Cidade Inteligente: diagnóstico dos aspectos econômicos e da força produtiva do Distrito Federal
DOI:
https://doi.org/10.5585/geas.v11i1.20383Palavras-chave:
Cidades Inteligentes, Distrito Federal, Inovação, Gestão Urbana.Resumo
Objetivo: O objetivo do trabalho foi diagnosticar os aspectos econômicos e da força produtiva das Regiões Administrativas do Distrito Federal, sob a luz das características que compõem o conceito de cidades inteligentes.
Metodologia: Dados secundários da economia, foram extraídos do sítio governamental do Distrito Federal referente às informações do planejamento de atividades do governo, o Plano Plurianual, e Balanço Orçamentário, período de 2016-2019. Enquanto da força produtiva, as informações foram obtidas do sítio da Receita Federal, denominado Cnpj.info, de mais de 263 mil entidades empresariais, ano de 2018. A partir de técnicas de análise de conteúdo e de uma análise espacial, as entidades foram agrupadas em cinco categorias de intensidade tecnológica, classificadas pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em alta, médio-alta, média, médio-baixa e baixa intensidade tecnológica.
Originalidade/Relevância: As informações sobre características de desenvolvimento das regiões contribuem para o aprimoramento de políticas públicas na construção de cidades modernas, além de identificar falhas e oportunidades, reproduzindo bons exemplos para a compreensão e programa de pesquisas sobre essa atual matéria.
Resultados: O mapeamento permitiu conhecer os tipos de empresas e suas potencialidades, bem como, as competências econômicas e inovadoras no Distrito Federal. Em 2018, havia 112 entidades empresariais classificadas com alto nível de intensidade tecnológica. As microempresas concentravam a maior parte de empresas em todos os níveis tecnológicos, perfazendo um total de 178.289. O Distrito Federal ainda apresenta uma força produtiva incipiente no que tange ao processo de construção de uma cidade inteligente.
Contribuições sociais / para a gestão: Pretende-se contribuir com a tomada de decisão no campo de políticas públicas que vise ações econômicas e sociais no Distrito Federal, especialmente com a visão do campo de produção e inovação que viabilizem a estruturação de uma cidade inteligente alinhando-se às novas perspectivas globais de desenvolvimento.
Downloads
Referências
Ahvenniemi, H., Huovila, A., Pinto-Seppä, I., & Airaksinen, M. (2017). What are the differences between sustainable and smart cities?. Cities, 60, 234-245. https://doi.org/10.1016/j.cities.2016.09.009
Alves, M. A., Dias, R. C., & Seixas, P. C. (2019). Smart Cities no Brasil e em Portugal: o estado da arte. Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 11. https://doi.org/10.1590/2175-3369.011.e20190061
Bardin, L. (2008). Análise de Conteúdo. (L. A. R. trad.) Edições 70.
Batty, M. (2008). The size, scale, and shape of cities. Science, 319(5864), 769-771. https://doi.org/10.1126/science.1151419
Batty, M. (2010). Visualizing space–time dynamics in scaling systems. Complexity, 16(2), 51-63. https://doi.org/10.1002/cplx.20342
Batty, M., Axhausen, K.W., Giannotti, F. et al. Smart cities of the future. Eur. Phys. J. Spec. Top. 214, 481–518 (2012). https://doi.org/10.1140/epjst/e2012-01703-3.
Beck, D. F., & de Melo Conti, D. (2021). The Role of Urban Innovativeness, Smart Governance, and Smart Development in the Urban Smartness. Humanidades & Inovação, 8(49), 141-151. Recuperado de https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/5134
Beck, D., Da Silva Neto, W., Bezerra, A., Araújo, V., & Távora, C. (2020). Um framework teórico sobre a dimensão social da inteligência das Cidades Inteligentes. Revista de Arquitetura IMED, 9(2), 1-17. https://doi.org/10.18256/2318-1109.2020.v9i2.3748
Caragliu, A., Del Bo, C., & Nijkamp, P. (2013). Smart cities in Europe. In Smart cities (pp. 185-207). Routledge. Recuperado de https://www.taylorfrancis.com/books/mono/10.4324/9780203076224/smart-cities?refId=c33a9907-6979-4de3-baab-db350041fc5a&context=ubx
Cavalcante, L. R. (2010). Políticas de ciência, tecnologia e inovação no Brasil: uma análise com base nos indicadores agregados. In Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Brasil em Desenvolvimento: Estado, planejamento e políticas públicas (pp. 289-310). Brasília: Ipea. Recuperado de http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/2378
Cavalcante, P. L. (2007). O Plano Plurianual: resultados da mais recente reforma do Planejamento e Orçamento no Brasil. Revista do serviço público, 58(2), 129-150. Recuperado de https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/168/173
Chourabi, H., Nam, T., Walker, S., Gil-Garcia, J. R., Mellouli, S., Nahon, K., ... & Scholl, H. J. (2012, January). Understanding smart cities: An integrative framework. In 2012 45th Hawaii international conference on system sciences (pp. 2289-2297). IEEE. https://doi.org/10.1109/HICSS.2012.615
Dameri, R. P. (2013). Searching for smart city definition: a comprehensive proposal. International Journal of computers & technology, 11(5), 2544-2551. Recuperado de https://rajpub.com/index.php/ijct/issue/view/199
Decreto nº 9.283, de 7 de fevereiro de 2018 (2018). Regulamenta a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, a Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016, o art. 24, § 3º, e o art. 32, § 7º, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, o art. 1º da Lei nº 8.010, de 29 de março de 1990, e o art. 2º, caput, inciso I, alínea "g", da Lei nº 8.032, de 12 de abril de 1990, e altera o Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, para estabelecer medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à capacitação tecnológica, ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9283.htm
Duarte, F. (2005). Cidades inteligentes: inovação tecnológica no meio urbano. São Paulo em Perspectiva, 19(1), 122-131. https://doi.org/10.1590/S0102-88392005000100011
Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (2019 - 2020). Relatório de gestão FAP-DF 2020. [s.l: s.n.]. Recuperado de http://www.fap.df.gov.br/wp-content/uploads/2018/05/Relatorio-de-Gestao-UO-40201-18_01_2021_19_05.pdf
Galindo-Rueda, F.; Verger, F.(2016). OECD Taxonomy of Economic Activities Based on R&D Intensity. OECD Science, Technology and Industry Working Papers, n. 2016/04. Paris: OECD Publishing. Recuperado em: <https://www.oecd-ilibrary.org/docserver/5jlv73sqqp8r-en.pdf?expires=1614098067&id=id&accname=guest&checksum=CBF8F649E04DF73E54DA3D5E51E2D676>
Giffinger, R., & Gudrun, H. (2010). Smart cities ranking: an effective instrument for the positioning of the cities? ACE: architecture, city and environment, 4(12), 7-26. http://dx.doi.org/10.5821/ace.v4i12.2483
Governo do Distrito Federal (2015). Orientações para elaboração do Plano Plurianual 2016-2019. Recuperado de http://www.economia.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2017/12/Orienta%C3%A7%C3%B5es-para-a-Elabora%C3%A7%C3%A3o-do-PPA-2016-2019.pdf
Governo do Distrito Federal (2019). Plano Estratégico do Distrito Federal 2019-2060. Brasília, Recuperado de http://www.economia.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2019/05/Book_PEDF_Plano_Estrategico_final.pdf
Harrison, C., & Donnelly, I. A. (2011). A Theory of Smart Cities. Proceedings of the 55th Annual Meeting of the ISSS - 2011, Hull, UK, 55(1). Retrieved from https://journals.isss.org/index.php/proceedings55th/article/view/1703
Harrison, C., Eckman, B., Hamilton, R., Hartswick, P., Kalagnanam, J., Paraszczak, J., & Williams, P. (2010). Foundations for smarter cities. IBM Journal of research and development, 54(4), 1-16. Recuperado de https://ieeexplore.ieee.org/abstract/document/5512826.
Hollands, R. G. (2008). Will the real smart city please stand up? Intelligent, progressive or entrepreneurial?. City, 12(3), 303-320. https://doi.org/10.1080/13604810802479126
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2018). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2018. Recuperado em 10 dez. 2020 de https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/condicoes-de-vida-desigualdade-e-pobreza/17270-pnad-continua.html?=&t=o-que-e.
Komninos, N. (2016). Smart environments and smart growth: connecting innovation strategies and digital growth strategies. International Journal of Knowledge-Based Development, 7(3), 240-263. https://doi.org/10.1504/IJKBD.2016.078536
Kon, F., & Santana, E. F. Z. (2016). Cidades Inteligentes: Conceitos, plataformas e desafios. Jornadas de atualização em informática, 17.3. https://doi.org/10.5753/sbc.6.1
Lazzaretti, K., Sehnem, S., Bencke, F. F., & Machado, H. P. V. (2019). Cidades inteligentes: insights e contribuições das pesquisas brasileiras. Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 11. https://doi.org/10.1590/2175-3369.011.001.e20190118
Lei distrital nº 6.140 de 03 de maio de 2018 (2018). Dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica e à inovação no ambiente produtivo do Distrito Federal, com fins a estimular a geração de riquezas, e dá outras providências. http://www.sinj.df.gov.br/sinj/Norma/9949d81d0a6e44e190494f3f999610de/Lei_6140_03_05_2018.html
Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001 (2001). Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Brasília: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm
Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de 2004 (2004). Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm
Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016 (2016). Dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação e altera a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, a Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980, a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, a Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011, a Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, a Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994, a Lei nº 8.010, de 29 de março de 1990, a Lei nº 8.032, de 12 de abril de 1990, e a Lei nº 12.772, de 28 de dezembro de 2012, nos termos da Emenda Constitucional nº 85, de 26 de fevereiro de 2015.. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13243.htm
Menelau, S., Macedo, F. G. L., Carvalho, P. L. D., Nascimento, T. G., & Carvalho Júnior, A. D. D. (2019). Mapeamento da produção científica da Indústria 4.0 no contexto dos BRICS: reflexões e interfaces. Cadernos EBAPE. BR, 17(4), 1094-1114. https://doi.org/10.1590/1679-395174878
Michelam, L. D., Cortese, T. T. P., Yigitcanlar, T., & Vils, L. (2020). O desenvolvimento urbano baseado no conhecimento como estratégia para promoção de cidades inteligentes e sustentáveis. Rev. Gest. Ambient. e Sust.- GeAS, 9 (1), 1-21, e 18740. https://doi.org/10.5585/geas.v9i1.18740.
Minghelli, M. (2018). A nova estrutura normativa de ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Encontros Bibli: Revista eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da informação, 143-151. https://doi.org/10.5007/1518-2924.2018v23nespp143
Monfaredzadeh, T., & Krueger, R. (2015). Investigating social factors of sustainability in a smart city. Procedia Engineering, 118, 1112-1118. https://doi.org/10.1016/j.proeng.2015.08.452
Morceiro, P. C. (2019). Nova Classificação de Intensidade Tecnológica da OCDE e a Posição do Brasil. Setor Externo: Equilíbrio Com Um Ar de Dúvida, 8. Recuperado de https://downloads.fipe.org.br/publicacoes/bif/bif461.pdf#page=8
Neirotti, P., De Marco, A., Cagliano, A. C., Mangano, G., & Scorrano, F. (2014). Current trends in Smart City initiatives: Some stylised facts. Cities, 38, 25-36. https://doi.org/10.1016/j.cities.2013.12.010
Parque Científico e Tecnológico da UnB – PCTec-UnB (2020). Resolução do Conselho Consultivo do Parque Científico e Tecnológico da Universidade de Brasília Nº 0001/2020. Recuperado de http://www.pctec.unb.br/documentos/179-documentos/133-regimento
Radziejowska, A., & Sobotka, B. (2021). Analysis of the social aspect of smart cities development for the example of smart sustainable buildings. Energies, 14(14), 4330. https://doi.org/10.3390/en14144330
Rauen, C. V. (2016). O novo marco legal da inovação no Brasil: o que muda na relação ICT-empresa? Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, 43, 21-35. Recuperado de http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/6051
Ribeiro, F. (2020). A física das cidades. Revista De Morfologia Urbana, 8(1), e00159. https://doi.org/10.47235/rmu.v8i1.159
Schaffers, H., Komninos, N., Pallot, M., Trousse, B., Nilsson, M., & Oliveira, A. (2011). Smart cities and the future internet: Towards cooperation frameworks for open innovation. In The future internet assembly (pp. 431-446). Springer, Berlin, Heidelberg. Recuperado de https://library.oapen.org/bitstream/handle/20.500.12657/27702/10.1007_978-3-642-20898-0.pdf?sequence=1#page=423
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (2020). O que são cidades inteligentes: Recuperado de https://www.secti.df.gov.br/o-que-sao-cidades-inteligentes/
Silva, A. H., & Fossá, M. I. T. (2015). Análise de conteúdo: exemplo de aplicação da técnica para análise de dados qualitativos. Qualitas revista eletrônica, 16(1). Recuperado de https://www.academia.edu/download/56781325/2113-7552-1-PB.pdf
Telles, R. (2001). A efetividade da matriz de amarração de Mazzon nas pesquisas em Administração. Revista de Administração da Universidade de São Paulo, 36(4). Recuperado de http://rausp.usp.br/wp-content/uploads/files/v36n4p64ap72.pdf
Trindade, E. P., Hinnig, M. P. F., Moreira da Costa, E., Marques, J. S., Bastos, R. C., & Yigitcanlar, T. (2017). Sustainable development of smart cities: A systematic review of the literature. Journal of Open Innovation: Technology, Market, and Complexity, 3(3), 11. https://doi.org/10.1186/s40852-017-0063-2
Washburn, D., Sindhu, U., Balaouras, S., Dines, R. A., Hayes, N., & Nelson, L. E. (2009). Helping CIOs understand “smart city” initiatives. Growth, 17(2), 1-17. Recuperado de https://www.itworldcanada.com/archive/Themes/Hubs/Brainstorm/forrester_help_cios_smart_city.pdf
Weber, R. P. (1990). Basic content analysis (2nd ed). Sage Publications.
Weiss, M. C. (2017). Os desafios à gestão das cidades: uma chamada para a ação em tempos de emergência das cidades inteligentes no Brasil. Revista de Direito da cidade, 9(2), 788-824. https://doi.org/10.12957/rdc.2017.27493
Weiss, M. C., Bernardes, R. C., & Consoni, F. L. (2015). Cidades inteligentes como nova prática para o gerenciamento dos serviços e infraestruturas urbanos: a experiência da cidade de Porto Alegre. Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 7(3), 310-324. https://doi.org/10.1590/2175-3369.007.003.AO01
Weiss, M. C., Bernardes, R. C., & Consoni, F. L. (2017). Cidades inteligentes: casos e perspectivas para as cidades brasileiras. Revista tecnológica da Fatec americana, 5(1), 01-13. Recuperado de http://ric.cps.sp.gov.br/handle/123456789/516
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Fátima de Souza Freire, Luiz Guilherme de Oliveira, Antônio Nascimento Junior, Nilton Oliveira da Silva, Fernanda Pimentel Crispim

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
- Resumo 1193
- PDF (English) 458
- PDF 328