Análise da capacidade competitiva das micro e pequenas empresas brasileiras com vista a exportação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/exactaep.2021.17813

Palavras-chave:

pequenas e médias empresas, internacionalização, competitividade, inovação

Resumo

As micro e pequenas empresas predominam em números frente as médias e grandes empresas na ordem de mais de 90% em todo o mundo. Contribuindo fortemente na formação do Produto Interno Bruto em todos os países. Tornam-se propulsoras do desenvolvimento econômico na mediada em que recebem estímulos adequados em um ambiente que propicie o desenvolvimento de inovações tecnológicas. Observa-se na literatura que quando estabelecido o meio ambiente adequado, proporcionado por uma política pública de país, são desenvolvidos ganhos de capacidades competitivas nas empresas lá instaladas. Em contra partida, observa-se escassez na produção de artigos científicos que analisam como são estabelecidos ganhos da capacidade competitiva das empresas que participam de programas de subvenção e que se tornam capazes de se desenvolverem, tais quais, aquelas que participam de clusters de desenvolvimento tecnológico com o seu efetivo ganho de capacidade após a finalização da sua participação em programas de incubação. Nesse aspecto, o Brasil atua mais fortemente com subvenções que visam desenvolver a capacidade competitiva de empresas através de programa, tais como: Programa Nacional da Cultura Exportadora, Programa de Extensão Industrial para Exportação, Brasil Mais Produtivo, Agentes Locais de Inovação, entre outros. Tendo estes como finalidades a realização de consultorias e financiamentos para aquisição de equipamentos, além de consultorias para desenvolver as capacidades competitivas das empresas selecionadas de modo a atuarem em alto nível de competitividade. Assim, esta pesquisa visa analisar a capacidade competitiva voltada para a internacionalização de micro e pequenas empresas que participaram de programas de incentivos ao aumento de competitividade com vistas a identificar quais capacidades foram incluídas em suas estratégias de atuação, ao final do programa, que indique a sua efetividade. Para isso são analisados os relatórios de 256 empresas participantes do programa de Extensão Industrial para Exportação para identificar, pós execução do projeto, o nível de competitividade dessas empresas localizadas na região metropolitana da cidade do Recife.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carla Patrícia Santos Ferreira, Universidade Federal de Pernambuco / Recife - PE

Possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco (2016). Atualmente é discente do curso de Mestrado Profissional em Rede em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (Profnit). Tem experiência com monitoria de graduação na área de Pesquisa Operacional do curso de Administração da UFPE. Tem experiência profissional na área de comércio exterior e pesquisa e mapeamento.

André Marques Cavalcanti, Universidade Federal de Pernambuco / Recife - PE

Possui graduação em Matemática pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1985), mestrado em pela Universidade Federal de Pernambuco (1992) e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (2004). Atualmente é coordenador do Núcleo de Inovação, Empreendedorismo e Sustentabilidade (NIES) do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFPE. Participa como professor pesquisador dos programas de Pós-graduação (Mestrado) em Administração PADR da Universidade Rural de Pernambuco e do Mestrado Profissional em Rede em Propriedade Intelectual e transferência de Tecnologia para Inovação (Profnit). Sendo nesse último coordenador do programa desde 2016. Além disso atuou em empresa de telecomunicações nas áreas de desenvolvimento de projetos de engenharia e consultoria técnica. Atualmente desenvolve pesquisa em inovação nas industrias visando aumento da competitividade e formas de transferência de tecnologia.

Auristela Maria da Silva, Universidade Federal de Pernambuco / Recife - PE

Possui graduação em Engenharia Elétrica Modalidade Eletrônica pela Universidade de Pernambuco (1991) e mestrado em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco (2005). Atualmente é engenheira eletrônica da Universidade Federal de Pernambuco, atuando no Núcleo de Inovação, Empreendedorismo e Sustentabilidade do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFPE nas áreas de incubação de empresas, empreendedorismo e inovação. Tem experiência na área de Engenharia Eletrônica, com ênfase em Sistemas de Telecomunicações, atuando principalmente nos seguintes temas: telefonia, VoIP, redes de ambiente, redes dinâmicas, protocolos de roteamento, redes complexas, redes sociais, políticas dinâmicas e negociação. Tem experiência na área de Educação a Distância como tutora e professora executora no ensino superior.

Atualmente desenvolve pesquisas de inovação e competitividade com foco em micro e pequenas empresas.

Referências

Abebe, M. A. Angriawan, A. (2014). Organizational and competitive influences of exploration and exploitation activities in small firms. Journal of Business Research 67 339–345. DOI: 10.1016/j.jbusres.2013.01.015

Bell, J. (1995). The internationalization of small computer software firms. European journal of marketing. https://doi.org/10.1108/03090569510097556

Boehe, D. M., Larentis, F., De Toni, D., & Mattia, A. Á. (2011). Papel das relações interorganizacionais e da capacidade de inovação na propensão para exportar. REAd. Revista Eletrônica de Administração (Porto Alegre), 17(1), 86-116. https://doi.org/10.1590/S1413-23112011000100004

Bonaccorsi, A. (1992). On the relationship between firm size and export intensity. Journal of international business studies, 23(4), 605-635. https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8490280

Calof, J. L. (1994). The relationship between firm size and export behavior revisited. Journal of International Business Studies, 25(2), 367-387. https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8490205

Coutinho, C. P. (2014). Metodologia de investigação em ciências sociais e humanas. Leya.

Coviello, N. (2015). Re-thinking research on born globals. Journal of International Business Studies, 46(1), 17-26.

Coviello, N., & Munro, H. (1997). Network relationships and the internationalisation process of small software firms. International business review, 6(4), 361-386.

Czinkota, M. R. (1986). International trade and business in the late 1980s: An integrated US perspective. Journal of International Business Studies, 17(1), 127-134.

Da Rosa, F. M., de Mello, R. C., Ferreira, V. A. de C., (2018). The phenomenon of internationalization and scale-up enterprises: A systematic literature review. Internext, 01 August 2018, Vol.13(2), pp.71-85 https://doi.org/10.18568/1980-4865.13271-85

Dal-Soto, F., Alves, J. N., & Bulé, A. E. (2014). Análise do Processo de Internacionalização do Modelo de Uppsala: caminhos para as empresas Brasileiras. Revista Estudo & Debate, 21(1).

De Melo, M. A. & Leone, R. J. G. (2015). Alinhamento entre as Estratégias Competitivas e a Gestão de Custos: um Estudo em Pequenas Empresas Industriais do Setor de Transformação. BBR Brazilian business review (Portuguese ed.), 01 January 2015, Vol.12(5), pp.83-104

De Oliveira, J., Terence, A. C. F., & Escrivão Filho, E. (2010). Planejamento estratégico e operacional na pequena empresa: impactos da formalização no desempenho e diferenças setoriais. Revista Gestão Organizacional, 3(1), 119-133.

De Oliveira, M. C. S. F., Scherer, F. L., Hahn, I. S., Carpes, A. de M., Dos Santos, M. B., Piveta, M. N. (2018). Drivers of international performance of Brazilian technology-based firms. Internext, 01 January 2018, Vol.13(1), pp.32-49. https://doi.org/10.18568/1989-4865.13132-49

Deluiz, N. (2004). A globalização econômica e os desafios à formação profissional. Boletim técnico do Senac, 30(3), 73-79. FLICK, Uwe. Triangulation in qualitative research. A companion to qualitative research, v. 3, p. 178-183, 2004. https://doi.org/10.18568/1989-4865.13132-49

Dzikowski, P. (2018) A bibliometric Analysis of born global firms. Journal of business research, April 2018, Vol.85, pp.281-294 DOI: 10.1016/j.jbusres.2017.12.054

Domingues, L. M., Muritiba, P. M., Muritiba, S. N., (2016). Good corporate governance in micro and small business takes internationalisation? Contextus (Fortaleza), 01 December 2016, Vol.14(3), pp.53-78

Etemad, H. (2017). Towards an emerging evolutionary life-cycle theory of internationalized entrepreneurial firms: from born globals to borderless firms?. Journal of International Entrepreneurship, 15(2), 111-120. DOI:10.1057/jibs.2014.62

Francischini, A. S. N. , Furtado, J., Garcia, R. (2015). Tecnologia e trajetórias de internacionalização precoce: análise de casos na indústria brasileira. Gestão & Produção, 01 June 2015, Vol.22(2), pp.267-279 : https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2021.v13i1.437

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa (Vol. 4, p. 175). São Paulo: Atlas.

Gohr, C. F., Silva, Y. L. T. V. S. (2015). Managing the relationship between strategic resources and competitive priorities through the resource-based view. Revista produção online, 01 June 2015, Vol.15(2), pp.734-757 DOI:10.1057/jibs.2014.62

Günther, H. (2006). Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão?. Psicologia: teoria e pesquisa, 22(2), 201-209.

Haahti, A., Madupu, V., Yavas, U., & Babakus, E. (2005). Cooperative strategy, knowledge intensity and export performance of small and medium sized enterprises. Journal of world business, 40(2), 124-138.

Heinzmann, L. M., & Machado, D. D. P. N. (2014). Cultura Organizacional e estágios de internacionalização: um estudo em quatro empresas do segmento de metal-mecânico-elétrico brasileiro. BBR-Brazilian Business Review, 11(2), 35-66.

Kao, J. Nação Inovadora (2008). QulityMark, Rio de janeiro - Brasil.

Kraus, P. G. (2000). Modelo de internacionalização de empresas produtoras exportadoras brasileiras.

Knight, G. A., & Cavusgil, S. T. (2004). Innovation, organizational capabilities, and the born-global firm. Journal of international business studies, 35(2), 124-141. doi:10.1057/palgrave.jibs.8400071

Knight, G. A., & Liesch, P. W. (2016). Internationalization: From incremental to born global. Journal of World Business, 51(1), 93-102.DOI: 10.1016/j.jwb.2015.08.011

Kotler, P. (2000). Administração de marketing: a edição do novo milênio.

Kraus, P. G. (2006). O Processo de Internacionalização das Empresas: o caso brasileiro. Revista de Negócios, Blumenau, 11(2), 25-47. http://dx.doi.org/10.7867/1980-4431.2006v11n2p%25p

Leone, R. J. G., & Guerra, N. M. D. C. P. (2011). Pequenas e Médias Empresas: contribuições para a discussão sobre por que e como medir o seu tamanho. RAUnP-ISSN 1984-4204-Digital Object Identifier (DOI): http://dx. doi. org/10.21714/raunp., 4(1), 67-83.

Mcdowell, William C ; Harris, Michael L ; Geho, Patrick R (2016) Longevity in small business: The effect of maturity on strategic focus and business performance Journal of business research, May 2016, Vol.69(5), pp.1904-1908. DOI: 10.1016/j.jbusres.2015.10.077

Mozzato, A. R. & Grzybovski, D. (2018). Global mindset: Premise for developing competitive advantage in international markets. Internext, 01 January, Vol. 13(1), pp. 77-89. DOI: 10.18568/1980-4865.13177-89

Nascimento, A. L. S., Armani, A., Santos, J. L., Hansen, P. B., (2017). Competências Organizacionais no Contexto dos Relacionamentos Interorganizacionais. Revista de Administração IMED, 01 December 2017, Vol.7(2), pp.71-97

Organização para cooperação econômica e desenvolvimento - OCDE. (2005). Manual de Oslo: Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação [manual]. 2a versão.

Organização para cooperação econômica e desenvolvimento - OCDE. (2020). Relatórios econômicos Brasil 2020.

Palmer-Rubin, Brain. (2016) Interest organizations and distributive politics: small-business subsides in Mexico. World development, August, vol 84, pp. 97-117.

Peiris, I. K., Akoorie, M. E., & Sinha, P. (2012). International entrepreneurship: A critical analysis of studies in the past two decades and future directions for research. Journal of International Entrepreneurship, 10(4), 279-324.

Porter, M. (2004). Estrategia competitiva. Elsevier Brasil.

Tunes, R. & Monteiro, P. R. R. (2017). Conhecimento em Gestão, Vantagem Competitiva e Performance Empresarial: Proposição e Teste de um Modelo Fundamentado na “Resource Advantage Theory” em MPEs.

Revista brasileira de marketing, 01 August 2017, Vol.16(3), pp.298-316

Rennie, M. W. (1993). Born global. The McKinsey Quarterly, (4), 45-53.DOI: 10.4236/ti.2015.61006

Ruzzier, M., Antončič, B., & Konečnik, M. (2006). The resource-based approach to the internationalisation of SMEs: Differences in resource bundles between internationalised and non-internationalised companies.

Zagreb International Review of Economics & Business, 9(2), 95-116.

Sarfati, G. (2013). Estágios de desenvolvimento econômico e políticas públicas de empreendedorismo e de micro, pequenas e médias empresas (MPMESSs) em perspectiva comparada: os casos do Brasil, do Canadá, do Chile, da Irlanda e da Itália (Vol. 47-1), Revista de Administração Pública — Rio de Janeiro, pp. 25-48. https://doi.org/10.1590/S0034-76122013000100002

Schumpeter, J. (1988). A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Nova Cultural.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). (2014) A Evolução das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte 2009 a 2012 Brasil. Série Estudos e Pesquisas.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). (2014 a) Participação das Micro e Pequenas Empresas na Economia Brasileira. Julho.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). (2015). Micro e pequenas empresas geram 27% do PIB do Brasil.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). (2015a). Participação das micro e pequenas empresas na economia brasileira. Brasília: Sebrae, 2015a.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). (2020). As micro e pequenas empresas na exportação brasileira. Brasil: 2009-2016, Recuperado em: 25 julho de 2020. < http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/54159d7ce6a88bfbbf9d32a0a9d58f3b/$File/7796.pdf >.

Simoes, V. C., Rocha, A. D., Mello, R. D., & Carneiro, J. (2015). Black Swans or an Emerging Type of Firm? The Case of Borderless Firms. The Future of Global Organizing (Progress in International Business Research, 10, 179-200.

Skoludova, J., & Kozena, M. (2015). Identification of the Tools and Methods of Selected Factors of Organization‘s Competitiveness in the Czech Republic. Procedia Economics and Finance, 26, 609-615.

Sousa, C. M., & Novello, S. (2014). The influence of distributor support and price adaptation on the export performance of small and medium-sized enterprises. International Small Business Journal, 32(4), 359-385. https://doi.org/10.1177/0266242612466876

Tidd, J., & Bessant, J. (2015). Gestão da inovação-5. Bookman Editora.

Toyne, B., & Nigh, D. (1997). Foundations of an emerging paradigm. Toyne, Brian/Nigh, Douglas, 3-26.

Vahlne, J. E., & Johanson, J. (2017). From internationalization to evolution: The Uppsala model at 40 years. Journal of International Business Studies, 48(9), 1087-1102.

Vasconcelos, F. C., & Cyrino, Á. B. (2000). Vantagem competitiva: os modelos teóricos atuais e a convergência entre estratégia e teoria organizacional. Revista de Administração de empresas, 40(4), 20-37. https://doi.org/10.1590/S0034-75902000000400003

Zhao, Ming ; Dong, Ciwei ; Cheng, T.C.E. (2018) Quality disclosure strategies for small business entrepises in a competitive marketplace. European journal of operational research, 01 October 2018, Vol.270(1), pp.218-229 https://doi.org/10.1016/j.ejor.2018.03.030

Downloads

Publicado

22.03.2023

Como Citar

Ferreira, C. P. S., Cavalcanti, A. M., & Silva, A. M. da. (2023). Análise da capacidade competitiva das micro e pequenas empresas brasileiras com vista a exportação. Exacta, 21(1), 53–79. https://doi.org/10.5585/exactaep.2021.17813

Edição

Seção

Artigos