Práticas integrativas associadas à educação em saúde na redução das dores crônicas osteomusculares: uma abordagem multiprofissional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/rgss.v10i2.14524

Palavras-chave:

Dor crônica, Terapias complementares, Educação em saúde e equipe multiprofissional

Resumo

As dores crônicas são caracterizadas como eventos persistentes, contínuos ou recorrentes, com duração mínima de três meses e de natureza biopsicossocial. As queixas osteomusculares estão presentes em 30 a 40% da população do país e configura-se como um importante problema de saúde pública. Contudo, as intervenções clínicas podem estar somatizadas com ações educativas em saúde, pois são uma alternativa para o incentivo do vínculo entre a equipe multiprofissional e usuários. O objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência de queixas de dores crônicas osteomusculares e verificar a influência entre dor crônica e as práticas integrativas associadas com ações educativas em saúde desenvolvidas pela equipe de Residência Multiprofissional em Atenção Básica e Saúde da Família. Trata-se de um estudo longitudinal e quantitativo. A coleta de dados ocorreu entre janeiro e abril de 2017. Os dados foram coletados através de uma avaliação individual e mensuração da dor. O protocolo de terapia foi realizado durante 2 vezes por semana com duração de uma hora por sessão. Participaram da pesquisa 25 pacientes. A prevalência das queixas de dores osteomusculares na região da coluna lombar foi referida por 80% dos participantes antes da intervenção e na última semana após a intervenção apenas 16% referiram dor nesta região. Constatou-se no presente trabalho que as práticas integrativas associadas a Educação em Saúde com uma abordagem multidisciplinar diminuem as queixas de dores crônicas osteomusculares.

 

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jessica Lemos Pinheiro, Universidade Nove de Julho – UNINOVE

Mestranda em Gestão em Sistemas de Saúde - Universidade Nove de Julho. Especialista através do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica e ênfase em Estratégia Saúde da Família - Ministério da Saúde/Universidade Nove de Julho (2018). Bacharel em Fisioterapia - Universidade Nove de Julho (2015).

Sandra Thais Silva Amorim, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Mestranda em Gestão em Sistemas de Saúde - Universidade Nove de Julho. Especialista através do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica e ênfase em Estratégia Saúde da Família - Ministério da Saúde/Universidade Nove de Julho (2018). Bacharel em Fisioterapia - Universidade Nove de Julho (2015).

Fernanda Varkala Lanuez, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Docente e coordenadora do Curso de Fisioterapia da Universidade Nove de Jullho.

Lucia Castro Lemos, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Doutora em Ciências e Mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP). Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP/1998), especialização em Reabilitação Hospitalar e Motora pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (1999). Experiência na área de Fisioterapia, com ênfase em saúde da família, atenção primária a saúde, gerontologia, reabilitação ortopédica, e neurológica. Experiência docente em Atenção Básica a Saúde, Saúde Coletiva, saúde do trabalhador, epidemiologia, ergonomia, fisiologia humana, enfermagem do trabalho. Experiência docente em Geriatria e Gerontologia (pós-graduação/UNINOVE) Supervisão de estágio em Saúde Coletiva em Unidade Básica de Saúde/Albergue Boracea II pela UNINOVE. Experiência no Núcleo de Apoio da Saúde da Família e Núcleo Integrado de Reabilitação (Santa Casa de Misericórdia e Associação Saúde da Família Tutora da ENSP/Fiocruz curso de Saúde e Envelhecimento da Pessoa Idosa (início 2010) docente em Saúde da UNINOVE cursos de Fisioterapia e Medicina; preceptora da Residencia Multiprofissional na Atenção Primária a Saúde. Pesquisa em Saúde Coletiva e Saúde do Idoso com alunos residentes em APS há 04 anos. Docente em curso de Especialização em Geriatria e Gerontologia e Colaboradora de projeto integrador pela UNINOVE, docente em pós-graduação em Geriatria e Gerontologia pela FABIC.

Referências

Associação Internacional para o Estudo da Dor -IASP. (2016). Recuperado de https://www.iasp-pain.org/index.aspx

Azevedo, A. C. B., Câmara, I. C. P., de Gois, S. R. F., & Benito, L. A. O. (2016). Benefícios das Práticas Alternativas Integrativas e Complementares na Qualidade de Vida da Pessoa Idosa. Acta de Ciências e Saúde, 1(1), 1–19.

Calixto, A., Silva, H., Baptista, I., Isolani, L., & Silva, D. (2018). Sala de espera: uma proposta para educação em saúde. Sinapse Múltipla, 7(2), 188–195.

Campos, R. M. da S., Silva, A., Queiroz, S. S. de, Mônico Neto, M., Roizenblatt, S., Tufik, S., & Mello, M. T. de. (2011). Fibromyalgia: Level of physical activity and quality of sleep. Motriz: Revista de Educação Física, 17(3), 468–476.

Coelho, M. A. G. M. (2017). Perfil de idosos do município de Itaúna/MG e influência da atividade física na dor crônica e na capacidade funcional. Fisioterapia Brasil, 12(2), 94–99.

Dellaroza, M. S. G., Pimenta, C. A. de M., Lebrão, M. L., & Duarte, Y. A. (2013). Associação de dor crônica com uso de serviços de saúde em idosos residentes em São Paulo. Revista de Saúde Pública, 47, 914–922. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2013047004427

dos Santos, S. F. (2019). A dança enquanto recurso psicoterápico provedora de mudanças biopsicossocaias. Revista Psicologia & Saberes, 8(11), 350–359.

Ferretti, F., Silva, M. R. da, Pegoraro, F., Baldo, J. E., Sá, C. A. D., Ferretti, F., … Sá, C. A. D. (2019). Chronic pain in the elderly, associated factors and relation with the level and volume of physical activity. BrJP, 2(1), 3–7. https://doi.org/10.5935/2595-0118.20190002

Figueiredo, V. F. de, Pereira, L. S. M., Ferreira, P. H., Pereira, A. de M., & Amorim, J. S. C. de. (2017). Incapacidade funcional, sintomas depressivos e dor lombar em idosos. Fisioterapia em Movimento, 26(3). https://doi.org/10.1590/S0103-51502013000300008

Fischborn, A. F., Machado, J., da Costa Fagundes, N., & Pereira, N. M. (2016). A Política das Práticas Integrativas e Complementares do SUS: O relato da implementação em uma unidade de ensino e serviço de saúde. Cinergis, 17.

Mallmann, D. G., Galindo Neto, N. M., Sousa, J. de C., & Vasconcelos, E. M. R. de. (2015). Health education as the main alternative to promote the health of the elderly. Ciência & Saúde Coletiva, 20(6), 1763–1772. https://doi.org/10.1590/1413-81232015206.02382014

Malta, D. C., Oliveira, T. P., Santos, M. A. S., Andrade, S. S., Silva, M. M., & DCNT, G. T. de M. do P. de. (2016). Progress with the strategic action plan for tackling chronic non-communicable diseases in Brazil, 2011-2015. Epidemiol Serv Saúde, 25(2), 373–90.

Martinez, J. E., Grassi, D. C., & Marques, L. G. (2011). Análise da aplicabilidade de três instrumentos de avaliação de dor em distintas unidades de atendimento: Ambulatório, enfermaria e urgência. Rev Bras Reumatol, 51(4), 299–308.

Ministério da Saúde. (2016). Recuperado de http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares

Moreira, A. G. G., Malloy-Diniz, L. F., Fuentes, D., Correa, H., & Lage, G. M. (2010). Atividade física e desempenho em tarefas de funções executivas em idosos saudáveis: Dados preliminares. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo), 37(3), 109–112. https://doi.org/10.1590/S0101-60832010000300003

Pinheiro, F. A., Tróccoli, B. T., & Carvalho, C. V. de. (2002). Validação do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares como medida de morbidade. Revista de Saúde Pública, 36, 307–312.

Reis, R. J., Pinheiro, T. M., Navarro, A., & Martin M, M. (2000). Perfil da demanda atendida em ambulatório de doenças profissionais e a presença de lesões por esforços repetitivos. Revista de Saúde Pública, 34, 292–298. https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000300013

Santos, F. A. A. dos, Souza, J. B. de, Antes, D. L., & d’Orsi, E. (2015). Prevalência de dor crônica e sua associação com a situação sociodemográfica e atividade física no lazer em idosos de Florianópolis, Santa Catarina: Estudo de base populacional. Revista Brasileira de Epidemiologia, 18(1), 234–247. https://doi.org/10.1590/1980-5497201500010018

Siebra, M. M. R., & Vasconcelos, T. B. de. (2017). Quality of life and mood state of chronic pain patients. Revista Dor, 18(1), 43–46.

Steffens, R. de A. K., Liz, C. M. de, Viana, M. da S., Brandt, R., Oliveira, L. G. A. de, & Andrade, A. (2011). Praticar caminhada melhora a qualidade do sono e os estados de humor em mulheres com síndrome da fibromialgia. Rev Dor, 12(4), 327–31.

Tobo, A., Khouri, M., Cordeiro, Q., Lima, M. da C., Brito Junior, C. A., & Battistella, L. R. (2010). Estudo do tratamento da lombalgia crônica por meio da Escola de Postura. Acta fisiatr, 17(3), 112–6.

Toldrá, R. C., Cordone, R. G., Arruda, B. de A., & Souto, A. C. F. (2014). Promoção da saúde e da qualidade de vida com idosos por meio de práticas corporais. Mundo Saúde, 38(2), 159–68.

Tonon, P. P., Duim, E. L., & Santos, S. S. (2013). Efetividade da fisioterapia associada à dançaterapia na melhora da capacidade aeróbia e flexibilidade de mulheres idosas com histórico de quedas. Saúde e Pesquisa, 5(3).

Downloads

Publicado

2021-04-15

Como Citar

Pinheiro, J. L., Silva Amorim, S. T., Varkala Lanuez, F., & Castro Lemos, L. (2021). Práticas integrativas associadas à educação em saúde na redução das dores crônicas osteomusculares: uma abordagem multiprofissional. Revista De Gestão Em Sistemas De Saúde, 10(2), 124–133. https://doi.org/10.5585/rgss.v10i2.14524

Edição

Seção

Artigos