Gestão de projetos culturais: A criatividade plural como prática de gestão
DOI:
https://doi.org/10.5585/2025.27438Palavras-chave:
criatividade plural, gestão de projetos culturais, perspectiva da prática, gerenciamento de projetos, projetosResumo
Este artigo busca entender como a criatividade plural constitui a prática de gestão de projetos culturais. A pesquisa foi baseada em uma etnografia multissituada e digital, desenvolvida em um processo indutivo e reflexivo, ocorrido ao longo de três fases. As fontes de informação são documentos, observações e entrevistas etnográficas. A abordagem de análise de narrativas dialógicas foi utilizada e gerou o processo de teorização estruturado em categorias explicativas. Os resultados explicam como a criatividade plural constitui a prática da gestão de projetos culturais em três processos: criação, captação de recursos e promoção em projetos culturais. Esses processos são baseados na prática da gestão de relacionalidade que acontece por meio da gestão de conexões criativas, traduções criativas e limitações criativas nos projetos culturais. A pesquisa contribui para os estudos em gestão de projetos da economia criativa, explicando e teorizando como a criatividade plural é uma prática de gestão fundamental para projetos deste setor. As contribuições propostas fornecem diretrizes para o desenvolvimento de estratégias que promovam a criatividade plural, por meio da gestão relacional, proporcionando um ambiente colaborativo em projetos culturais.
Referências
Bakker, R. M., DeFillippi, R. J., Schwab, A., & Sydow, J. (2016). Temporary organizing: Promises, processes, problems. Organization Studies, 37(12), 1703-1719. https://doi.org/10.1177/0170840616655982
Bérubé, J. & Gauthier, J.-B. (2023) Managing projects in creative industries: a compromise between artistic and project management values. Creative Industries Journal, 16(1), 76-95. https://doi.org/10.1080/17510694.2021.1979278
Blomquist, T., Hällgren, M., Nilsson, A., & Söderholm, A. (2010). Project‐as‐practice: In search of project management research that matters. Project Management Journal, 41(1), 5-16. https://doi.org/10.1002/pmj.20141
Cattani, G., Ferriani, S., & Colucci, M. (2015). Creativity in Social Networks. In Jones C., Lorenzen M., Sapsed J. (Eds.), The Oxford Handbook of Creative Industries. (pp. 75-95). Oxford: Oxford University Press. https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199603510.013.008
Costa, G. S. D & Nejeliski, D. M. (2018). Definição de requisitos não funcionais em projetos da economia criativa. Diálogo com a Economia Criativa, 3(9), 10-21. https://doi.org/10.22398/2525-2828.3910-21
Cwikla, M., & Jalocha, B. (2015). Unspread wings: Why cultural projects don’t provide refreshing ideas for project management although they could? International Journal of Managing Projects in Business, 8(4), 626-648. https://doi.org/10.1108/IJMPB-11-2014-0078
DeFillippi, R. (2015). Managing project-based organization in creative industries. In Jones C., Lorenzen M., Sapsed J. (Eds.), The Oxford handbook of creative industries. (pp. 268-283). Oxford: Oxford University Press. https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199603510.013.024
Freitas, R. G., & Davel, E. (2022). Criatividade plural: Panorama, desafios e perspectiva para a produção acadêmica em Administração. Contextus – Revista Contemporânea de Economia e Gestão, 20(18), 253-265. https://doi.org/10.19094/contextus.2022.78301
Gherardi, S. (2019). How to conduct a practice-based study: Problems and methods. Cham: Edward Elgar Publishing. https://doi.org/10.4337/9781788973564
Gilson, L. L. (2013). Creativity in teams: Processes and outcomes in creative industries. In Jones C., Lorenzen M., Sapsed J. (Eds.), The Oxford Handbook of Creative Industries. (pp. 50-74). Oxford: Oxford University Press. https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199603510.013.009
Glăveanu, V. P. (2015). Creativity as a sociocultural act. The Journal of Creative Behavior, 49(3), 165-180. https://doi.org/10.1002/jocb.94
Hällgren, M., & Söderholm, A. (2011). Projects-as-practice: new approach, new insights. In Morris, P., Pinto, J., & Soderlund, J. The Oxford Handbook of Project Management. (pp. 500–518). Oxford: Oxford University Press. https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199563142.003.0022
Holzmann, V., & Mazzini, L. (2020). Applying project management to creative industries: The relationship between leadership style and project success. Journal of Organizational Culture, Communications and Conflict, 24(1), 1-17.
Kenny, A. (2014). Collaborative creativity within a jazz ensemble as a musical and social practice. Thinking Skills and Creativity, 13, 1-8. https://doi.org/10.1016/j.tsc.2014.02.002
Knardal, P. S., & Pettersen, I. J. (2015). Creativity and management control–the diversity of festival budgets. International Journal of Managing Projects in Business, 8(4), 679-695. https://doi.org/10.1108/IJMPB-11-2014-0082
Marcella, M., & Rowley, S. (2015). An exploration of the extent to which project management tools and techniques can be applied across creative industries through a study of their application in the fashion industry in the North East of Scotland. International Journal of Project Management, 33(4), 735–746. https://doi.org/10.1016/j.ijproman.2014.12.002
Marcus, G. E. (1995). Ethnography in/of the world system: The emergence of multi-sited ethnography. Annual Review of Anthropology, 24(1), 95-117. https://doi.org/10.1146/annurev.an.24.100195.000523
Pink, S., Horst, H. A., Postill, J., Hjorth, L., Lewis, T., & Tacchi, J. (2016). Digital Ethnography: Principles and practice. Los Angeles: Sage.
Pratt, A. (2015). Creative industries and development: Culture in development, or the cultures of development? In Jones C., Lorenzen M., Sapsed J. (Eds.), The Oxford Handbook of Creative Industries. (pp. 502-514). Oxford: Oxford University Press.
Prior, L. (2003). Using Documents in Social Research. London: Sage. https://doi.org/10.4135/9780857020222
Riessman, C. K. (2008). Narrative Methods for the Human Sciences. London: Sage.
Sedita, S. R. (2013). Interpersonal and inter-organizational networks in the performing arts: the case of project-based organizations in the live music industry. In Belussi, F. & Sedita, S. (Eds.), Managing Situated Creativity in Cultural Industries (pp. 36-54). London: Routledge. https://doi.org/10.1080/13662710802373833
Simon, L. (2006). Managing creative projects: An empirical synthesis of activities. International Journal of Project Management, 24(2), 116–126. https://doi.org/10.1016/j.ijproman.2005.09.002
Wenger, E. C., & Snyder, W. M. (2000). Communities of practice: The organizational frontier. Harvard Business Review, 78(1), 139-146. http://dx.doi.org/10.1093/oso/9780199291793.003.0017
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Rafaela Gonçalves Freitas, Eduardo Paes Barreto Davel

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
- Resumo 45
- pdf 30