1999)Overseas R&D and the strategic evolution of EMNEs: evidence from laboratories in the UK.Research Policy, No. 28, pp. 23-41.

Porto, G.; Galina, S. (2008). Relatório Técnico GINEBRA (Gestão Empresarial para a Internacional de Empresas Brasileiras). Sub-projeto 4 – Gestão e P&D internacional,Elaborado para a Fundação de Apoio à Pesquisa de São Paulo, FAPESP.

Prospectiva (2009) A Internacionalização das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento e o Brasil nas Redes Globais de Inovação, Estudo informativo disponível em http://www.interfarma.org.br. Acesso em 18 de junho de 2012.

Ronstadt, R.C. (1977) Research and Development Abroad by U.S. Multinationals. New York: Praeger.

Schumpeter, J.A. (1911) The theory of economic development, Cambridge, Harvard University. 1957.

Schumpeter, J.A. (1939) Business cycles: a theoretical, historical and statistical analysis of the capitalist process, Porcupine, 1989.

Schumpeter, J.A. (1943) Capitalism, Socialism and Democracy George Allen &Unwin Ltd.

Sturgeon, T. J. (1997) Does manufacturing still matter? The organization delinking of production from innovation, International Conference on New Product Development and Production Networks, Berlin.

UNCTAD.(2005) World Investment Report 2005, United Nations, Geneva.

Yamin, M.; Otto, J. (2004) Patterns of Knowledge Flows and MNE Innovative Performance, Journal of International Management, Vol. 10, pp. 239-258.

Zander, I. (1999) How do you mean ‘global’? An empirical investigation of innovation networks in the multinational corporation,Research Policy,Vol.28, pp. 195–213, 1999.

Downloads

Publicado

2012-12-29

Como Citar

Silveira, F. F., Armellini, F., Dantas de Aquino, L. N., & Giroletti, D. A. (2012). A Adoção da Inovação Aberta Dentro da Estratégia de Internacionalização de Empresas Multinacionais de Economias Emergentes. Revista De Gestão E Projetos, 3(3), 251–276. https://doi.org/10.5585/gep.v3i3.126

Edição

Seção

Artigos