Inovação disruptiva digital e capacidades dinâmicas: estruturas e vínculos intelectuais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/exactaep.2021.18598

Palavras-chave:

inovação disruptiva, inovação disruptiva digital, capacidades dinâmicas, bibliometria

Resumo

O objetivo deste estudo é responder como está configurada a estrutura intelectual que vincula a inovação disruptiva digital às capacidades dinâmicas? Em virtude disso, o objetivo é identificar a estrutura e os vínculos intelectuais no campo conceitual a partir da análise de artigos científicos publicados no período de 1995 a 2019 em periódicos indexados à base de dados Web of Science. O método utilizado foi o bibliométrico com o apoio dos softwares VOSviewer e Iramuteq. Os resultados revelam a arquitetura do campo conceitual e as redes relacionais que vinculam as inovações disruptivas digitais à capacidade dinâmica, indicando que o  campo é emergente e as relações tendem a se fortalecer e se estruturar. Esses achados abrem caminho para novas pesquisas em várias frentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eliane Martins de Paiva, Universidade Federal da Paraíba - UFPB / João Pessoa, PB Universidade Nove de Julho - UNINOVE / São Paulo, SP

Doutoranda em Administração pela Universidade Nove de Julho. Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal da Paraíba (1999). Graduação em Administração pela Universidade Federal da Paraíba. Atua como Professora Adjunta no Departamento de Ciências Sociais Aplicadas (DCSA) da Universidade Federal da Paraíba. Integra o Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos, Organização e Sociedade (NEOS), linha de pesquisa Estratégias e Organizações. Integra, ainda, GENOVE - Grupo de Estudo e Pesquisa em Inovação, Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis\ - IEN. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Gestão da Produção, Gestão de estoques e Empreendedorismo e inovação com interesses em Inovação disruptiva, transformação digital, gestão da inovação, ecossistema de inovação, Ecossistemas de empreendedorismo intensivo em conhecimento e logística reversa.

Angélica Pigola, Universidade Nove de Julho - UNINOVE / São Paulo, SP

Doutoranda em Administração pela Universidade Nove de Julho. Mestrado em Administração pela Universidade Nove de Julho (2020), Pós-Graduação em Administração de Marketing pela Fundação Armando Alvares Penteado FAAP (2001) e Graduação em Administração de Empresas (40505) pela Universidade Paulista UNIP (1995). 26 anos de experiência na área de Administração, com ênfase em Administração de Recursos Humanos trabalhando com Planejamento e Estratégia de RH, Mudança de Gestão e Transformação de RH, Remuneração e Benefícios, Folha de Pagamento e Impostos, Negociações Laborais, Relações com Empregados, Treinamento e Desenvolvimento e Recrutamento. Desenvolvimento de políticas de RH, mapas de processos e procedimentos de Serviços Operacionais, Remuneração e Benefícios para o Brasil e América do Latina: Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Peru e México. Negociações Sindicais, Gestão de Cargos e Salários, Benefícios, Programas de Participação nos Lucros e Resultados, Desenvolvimento de Remuneração Estratégica e Gestão Sindical fizeram parte de projetos realizados. Realização de Planos de Recuperação e Emergência, Soluções de Resiliência para Recursos Humanos em Caso de Desastres. Apoiar Empresas em Fusões e aquisições trabalhando na gestão da mudança, apoiando aspectos regulatórios para as perspectivas de RH. Suporte a implementação de Serviço Global Compartilhado - implementação de HRIS, Portal de Autoatendimento de RH, Programa Esocial e Operações e Soluções de RH. Forte atuação na preparação dos processos contra fraude em folha de pagamento e Cyber-ataque contra as tecnologias de RH. Implementação e desenvolvimento de ferramentas de Gestão de Competências e avaliação de desempenho com aprovações electrónicas para a prestação de serviços de RH. Projetos de E-learning, Universidade Corporativa, Programa de Gestão de Desenvolvimento Executivo e Plano de Sucessão.

Priscila Rezende da Costa, Universidade Nove de Julho - UNINOVE / São Paulo, SP

Doutora em Administração pela Universidade de São Paulo (FEA USP), 2012. Mestre em Administração pela Universidade de São Paulo (FEA RP USP), 2007. Graduada em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), 2005. Atualmente é professora titular da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), no Programa de Pós-graduação em Administração (PPGA). Coordena projeto de pesquisa financiado pelo CNPq (n° 471875/2014-7), intitulado Geração de Inovações para o Desenvolvimento Sustentável: Um Estudo com Empresas de Base Tecnológica de Economias Emergentes. Nos programas de Mestrado e Doutorado, leciona as disciplinas: Gestão e Internacionalização do Empreendedorismo Inovador e Tópicos Especiais em Inovação. É também avaliadora de periódicos na área de Administração, como: Revista de Gestão e Projetos, Exacta (Online), RAUSP, Revista de Administração, Contabilidade e Economia da FUNDACE (RACEF), Future Studies Research Journal, Internext, Gestão & Regionalidade e Desenvolvimento em Questão. Participa dos seguintes grupos de pesquisa: Gestão e Modelos da Inovação (UNINOVE), Estratégia de Inovação (UNINOVE), Inovação e Sustentabilidade (UNINOVE), Núcleo de Política e Gestão Tecnológica da USP e do Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Empreendedora e Competitividade da USP. Tem experiência na área de Administração e seus principais temas de pesquisa são: cooperação empresa-universidade, capacidades dinâmicas, capacidade relacional, capacidade absortiva e internacionalização da inovação.

Referências

Abernathy, W. J., & Clark, K. B. (1985). Innovation: Mapping the winds of creative destruction. Research Policy, 14(1), 3–22. https://doi.org/10.1016/0048-7333(85)90021-6

Adner, R., & Snow, D. (2010). Old technology responses to new technology threats: Demand heterogeneity and technology retreats. Industrial and Corporate Change, 19(5), 1655–1675. https://doi.org/10.1093/icc/dtq046

Adomavicius, G., Bockstedt, J. C., Gupta, A., & Kauffman, R. J. (2007). Technology roles and paths of influence in an ecosystem model of technology evolution. Information Technology and Management, 8(2), 185–202. https://doi.org/10.1007/s10799-007-0012-z

Anderson, P., & Tushman, M. L. (1990). Technological Discontinuities and Dominant Designs: A Cyclical Model of Technological Change. Administrative Science Quarterly, 35(4), 604–633. https://doi.org/10.2307/2393511

Bower, J. L., & Christensen, C. M. (1995). Disruptive Technologies: Catching the Wave. Harvard Business Review, 73, 43–53. https://hbr.org/1995/01/disruptive-technologies-catching-the-wave

Christensen, C. M., & Bower, J. L. (1996). Customer Power, Strategic Investment, and the Failure of Leading Firms. Strategic Management Journal, 17(3), 197–218. https://doi.org/10.1002/(SICI)1097-0266(199603)17:3<197::AID-SMJ804>3.0.CO;2-U

Christensen, C. M., & Raynor, M. E. (2003, setembro 1). Why Hard-Nosed Executives Should Care About Management Theory. Harvard Business Review. https://hbr.org/2003/09/why-hard-nosed-executives-should-care-about-management-theory

Christensen, C. M., Raynor, M. E., Rory, M., & McDonald, R. (2015). What is disruptive innovation? Harvard Business Review, 93(12), 44–53. https://doi.org/10.1353/abr.2012.0147

Cobo, M. j., López-Herrera, A. g., Herrera-Viedma, E., & Herrera, F. (2011). Science mapping software tools: Review, analysis, and cooperative study among tools. Journal of the American Society for Information Science and Technology, 62(7), 1382–1402. https://doi.org/10.1002/asi.21525

Collis, D. J. (1994). Research Note: How Valuable Are Organizational Capabilities? Strategic Management Journal, 15, 143–152. https://www.jstor.org/stable/2486815

Eisenhardt, K. M., & Martin, J. A. (2000). Dynamic capabilities: What are they? Strategic Management Journal, 21(10–11), 1105–1121. https://doi.org/10.1002/1097-0266(200010/11)21:10/11<1105::AID-SMJ133>3.0.CO;2-E

El Sawy, O. A., Malhotra, A., Park, Y., & Pavlou, P. A. (2010). Research Commentary —Seeking the Configurations of Digital Ecodynamics: It Takes Three to Tango. Information Systems Research, 21(4), 835–848. https://doi.org/10.1287/isre.1100.0326

Elbanna, A., & Newman, M. (2016). Disrupt the Disruptor: Rethinking ’ Disruption ’ in Digital Innovation. Mcis 2016 Proceedings, 58. https://aisel.aisnet.org/mcis2016/58/

Helfat, C. E., Finkelstein, S., Mitchel, W., Peteraf, M., Singh, H., Teece, D. J., & Winter, S. G. ([s.d.]). Dynamic Capabilities: Understanding Strategic Change in Organizations | Wiley. https://www.wiley.com/en-us/Dynamic+Capabilities%3A+Understanding+Strategic+Change+in+Organizations-p-9781405135757

Helfat, C. E., & Peteraf, M. A. (2003). The dynamic resource-based view: Capability lifecycles. Strategic Management Journal, 24(10), 997–1010. https://doi.org/10.1002/smj.332

Henderson, R. M., & Clark, K. B. (1990). Architectural Innovation: The Reconfiguration of Existing Product Technologies and the Failure of Established Firms. Administrative Science Quarterly, 35(1), 9–30. https://doi.org/10.2307/2393549

Karimi, J., & Walter, Z. (2015). The role of dynamic capabilities in responding to digital disruption: A factor-based study of the newspaper industry. Journal of Management Information Systems, 32(1), 39–81. https://doi.org/10.1080/07421222.2015.1029380

Leonard-Barton, D. (1992). Core Capabilities and Core Rigidities: A Paradox in Managing New Product Development. Strategic Management Journal, 13, 111–125. https://www.jstor.org/stable/2486355

Li, D., & Liu, J. (2014). Dynamic capabilities, environmental dynamism, and competitive advantage: Evidence from China. Journal of Business Research, 67(1), 2793–2799. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2012.08.007

Loubère, L. & Ratinaud, P. (2014). Documentation IraMuTeQ 0.6 alpha 3 - version 0.1 [Computer software]

Markides, C. (2006). Disruptive innovation: In need of better theory. Journal of Product Innovation Management, 23(1), 19–25. https://doi.org/10.1111/j.1540-5885.2005.00177.x

Meirelles, D. S. e, & Camargo, Á. A. B. (2014). Dynamic Capabilities: What Are They and How to Identify Them? Revista de Administração Contemporânea, 18(spe), 41–64. https://doi.org/10.1590/1982-7849rac20141289

Nagy, D., Schuessler, J., & Dubinsky, A. (2016). Defining and identifying disruptive innovations. Industrial Marketing Management, 57, 119–126. https://doi.org/10.1016/j.indmarman.2015.11.017

O’Reilly, C. A., & Tushman, M. L. (2004, abril 1). The Ambidextrous Organization. Harvard Business Review. https://hbr.org/2004/04/the-ambidextrous-organization

Pasadeos, Y., Phelps, J., & Kim, B.-H. (1998). Disciplinary Impact of Advertising Scholars: Temporal Comparisons of Influential Authors, Works and Research Networks. Journal of Advertising, 27(4), 53–70. https://doi.org/10.1080/00913367.1998.10673569

Pritchard, A. (1969). Statistical bibliorgrahy or bibliometricas? Journal of Documentation. 25 (4), 348-349.

Riemer, K., & Johnston, R. B. (2019). Disruption as worldview change: A Kuhnian analysis of the digital music revolution. Journal of Information

Technology, 34(4), 350–370. https://doi.org/10.1177/0268396219835101

Salviati, M. E. Manual do Aplicativo Iramuteq (versão 0.7 Alpha 2 e R Versão 3.2.3). Planaltina. (2017). http://iramuteq.org/documentation/fichiers/anexo-manual-do-aplicativo-iramuteq-parmaria-elisabeth-salviati

Shafique, M. (2013). Thinking Inside the Box? Intellectual Structure of the Knowledge Base of Innovation Research (1988—2008). Strategic Management Journal, 34(1), 62–93. https://www.jstor.org/stable/23362649

Shang, T., Miao, X., & Abdul, W. (2019). A historical review and bibliometric analysis of disruptive innovation. International Journal of Innovation Science, 11(2), 208–226. https://doi.org/10.1108/IJIS-05-2018-0056

Si, S., & Chen, H. (2020). A literature review of disruptive innovation: What it is, how it works and where it goes. Journal of Engineering and Technology Management, 56, 101568. https://doi.org/10.1016/j.jengtecman.2020.101568

Skog, D. A., Wimelius, H., & Sandberg, J. (2018). Digital Disruption. Business & Information Systems Engineering, 60(5), 431–437. https://doi.org/10.1007/s12599-018-0550-4

Small, H. (1999). Visualizing science by citation mapping. Journal of the American Society for Information Science, 50(9), 799–813. https://doi.org/10.1002/(SICI)1097-4571(1999)50:9<799::AID-ASI9>3.0.CO;2-G

Teece, D. J. (2007). Explicating dynamic capabilities: The nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic Management Journal, 28(13), 1319–1350. https://doi.org/10.1002/smj.640

Teece, D. J., Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, 18:7, 509–533. https://doi.org/10.1142/9789812796929_0004

Tushman, M. L., & Anderson, P. (1986). Technological Discontinuities and Organizational Environments. Administrative Science Quarterly, 31(3), 439–465. https://doi.org/10.2307/2392832

van Eck, N. J., & Waltman, L. (2010). Software survey: VOSviewer, a computer program for bibliometric mapping. Scientometrics, 84(2), 523–538. https://doi.org/10.1007/s11192-009-0146-3

Wang, C. L., & Ahmed, P. K. (2007). Dynamic capabilities: A review and research agenda. International Journal of Management Reviews, 9(1), 31–51. https://doi.org/10.1111/j.1468-2370.2007.00201.x

Winter, S. G. (2003). Understanding dynamic capabilities. Strategic Management Journal, 24(10), 991–995. https://doi.org/10.1002/smj.318

Yoo, Y., Henfridsson, O., & Lyytinen, K. (2010). Research Commentary —The New Organizing Logic of Digital Innovation: An Agenda for Information Systems Research. Information Systems Research, 21(4), 724–735. https://doi.org/10.1287/isre.1100.0322

Yu, D., & Hang, C. C. (2010). A Reflective Review of Disruptive Innovation Theory. International Journal of Management Reviews, 12(4), 435–452. https://doi.org/10.1111/j.1468-2370.2009.00272.x

Zahra, S. A., & George, G. (2002). Absorptive Capacity: A Review, Reconceptualization, and Extension. The Academy of Management Review, 27(2), 185–203. https://doi.org/10.2307/4134351

Zollo, M., & Winter, S. G. (2002). Deliberate Learning and the Evolution of Dynamic Capabilities. Organization Science, 13(3), 339–351. https://www.jstor.org/stable/3086025

Zupic, I., & Čater, T. (2015). Bibliometric Methods in Management and Organization. Organizational Research Methods, 18(3), 429–472. https://doi.org/10.1177/1094428114562629

Downloads

Publicado

22.03.2023

Como Citar

Paiva, E. M. de, Pigola, A., & Costa, P. R. da. (2023). Inovação disruptiva digital e capacidades dinâmicas: estruturas e vínculos intelectuais. Exacta, 21(1), 147–172. https://doi.org/10.5585/exactaep.2021.18598

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)