O que nos falta? Marketing de destino turístico e hospitalidade em um destino cultural brasileiro sob a perspectiva dos stakeholders
DOI:
https://doi.org/10.5585/podium.v10i2.17014Palavras-chave:
Stakeholders, Marketing de Destino e Branding, Organizações de Marketing de Destino, Hospitalidade, Turismo CulturalResumo
Objetivo do estudo: o objetivo deste estudo é compreender as atividades de promoção de marketing e o perfil do turista de um destino cultural na perspectiva dos stakeholders.
Metodologia/Abordagem: por meio de uma abordagem mista, foram realizadas entrevistas em profundidade, em 2013 e 2019, com os stakeholders do município de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. Para se entender o perfil socioeconômico dos turistas, aplicou-se um survey a 396 turistas locais.
Originalidade/Relevância: o argumento central é que, embora o destino tenha atrativos renomeados, os stakeholders precisam de trabalhar juntos para inovar, fornecendo novas experiências para excursionistas e viajantes internacionais, sem esquecer a população local. Além disso, investigar o repertório de seus stakeholders pode trazer insights sobre como o trade poderia surpreender os turistas, desenvolvendo também programas de hospitalidade.
Principais resultados: os resultados mostram que existem pelo menos quatro tipos de turistas em Ouro Preto, os turistas histórico-culturais, os turistas de repúblicas, os visitantes regionais e os turistas internacionais, que não foram devidamente contemplados pelas organizações de marketing de destino, como restaurantes, hotéis, agências de viagem e governo. As principais conclusões do estudo podem ser agrupadas em 5 áreas: i) atividades de promoção de marketing, ii) novas tecnologias, iii) plano de marketing e branding, iv) desenvolvimento de produtos e, v) problemas novos e resolvidos.
Contribuições teóricas/metodológicas: a principal contribuição é a análise longitudinal do destino, ainda incipiente nas pesquisas em turismo, mas que pode ajudar a compreender as mudanças no destino ao longo do tempo. Também são apontadas possíveis formas de promover destinos internacionalmente, não apenas Ouro Preto, mas também outros destinos brasileiros similares.
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