Lições Aprendidas com a utilização de Dados Orçamentários em Formato Aberto: Um estudo exploratório no ecossistema Brasileiro

Autores

  • Cláudio Sonáglio Albano Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA
  • Gisele da Silva Craveiro Universidade de São Paulo - USP

DOI:

https://doi.org/10.5585/gep.v6i3.370

Palavras-chave:

Barreiras, Benefícios, Dados Governamentais Abertos, Dados Orçamentários, Intermediários.

Resumo

Pressionados por novas exigências da sociedade, governos buscam novas formas de gestão, como forma de possibilitar uma maior aproximação de suas sociedades. Aliado a este fato, por serem grandes usuárias de tecnologia da informação, o que proporciona o crescimento de suas bases de dados, tornou os governos e respectivas organizações públicas terreno fértil para iniciativas de dados abertos. O acesso e uso de dados orçamentários públicos (por sua relação com receitas e gastos), historicamente sempre despertou grande atenção da sociedade. Assim este trabalho teve como objetivo identificar como os potenciais benefícios e possíveis barreiras impactam os resultados alcançados e lições aprendidas, no ecossistema brasileiro de dados governamentais abertos, na visão de intermediários que atuam com dados orçamentários. Foram realizadas entrevistas com atores (intermediários) dos governos e sociedade, com atuação no ecossistema de dados abertos orçamentários. Os resultados demonstram que barreiras estruturais dos governos impactam negativamente as ações dos intermediários, pois prejudicam o escopo das informações disponibilizadas. De outra parte resultados positivos são obtidos pela crença de que benefícios com relação à transparência e maior conhecimento dos processos podem ser obtidos pela sociedade, este fato motiva os intermediários a atuarem nesse ecossistema.

Referências

Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo (7a ed.). Lisboa: Editora 70.

Beghin, N. & Zigoni, C. Organizadores. (2014). Avaliando os websites de transparência orçamentária nacional e subnacionais e medindo impactos de dados abertos sobre direitos humanos no Brasil. Brasília: Instituto de Estudos Socioeconômicos.

Craveiro, G. S., Albuquerque, J. P. & Santana, M. S. (2013). Assessing open government budgetary data in Brazil. Nice, France: International Conference on Digital Society.

Creswell, J. W. (2009). Projeto de pesquisa: método qualitativo, quantitativo e misto (3a ed.). Porto Alegre: Artmed.

Cruz, F. A. S., Silva, L. M. & Macedo, M. S. (2012). Transparência da gestão pública municipal: um estudo a partir dos portais eletrônicos dos maiores municípios brasileiros. Revista de Administração Pública, 46(1), 153-176.

Davies, T. G. & Bawa, Z. A. (2012). The promises and perils of open government data (OGD). Community Informatics and Open Government Data, 8(2). Recuperado em maio de 2012. http://ci-journal.net/index.php/ciej/issue/view/41.

Eaves, D. (2009). The three laws of open government data. Recuperado em novembro de 2011. http://eaves.ca/2009/09/30/three-law-of-open-government-data/.

Espinoza, J. F., Recinos, I. P. & Morales, M. P. (2013, junio). Datos abiertos: oportunidades y desafíos para Centroamérica con base en una cadena de valor. Conferencia Regional de Datos Abiertos para América Latina y el Caribe, Montevideo, Uruguay, 1.

Germano, E. C. (2013). Modelos de negócios adotados para o uso de dados governamentais abertos: estudo exploratório de prestadores de serviços na cadeia de valor dos dados governamentais abertos. Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Gurstein, M. (2011). Open data: Empowering the empowered or effective data use for everyone? First Monday, 16(2). Recuperado em setembro de 2015. http://firstmonday.org/ojs/index.php/fm/article/view/3316/2764.

Halonen, A. (2012). Being open about data: analysis of the UK open data policies and applicability of open data. London: The Finnish Institute in London.

Harrison, T. M., Pardo, T. A. & Cook, M. (2012) Creating open government ecosystems: a research and development agenda. Future Internet, 4(4), 900-928.

Helbig, N., Cresswell, A. M., Burke, B. G., Pardo, T. A. & Luna-Reyes. (2013, June). Modeling the informational relationships between government and Society. Open Government Consultative Workshop, Albany, NY, United States.

Janssen, M., Charalabidis, Y. & Zuiderwijk, A. (2012). Benefits, adoption barriers and myths of open data and open government. Information Systems Management, 29, 258–268.

Kuk, G. & Davies, T. (2011, July). The roles in assembling open data complementarities. Proceedings of the Thirty Second International Conference on Information Systems, Shanghai, China, 32.

Mayer-Schoenberger, V. & Zappia, Z. (2011, October). Participation and power: intermediaries of open data. Proceedings of the 1st Berlin Symposium on internet and society, Berlin, Germany, 1.

Mazoni, M. V. F. (2011). O papel dos dados abertos para seguir construindo um novo Brasil. Anais do Congresso Internacional Software Livre e Comércio Eletrônico – CONSEGI, Brasília, DF, Brasil, 4.

McKinsey, C. G. (2013). Open data: Unlocking innovation and performance with liquid information. Recuperado em outubro de 2013. http://www.mckinsey.com/Insights/MGI/Research/Technology_and_Innovation.

Moreira, D. L. J. (2015). Panorama sobre a utilização de dados governamentais abertos no Brasil: um estudo a partir dos aplicativos desenvolvidos. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Organization for Economic Co-operation & Development – OECD. (2003). Promise and problems of e-democracy: challenges of online citizen engagement. Paris, France: OECD.

Prince, A., Jolías, L., Brys, C. (2013, junio). Análisis de la cadena de valor del ecosistema de datos abiertos de la Ciudad de Buenos Aires. Conferencia Regional de Datos Abiertos para América Latina y el Caribe, Montevideo, Uruguay, 1.

Sampieri, R. H., Collado, C. F. & Lucio, P. B. (2006). Metodologia de Pesquisa (3a ed.). São Paulo: McGraw-Hill.

Sayogo D. G. & Pardo, T. (2012, December). Exploring the motive for data publication in open data initiative: linking intention to action. Proceedings of the 45th Hawaii International Conference on System Sciences, Hawaii, United States, 45.

Silverman, D. (2009). Interpretação de dados qualitativos: métodos para análise de entrevistas, textos e interações. Porto Alegre: Editora Artmed.

W3C. (2009). Manual dos Dados Abertos: governo. Traduzido e adaptado de http://opendatamanual.org. Recuperado em setembro de 2011. http://www.w3c.br/pub/Materiais/PublicacoesW3C/Manual_Dados_Abertos_WEB.pdf

Zuiderwijk, A., Janssen, M. Choenni, S., Meijer, R. & Alibaks, R. S. (2012). Socio-technical impediments of open data. Electronic Journal of e-Government, 10(2), 156-172.

Downloads

Publicado

2015-12-26

Como Citar

Albano, C. S., & Craveiro, G. da S. (2015). Lições Aprendidas com a utilização de Dados Orçamentários em Formato Aberto: Um estudo exploratório no ecossistema Brasileiro. Revista De Gestão E Projetos, 6(3), 17–27. https://doi.org/10.5585/gep.v6i3.370

Edição

Seção

Artigos