Uso do jogo TORC como estratégia para o desenvolvimento de soft skills no gerenciamento de riscos em gestão de projetos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/gep.v13i3.22217

Palavras-chave:

TORC, Gestão de riscos, Gestão de projetos, Soft skills, Habilidades, Training for resilience operational capabilities.

Resumo

O gerenciamento de riscos em projetos complexos exige domínio de habilidades técnicas (hard skills) e não técnicas (soft skills). As hard skills referem-se às capacidades profissionais, necessárias à execução de tarefas específicas, enquanto as soft skills estão relacionadas ao comportamento, comunicação e interação social, sobretudo em momentos críticos e de necessidade de tomadas de decisão. Nesse sentido, é importante que o gerente de projetos desenvolva e aperfeiçoe tanto suas habilidades técnicas quanto não-técnicas. O jogo Training for Resilience Operational Capabilities (TORC) constitui-se como uma abordagem inovadora para o desenvolvimento de soft skills, em especial da resiliência. Dessa maneira, este artigo tem por objetivo propor o uso do jogo TORC como estratégia para o desenvolvimento de soft skills no gerenciamento de riscos em gestão de projetos. O jogo TORC foi aplicado de maneira adaptada, com uma turma do curso de Pós-Graduação Latu Sensu em Gestão de Projetos e Inovação em uma Instituição de Ensino Superior (IES), composta por 27 discentes. A vivência passou pelas seguintes etapas: apresentação, experimentação, aplicação e avaliação. Na última fase, aplicou-se um questionário com três perguntas aos participantes da atividade. A utilização do jogo TORC como recurso pedagógico no referido cenário demonstrou-se produtiva. De maneira geral, obteve-se feedback positivo sobre a atividade, vislumbrando a possibilidade de usar a dinâmica para o desenvolvimento de habilidades não técnicas (soft skills) na resolução de problemas no ambiente de trabalho em que está inserido.

 

Biografia do Autor

Bruna Borin, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Mestranda do Programa de pós-graduação em Engenharia da Podução da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGEP/UFRGS).

Jaqueline Terezinha Martins Corrêa Rodrigues, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS.

Doutora em Engenharia da Produção pela Univerisade Federal do Rio Grande do Sul.

Professora do Instituro Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.

Priscila Wachs, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS.

Doutora em Engenharia da Produção pela Univerisade Federal do Rio Grande do Sul.

Pós-doutoranda do Programa de Pós-graduação em Administração da Escola de Negócios da Pontífica Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Referências

Akel, R. P., & Marx, R. (2020). Os aspectos distintos do gerenciamento de riscos em gestão ágil. Anais do Encontro Nacional Engenharia de Produção, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 40.

Bakker, K., Boonstra, A., & Wortmann, H. (2010). Does risk management contribute to IT project success? A meta-analysis of empirical evidence. International Journal of Project Management, 28(5), 493-503. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijproman.2009.07.002

Carvalho, M. M., & Rabechini Jr., R. (2019). Fundamentos em gestão de projetos: construindo competências para gerenciar projetos. São Paulo: Atlas.

Cristóbal, J. R. S., Carral, L., Diaz, E., Fraguela, J. A., & Iglesias, G. (2018). Complexity and project management: a general overview. Hindawi Complexity, 2018, 4891286. https://doi.org/10.1155/2018/4891286

Dias, F. (2015). Gerenciamento de riscos em projetos. Rio de Janeiro: Elsevier.

Espinha, R. G. (2018). Guia básico de gestão de projetos: o que é e como gerenciar projetos. Joinville: Artia.

Flin, R., & Maran, N. (2015). Basic concepts for crew resource management and non-technical skills. Best Practice & Research Clinical Anaesthesiology, 29(1), 27-39. https://doi.org/10.1016/j.bpa.2015.02.002

Gonçalves, L. C. C., Oliveira, S. A. A., Pacheco, J. C. A., & Salume, P. K. (2020). Competências requeridas em equipes de projetos ágeis: um estudo de caso em uma Edtech. Revista de Gestão de Projetos, 11(3), 72-93. https://doi.org/10.5585/gep.v11i3.18476

Grøtan, T. O. (2017). Training for Operational Resilience Capabilities (TORC): summary of concept and experiences. Trondheim: SINTEF. Recuperado de https://www.sintef.no/globalassets/sintef-teknologi-og-samfunn/rapporter-sintef-ts/a28099-torc-d4-1-report-a28099-v1-march17.pdf

Grøtan, T. O., & van der Vorm, J. (2015, June). Training for Operational Resilience Capabilities. In 6th Symposium on Resilience Engineering, Lisbon, Portugal. Recuperado de: https://www.resilience-engineering-association.org/download/resources/symposium/symposium_2015/Grotan_T.-van-der-Vorm_J.-Training-for-Operational-Resilience-Capabilities-Paper.pdf

Grøtan, T. O., van der Vorm, J., & Macchi, L. (2015). Training for Operational Resilience Capabilities (TORC): 1st concept elaboration. Trondheim: SINTEF. Recuperado de https://www.sintef.no/globalassets/sintef-teknologi-og-samfunn/rapporter-sintef-ts/sintef-a27034-v1.pdf

Grøtan, T. O., van der Vorm, J., Zuiderwijk, D., van der Beek, D., Wærø, I., Macchi, L., Evjemo, T. E., & Veldhuis, G. (2016). Guidelines for the preparatory work needed to implement a TORC training program. Trondheim: SINTEF. Recuperado de https://www.sintef.no/globalassets/sintef-teknologi-og-samfunn/rapporter-sintef-ts/sintef-a27931-v1.pdf

Grøtan, T. O., Wærø, I., van der Vorm, J. K. J., van der Beek, F. A., & Zuiderwijk, D.C. (2017). Using gaming and resilience engineering principles to energize a situated resilience training of front-end operators and managers. In L. Walls, M. Revie, & T. Bedford (Ed.). Risk, reliability and safety: innovating theory and practice (pp. 2246-2253). Boca Raton: CRC Press.

Hollnagel, E. (2011). Prologue: the scope of resilience engineering. In: E. Hollnagel, J. Paries, D. D. Woods, & J. Wreathall (Ed.) Resilience engineering in practice: a guidebook (pp. 29-39). Bulington: Ashgate Publishing Company.

Horváth, V. (2019) Project management competence – definitions, models, standards and practical implications. Vezetéstudomány - Budapest Management Review, 50(11), 2-17. https://doi.org/10.14267/VEZTUD.2019.11.01

Lacerda, F. C. B., & Santos, L. M. (2018). Integralidade na formação do ensino superior: metodologias ativas de aprendizagem. Avaliação, 23(3), 611-627. https://doi.org/10.1590/S1414-40772018000300003

Matteson, M. L., Anderson, L., & Boyden, C. (2016). “Soft skills”: a phrase in search of meaning. Libraries and the Academy, 16(1), 71-88. https://doi.org/10.1353/pla.2016.0009

Maya, M. T., & Orellana, B. S. (2016). Desarrollo de soft skills una alternativa a la escasez de talento humano. INNOVA Research Journal, 1(12), 59-76. https://doi.org/10.33890/innova.v1.n12.2016.81

Michael, D., & Chen, S. (2006). Serious games: games that educate, train, and inform. Boston: Thomson Course Technology.

Oliveira, C. D. C., Cintra, M. E., & Mendes Neto, F. M. (2013). Jogo sério para ensino da gestão de riscos em projetos de softwares usando inteligência artificial. RENOTE, 11(1). https://doi.org/10.22456/1679-1916.41619

Pereira, S. A., & Rabechini Jr., R. (2014). As competências em gestão de projetos e sua influência na empregabilidade dos gerentes de projetos. Revista de Gestão e Projetos, 5(3), 30-43. https://doi.org/10.5585/gep.v5i3.269

Prodanov, C. C., & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico (2a ed.). Novo Hamburgo: Editora Feevale.

Project Management Institute. (2018). Guia PMBOK®: um guia para o conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos (6a ed.). Newtown Square: PMI.

Rabechini Jr., R., & Carvalho, M. M. (2013). Relacionamento entre gerenciamento de risco e sucesso de projetos. Production, 23(3), 570-581. https://doi.org/10.1590/S0103-65132012005000091

Thomas, J., & Mengel, T. (2008). Preparing project managers to deal with complexity–Advanced project management education. International Journal of Project Management, 26(3), 304-315. https://doi.org/10.1016/j.ijproman.2008.01.001

Ward, S., & Chapman, C. (2003). Transforming project risk management into project uncertainty management. International Journal of Project Management, 21(2), 97-105. https://doi.org/10.1016/S0263-7863(01)00080-1

Zhonggen, Y. (2019). A meta-analysis of use of serious games in education over a decade. International Journal of Computer Games Technology, 2019, 4797032. https://doi.org/10.1155/2019/4797032

Downloads

Publicado

2022-12-09

Como Citar

Borin, B., Martins Corrêa Rodrigues, J. T., & Wachs, P. (2022). Uso do jogo TORC como estratégia para o desenvolvimento de soft skills no gerenciamento de riscos em gestão de projetos. Revista De Gestão E Projetos, 13(3), 177–196. https://doi.org/10.5585/gep.v13i3.22217

Edição

Seção

Caso de Ensino