Um estudo exploratório sobre a viabilidade de um modelo híbrido de plano de saúde com acumulação
DOI:
https://doi.org/10.5585/rgss.v9i2.15866Palavras-chave:
Plano de saúde, Modelo híbrido, Saúde suplementar, Modelos de acumulaçãoResumo
O objetivo desse estudo é analisar a viabilidade de um modelo híbrido de custeio de plano de saúde, em que os dispêndios ao longo da vida são financiados por meio da acumulação de recursos ao longo da vida ativa, por parte do próprio segurado. Foram utilizados os microdados do suplemento de saúde da PNAD, visando quantificar a frequência anual das consultas e das internações, bem como a renda média dos possíveis segurados. Também foi empregado o Painel de Precificação da ANS de 2016, do qual foram obtidas as informações de severidade dos eventos, ou seja, o preço médio das consultas e das internações, por faixa etária. Foram calculadas as despesas médicas anuais de indivíduos representativos, por gênero e faixa de renda. Foram elaborados quatro modelos de acumulação, respeitando o princípio de justiça atuarial no que se refere à relação entre pagamentos e despesas. No primeiro, o valor da contribuição é fixo. No segundo, define-se a contribuição como percentual fixo da renda do segurado. No terceiro, as alíquotas são crescentes no decorrer da vida. No quarto modelo, além de financiar os gastos com saúde, o montante acumulado pelo segurado, também é empregado para custear o recebimento de uma anuidade ao final da vida ativa. Os resultados evidenciam que o produto não é viável para a maioria dos casos analisados. A única exceção são os indivíduos de renda alta, que apresentaram em todos os métodos menos do que 20% da renda destinado às despesas médicas.
Downloads
Referências
Akerlof, G. A. (1970). The market for “lemons”: Quality uncertainty and the market mechanism. The Quarterly Journal of Economics, 84(3), 488–500. DOI:10.2307/1879431
Andrade, M. V., & Lisboa, M. de B. (2002). Determinantes dos gastos pessoais privados com saúde no Brasil. Texto para Discussão No. 175. Belo Horizonte: Cedeplar/UFMG. Recuperado de http://www.cedeplar.ufmg.br/pesquisas/td/TD%20175.pdf
Bolnick, H. J. (2004). A framework for long-term actuarial projections of health care costs. North American Actuarial Journal, 8(4), 1–29. DOI:10.1080/10920277.2004.10596168
Brown, J., & Warshawsky, M. (2013). The life care annuity: A new empirical examination of an insurance innovation that addresses problems in the markets for life annuities and long-term care insurance. Journal of Risk and Insurance, 80(3), 677–703. DOI:10.1111/j.1539-6975.2013.12013.x
Browne, M. (1992). Evidence of adverse selection in the individual health insurance market. The Journal of Risk and Insurance, 59(1), 13–33. DOI: 10.2307/253214
Cagetti, M. (2003). Wealth Accumulation Over the Life Cycle and Precautionary Savings. Journal of Business & Economic Statistics, 21(3), 339–353. DOI:10.1198/073500103288619007
Cechin, J., Badia, B. D, & Martins, C. B. (2009). Pacto intergeracional, seleção adversa e financiamento dos planos de saúde. Saúde Em Debate, 33(82), 214–221. Recuperado de https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=406341771004
Couttolenc, B., Lindelow, M., & Gragnolati, M. (2013). Twenty Years of Health System Reform in Brazil: An assessment of the Sistema Único de Saúde. Wadhington, DC: The World Batnk. DOI:10.1596/978-0-8213-9843-2
Cutler, D. M. (2002). Health care and the public sector. In A. J. Auerbach & M. Feldstein (Eds.), Handbook of Public Economics (Vol. 4, pp. 2143–2243). DOI:10.1016/S1573-4420(02)80010-6
Duncan, I., Loginov, M., & Ludkovski, M. (2016). Testing alternative regression frameworks for predictive modeling of health care costs. North American Actuarial Journal, 20(1), 65–87. DOI:10.1080/10920277.2015.1110491
Erhardt, V., & Czado, C. (2012). Modeling dependent yearly claim totals including zero claims in private health insurance. Scandinavian Actuarial Journal, 2, 106–129. DOI:10.1080/03461238.2010.489762
Geruso, M., & Layton, T. J. (2017). Selection in health insurance markets and its policy remedies. Journal of Economic Perspectives, 31(4), 23–50. DOI:10.1257/jep.31.4.23
Gollier, C. (1994). Insurance and precautionary capital accumulation in a continuous-time model. The Journal of Risk and Insurance, 61(1), 78–95. DOI: 10.2307/253425
Hsiao, W. C. (1995). Medical savings accounts: Lessons from Singapore. Health Affairs, 14(2), 260–266. DOI:10.1377/hlthaff.14.2.260
Johannssen, W. (2003). Demographic developments, full funding and self-regulation: The foundations of the social health insurance of the future. The Geneva Papers on Risk and Insurance, 28(2), 351–367. DOI:10.1111/1468-0440.00229
Kotlikoff, L. (1986). Health expenditures and precautionary savings. NBER Working Paper No. 2008. DOI:10.3386/w2008
Maia A. C., Andrade, M. V., Ribeiro, M. M., & Brito R. J. A. (2006). Estudo sobre a regulação do setor brasileiro de planos de saúde [Documento de Trabalho n. 37]. Brasília: Secretaria de Acompanhamento Econômico/Ministério da Fazenda (SEAE/MF).
Médici, A. C. (2002). Los gastos en salud en las familias de Brasil: algunas evidencias de su carácter regresivo (Sustainable Development Department Technical papers series SOC-129). Recuperado de https://publications.iadb.org/publications/spanish/document/Los-gastos-en-salud-en-las-familias-de-Brasil-Algunas-evidencias-de-su-carácter-regresivo.pdf
Murtaugh, C. M., Spillman, B. C., & Warshawsky, M. J. (2001). In sickness and in health: an annuity approach to financing long-term care and retirement income. Journal of Risk and Insurance, 68(2), 225–253. DOI: 10.2307/2678101
Noronha, J. C., Noronha, G. S., Pereira, T. R., & Costa, A. M. (2018). Notas sobre o futuro do SUS: Breve exame de caminhos e descaminhos trilhados em um horizonte de incertezas e desalentos. Ciência & Saúde Coletiva, 23(6), 2051–2059. DOI:10.1590/1413-81232018236.05732018
Peter, R., Soika, S., & Steinorth, P. (2016). Health insurance, health savings accounts and healthcare utilization. Health Economics, 25(3), 357–371. DOI:10.1002/hec.3142
Schreyogg, J. (2004). Demographic development and moral hazard: Health insurance with medical savings accounts. Geneva Papers on Risk and Insurance - Issues and Practice, 29(4), 689–704. DOI:10.1111/j.1468-0440.2004.00311.x
Silveira, F. G., Osorio, R. G., & Piola, S. F. (2006). Os gastos das famílias com saúde. In F. G. Silveira, L. M. Servo, T. Menezes, & S. F. Piola (Eds.), Gasto e consumo das famílias brasileiras contemporâneas (pp. 107–124). DOI:10.1017/CBO9781107415324.004
Souza, H. S. E., & Leão, L. C. S. (2012). Tarifação de um plano de saúde autogestão aplicando os modelos lineares generalizados. Cadernos do IME - Série Estatística, 33, 1–17. DOI:10.12957/cadest.2012.15773
Stiglitz, J. (1983). Risk, incentives and insurance: The pure theory of moral hazard. The Geneva Papers on Risk and Insurance, 8(26), 4–33. DOI:10.1057/gpp.1983.2
Vaughan, E. J., & Vaughan, T. M. (2014). Fundamentals of Risk and Insurance (11th ed.). New York: John Wiley & Sons, Inc.
Webb, D. (2009). Asymmetric information, long-term care insurance, and annuities: The case for bundled contracts. The Journal of Risk and Insurance, 76(1), 53–85. DOI:10.1111/j.1539-6975.2009.01288.x
Yip, W. C., & Hsiao, W. C. (1997). Medical savings accounts: Lessons from China. Health Affairs, 16(6), 244–251. doi:10.1377/hlthaff.16.6.244.
Akerlof, G. A. (1970). The market for “lemons”: Quality uncertainty and the market mechanism. The Quarterly Journal of Economics, 84(3), 488–500. DOI:10.2307/1879431
Andrade, M. V., & Lisboa, M. de B. (2002). Determinantes dos gastos pessoais privados com saúde no Brasil. Texto para Discussão No. 175. Belo Horizonte: Cedeplar/UFMG. Recuperado de http://www.cedeplar.ufmg.br/pesquisas/td/TD%20175.pdf
Bolnick, H. J. (2004). A framework for long-term actuarial projections of health care costs. North American Actuarial Journal, 8(4), 1–29. DOI:10.1080/10920277.2004.10596168
Brown, J., & Warshawsky, M. (2013). The life care annuity: A new empirical examination of an insurance innovation that addresses problems in the markets for life annuities and long-term care insurance. Journal of Risk and Insurance, 80(3), 677–703. DOI:10.1111/j.1539-6975.2013.12013.x
Browne, M. (1992). Evidence of adverse selection in the individual health insurance market. The Journal of Risk and Insurance, 59(1), 13–33. DOI: 10.2307/253214
Cagetti, M. (2003). Wealth Accumulation Over the Life Cycle and Precautionary Savings. Journal of Business & Economic Statistics, 21(3), 339–353. DOI:10.1198/073500103288619007
Cechin, J., Badia, B. D, & Martins, C. B. (2009). Pacto intergeracional, seleção adversa e financiamento dos planos de saúde. Saúde Em Debate, 33(82), 214–221. Recuperado de https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=406341771004
Couttolenc, B., Lindelow, M., & Gragnolati, M. (2013). Twenty Years of Health System Reform in Brazil: An assessment of the Sistema Único de Saúde. Wadhington, DC: The World Batnk. DOI:10.1596/978-0-8213-9843-2
Cutler, D. M. (2002). Health care and the public sector. In A. J. Auerbach & M. Feldstein (Eds.), Handbook of Public Economics (Vol. 4, pp. 2143–2243). DOI:10.1016/S1573-4420(02)80010-6
Duncan, I., Loginov, M., & Ludkovski, M. (2016). Testing alternative regression frameworks for predictive modeling of health care costs. North American Actuarial Journal, 20(1), 65–87. DOI:10.1080/10920277.2015.1110491
Erhardt, V., & Czado, C. (2012). Modeling dependent yearly claim totals including zero claims in private health insurance. Scandinavian Actuarial Journal, 2, 106–129. DOI:10.1080/03461238.2010.489762
Geruso, M., & Layton, T. J. (2017). Selection in health insurance markets and its policy remedies. Journal of Economic Perspectives, 31(4), 23–50. DOI:10.1257/jep.31.4.23
Gollier, C. (1994). Insurance and precautionary capital accumulation in a continuous-time model. The Journal of Risk and Insurance, 61(1), 78–95. DOI: 10.2307/253425
Hsiao, W. C. (1995). Medical savings accounts: Lessons from Singapore. Health Affairs, 14(2), 260–266. DOI:10.1377/hlthaff.14.2.260
Johannssen, W. (2003). Demographic developments, full funding and self-regulation: The foundations of the social health insurance of the future. The Geneva Papers on Risk and Insurance, 28(2), 351–367. DOI:10.1111/1468-0440.00229
Kotlikoff, L. (1986). Health expenditures and precautionary savings. NBER Working Paper No. 2008. DOI:10.3386/w2008
Maia A. C., Andrade, M. V., Ribeiro, M. M., & Brito R. J. A. (2006). Estudo sobre a regulação do setor brasileiro de planos de saúde [Documento de Trabalho n. 37]. Brasília: Secretaria de Acompanhamento Econômico/Ministério da Fazenda (SEAE/MF).
Médici, A. C. (2002). Los gastos en salud en las familias de Brasil: algunas evidencias de su carácter regresivo (Sustainable Development Department Technical papers series SOC-129). Recuperado de https://publications.iadb.org/publications/spanish/document/Los-gastos-en-salud-en-las-familias-de-Brasil-Algunas-evidencias-de-su-carácter-regresivo.pdf
Murtaugh, C. M., Spillman, B. C., & Warshawsky, M. J. (2001). In sickness and in health: an annuity approach to financing long-term care and retirement income. Journal of Risk and Insurance, 68(2), 225–253. DOI: 10.2307/2678101
Noronha, J. C., Noronha, G. S., Pereira, T. R., & Costa, A. M. (2018). Notas sobre o futuro do SUS: Breve exame de caminhos e descaminhos trilhados em um horizonte de incertezas e desalentos. Ciência & Saúde Coletiva, 23(6), 2051–2059. DOI:10.1590/1413-81232018236.05732018
Peter, R., Soika, S., & Steinorth, P. (2016). Health insurance, health savings accounts and healthcare utilization. Health Economics, 25(3), 357–371. DOI:10.1002/hec.3142
Schreyogg, J. (2004). Demographic development and moral hazard: Health insurance with medical savings accounts. Geneva Papers on Risk and Insurance - Issues and Practice, 29(4), 689–704. DOI:10.1111/j.1468-0440.2004.00311.x
Silveira, F. G., Osorio, R. G., & Piola, S. F. (2006). Os gastos das famílias com saúde. In F. G. Silveira, L. M. Servo, T. Menezes, & S. F. Piola (Eds.), Gasto e consumo das famílias brasileiras contemporâneas (pp. 107–124). DOI:10.1017/CBO9781107415324.004
Souza, H. S. E., & Leão, L. C. S. (2012). Tarifação de um plano de saúde autogestão aplicando os modelos lineares generalizados. Cadernos do IME - Série Estatística, 33, 1–17. DOI:10.12957/cadest.2012.15773
Stiglitz, J. (1983). Risk, incentives and insurance: The pure theory of moral hazard. The Geneva Papers on Risk and Insurance, 8(26), 4–33. DOI:10.1057/gpp.1983.2
Vaughan, E. J., & Vaughan, T. M. (2014). Fundamentals of Risk and Insurance (11th ed.). New York: John Wiley & Sons, Inc.
Webb, D. (2009). Asymmetric information, long-term care insurance, and annuities: The case for bundled contracts. The Journal of Risk and Insurance, 76(1), 53–85. DOI:10.1111/j.1539-6975.2009.01288.x
Yip, W. C., & Hsiao, W. C. (1997). Medical savings accounts: Lessons from China. Health Affairs, 16(6), 244–251. doi:10.1377/hlthaff.16.6.244.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista de Gestão em Sistemas de Saúde

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição - Não comercial - Compartilhar igual 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html
- Resumo 366
- PDF 341