Modelo de fluxo de rede para seleção de fornecedores em resposta aos desastres: um exercício na região serrana do estado de Santa Catarina – Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/exactaep.2021.17236

Palavras-chave:

Logística humanitária, Fluxo em redes, Lead time, Desastres.

Resumo

Desastres afetam a normalidade da região atingida, causam danos e perdas em todo o sistema econômico social da região. Operações de logística humanitária buscam atender o mais rápido possível a demanda requerida, tendo como principal objetivo salvar o maior número de pessoas.  Apresenta-se um modelo matemático e computacional para apoiar as operações humanitárias em eventos de desastres, com destaque para a função de aquisição de suprimentos. Fornecedores foram selecionados com a possibilidade de entregar os itens de assistência humanitária em curto prazo, utilizando um modelo de fluxo em redes adaptado, utilizou-se técnicas de simulação e otimização. Aplicou-se o modelo proposto no cenário de um evento adverso ocorrido no estado de Santa Catarina. Como resultado do problema de fluxo em redes, verificou-se que a condição do produto estar o mais rápido possível no local de demanda foi satisfeita e foi utilizada a capacidade dos fornecedores nas datas mais próximas aos eventos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fabiana Santos Lima, UFSC

Pós-doutorado (bolsista CAPES) na Universidade Federal de Santa Catarina pesquisa questões relacionadas à Gerenciamento de Processos de Negócios, Dinâmica de Sistemas,Gestão de Resíduos ,Sustentabilidade, Logística Humanitária, Modelagem e Simulação de Processos. Doutora (2014) pela Universidade Federal de Santa Catarina com doutorado sanduíche na Universität Münster, Alemanha. Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (1996) e, Graduada em Matemática pela Universidade Federal do Rio Grande (1995). Foi professora de alguns cursos de graduação e pós graduação, entre estes, Administração, Ciência da Computação, Pedagogia. Ministrou disciplinas na área de Ciências Exatas e Ciências Aplicadas e Sociais. Já trabalhou com processo de reconhecimento de cursos. Tem experiência como coordenadora de estágios no ensino superior. Experiência acadêmica em Engenharia de Produção com ênfase em Logística. Atualmente é professora visitante da Universidade Federal de Santa Catarina ligada ao Programa de pós-graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação.

Daniel de Oliveira, Unigranrio

Graduado em Informática pela UNIPLAC, Mestre em Computação Aplicada pela UNIVALI e Doutor em Engenharia de Produção e Sistemas pela UFSC. Fez parte do seu doutorado no INSA-ROUEN na França. Participou de vários congressos e aprovou artigos em periódicos internacionais na área de transporte urbano, otimização de redes de transporte, sistemas de informação e logística humanitária e emergencial. Atua na área de Ciência da Computação desde de 1998, com ênfase em Desenvolvimento de Aplicações Web em Sistemas Operacionais Linux e possui experiência como desenvolvedor e analista de softwares voltados a área de transportes e logística. Atualmente, dedica-se à pesquisa de métodos e tecnologias para solucionar problemas multidisciplinares através de Inteligência Artificial, Otimização Combinatória, Jogos Digitais e Logística Humanitária. Coordenou e atuou como professor do curso de Jogos Digitais na unidade Fatenp/UNIGRANRIO entre 2015-2017 e desde 2018 coordena os cursos de Bacharelado em Sistemas de Informação, CST em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Redes de Computadores, presencial e EAD na Unigranrio, campus Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Está envolvido em projetos e startups de jogos, gamificação, realidade aumentada, Logística Humanitária e Internet das Coisas (IoT).

Andréa Cristina Trierweiller, UFSC

Professora Adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina, lotada na Coordenadoria Especial Interdisciplinar em Tecnologias da Informação e Comunicação. Professora Permanente e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação (PPGTIC). É coordenadora do grupo de pesquisa: (1) Gestão da Inovação e Sustentabilidade (LABeGIS), membro do (2) Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Conhecimento, e do grupo Aprendizagem e Memória Organizacional (KLOM) e; (3) Núcleo de Engenharia da Integração e Governança do Conhecimento - ENGIN. Foi pesquisadora Pós-doutoranda (out. 2010 a ago. 2015), atuando em pesquisas com o uso da Teoria da Resposta ao Item (TRI), em temas relacionados à área ambiental, gestão da inovação - tendo como base o estudo em organizações públicas e privadas. Obteve os títulos de Doutora (2010), Mestre (2004) e Especialista (2000) em Engenharia de Produção, Bacharel em Administração (1993), todos pela UFSC. Seus interesses de pesquisa estão ligados à sustentabilidade, gestão da inovação e inovação social.. É consultora ad hoc do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira para avaliação de cursos de graduação em Instituições de Ensino Superior.

Yuri Vefago, UFSC

Mestre, pelo Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGTIC/UFSC). Graduado, pelo curso de Administração de Empresas da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Atuou como pesquisador, vinculado ao Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Trabalho e Educação (NIETE/UNESC/CNPq). Foi co-fundador da Empresa Júnior do Curso de Administração da UNESC, Modus Consultoria Júnior, onde atuou também como presidente entre os anos de 2015 e 2016. Atualmente é pesquisador do Laboratório de Gestão, Inovação e Sustentabilidade (LABeGIS/UFSC).

Referências

Balcik, B., Beamon, B. M., Krejci, C, Muramatsu, K. M., & Ramirez, M. (2010). Coordination in humanitarian relief chains: Practices, challenges and opportunities. International Journal Production Economics. Science Direct, 12(6), 22-34. https://doi.org/10.1016/j.ijpe.2009.09.008

Balcik, B., & Beamon, B. M. (2008). Facility location in humanitarian relief. International Journal of Logistics: Research and Applications, 11(2), 101-121. https://doi.org/10.1080/13675560701561789

Blecken, A. (2010). Supply chain process modelling for humanitarian organizations. Journal of Physical Distribution & Logistics Management, 40(8/9), 675-692. https://doi.org/10.1108/09600031011079328

Cauchick M. P. (2010). Metodologia de Pesquisa em Engenharia de Produção e Gestão de Operações. Elsevier, Rio de Janeiro. ISBN (versão digital): 978-85-352-9135-3.

Cobrade (2020). Classificação e codificação brasileira de desastres. Disponível em: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2012/06/1.-Codifica%C3%A7%C3%A3o-e-Classifica%C3%A7%C3%A3o-Brasileira-de-Desastres-COBRADE2.pdf

Coughlan, P., & Coghlan, D. (2002) Action research for operations management. International Journal of Operations & Production Management, 22(2), 220-240. https://doi.org/10.1108/01443570210417515

Defesa Civil. (2015). Defesa Civil - Santa Catarina. Disponível em https://www.defesacivil.sc.gov.br/

Ertem, M. A., & Buyurga, N. N. (2011) An auction-based framework for resource allocation indisaster relief. Journal of Humanitarian Logistics and Supply Chain Management, 1(2), 170-188. https://doi.org/10.1108/20426741111158412

Falasca, M., & Zobel, C. (2011). A two-stage procurement model for humanitarian relief supply chains, Journal of Humanitarian Logistics and Supply Chain Management, 1(2), 151–169 https://doi.org/10.1108/20426741111188329

IBGE. (2010). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/. Acesso em 23 mar 2015.

Kennington, J. L., & Helgason, R.V. (1980). Algorithm for Network Programming. New York:, John Willey & Sons. https://doi.org/10.1002/net.3230120107

Lima, F. S., Oliveira, D., & Gonçalves, M. B. (2014). Formação de clusters para o gerenciamento da cadeia de suprimentos em operações humanitárias. Exacta – EP, 12(1), 55-68. https://doi.org/10.5585/exactaep.v12n1.4696

Lima, F. S., Eyerkaufer, M. L., Gonçalves, M. B. (2017). Capítulo 5 - Gestão de Desastres. In: Adriana Leiras;Hugo Tsugunobu Yoshida Yoshizaki; Márcia Marcondes Altimari Samed;Mirian Buss Gonçalves. (Org.). Logistica Humanitária. 1ed.Rio de Janeiro: Elsevier, 57-77. ISBN 978-85-352-8795-0

López-Vargas, J. C., Cárdenas-Aguirre, D. M. (2018). Factores de influencia en la coordinación logística para la preparación y atención de desastres – Una revisión de literatura. Revista EIA, 15(30), 41-56. https://doi.org/10.24050/reia.v15i30.1146

Marco de Sendai. (2015). Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015- 2030. Disponível em: https://www.mdr.gov.br/images/stories/ArquivosDefesaCivil/ArquivosPDF/Sendai_Framework_for_Disaster_Risk_Reduction_2015-2030-Portugus.pdf

Ministério da Integração Nacional. (2014). Anuário brasileiro de desastres naturais. Ministério da Integração Nacional. Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres. – Brasília: CENAD. Disponível em: https://www.mdr.gov.br/images/stories/ArquivosDefesaCivil/ArquivosPDF/publicacoes/Anurio-Brasileiro-de-Desastres-Naturais-2013.pdf

Olsen, G., Carstensen, N. & Hoyen, K. (2003). Humanitarian crisis: What determines the level of emergency assistance. Media coverage, donor interest and the AID business. Disasters, 27(2), 109-26. https://doi.org/10.1111/1467-7717.00223

ONU. (2009). Organização das Nações Unidas. Disponível em: https://nacoesunidas.org/

Rodriguez, J., Vitoriano, B., Montero, J. (2012). A general methodology for data-based rule building and its application to natural disaster management. Computers & Operations Research. https://doi.org/10.1016/j.cor.2009.11.014

Samed, M. M. A., Gonçalves, M. B. (2017). Capítulo 3 – Introdução à Logística Humanitária In: Adriana Leiras;Hugo Tsugunobu Yoshida Yoshizaki; Márcia Marcondes Altimari Samed;Mirian Buss Gonçalves. (Org.). Logistica Humanitária. 1ed.Rio de Janeiro: Elsevier, 27-37. ISBN 978-85-352-8795-0

Schultz, S. F. (2008). Disaster Relief Logistics: Benefits of and Impediments to Horizontal Cooperation between Humanitarian Organizations. Doctoral thesis, Technischen Universität Berlin, Germany. http://dx.doi.org/10.14279/depositonce-2086

Schulz, S. F., & Heigh, I. (2009). Logistics performance management in action within a humanitarian organization, Management Research News, 32(11). https://doi.org/10.1108/01409170910998273

Tatham, P. & Pettit, S. (2010). Transforming humanitarian logistics: the journey to supply network management. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, 40(8/9), 609-622. https://doi.org/10.1108/09600031011079283

Taupiac, C. (2001). Humanitarian and development procurement: a vast and growing market, International Trade Forum, 4, 7-10. https://www.tradeforum.org/Humanitarian-and-Development-Procurement---A-Vast-and-Growing-Market/

Thomas, A. (2004). Elevating Humanitarian Logistics. International Aid & Trade Review, 102-106

Trestrail, J., Paul, J., & Maloni, M. (2009), Improving bid pricing for humanitarian logistics, International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, 39(5), 428-41. https://doi.org/10.1108/09600030910973751

Trunick, P. (2005). Special report: delivering relief to tsunami victims. Logistics Today, 46(2), 1-3.

Van Wassenhove, L. V. (2006). Humanitarian Aid Logistics: Supply Chain Managent in High Gear, Journal of the Operational Research Society, 57(5), 475-489. https://doi.org/10.1057/palgrave.jors.2602125

Downloads

Publicado

21.01.2022

Como Citar

Lima, F. S., de Oliveira, D., Trierweiller, A. C., & Vefago, Y. (2022). Modelo de fluxo de rede para seleção de fornecedores em resposta aos desastres: um exercício na região serrana do estado de Santa Catarina – Brasil. Exacta, 20(1), 198–217. https://doi.org/10.5585/exactaep.2021.17236

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)