Maturidade em gerenciamento de projetos: uma análise das empresas organizadoras de corridas de rua da cidade de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.5585/gep.v10i2.11385Palavras-chave:
Gerenciamento de projetos. Maturidade gerenciamento de projetos. Modelo Prado-MMGP. Eventos esportivos. Corrida de rua.Resumo
A maturidade no Gerenciamento de Projetos (GP) está diretamente relacionada à capacidade da organização gerenciar os seus projetos. No esporte, a gestão das organizações esportivas e a realização dos eventos tornaram-se complexos, abordando diferentes áreas e exigindo a construção adequada de projetos. Nesse contexto, o objetivo da pesquisa foi identificar o nível de maturidade em GP nas empresas organizadoras de corridas de rua. A pesquisa se caracteriza como aplicada, descritiva e quantitativa, sendo baseada no modelo de maturidade Prado-MMGP. Foram identificadas 24 empresas que organizam corridas de rua na cidade de São Paulo e o questionário, baseado no modelo Prado-MMGP, foi aplicado online, entre maio e setembro de 2018, sendo obtidas respostas de quatro empresas. Os respondentes foram todos homens com idade média de 45,5 anos, formação em diferentes áreas, mas nenhum em GP, com cargos elevados e nas empresas há mais de 6 anos. As empresas são de porte diferentes com apenas uma possuindo setor responsável pelo GP. O nível de maturidade médio verificado foi de 3,26, equivalente ao nível padronizado do Modelo Prado-MMGP, com as empresas variando entre 4,57 e 2,30 pontos. A média é maior do que o nível médio de maturidade do Brasil e de que empresas que organizam eventos no geral. O estudo, pelo seu ineditismo no esporte, contribui indicando quais pontos devem ser aperfeiçoados no GP das empresas analisadas e fomentando a pesquisa sobre o GP e a sua maturidade nas organizações esportivas brasileiras.
Referências
Archibald, R. D. & Prado, D. (2014). Maturity in Project Management Series. PM World Journal, 3(3).
Bastos, F. C. (2016). Gestão do Esporte no Brasil: reflexões sobre avanços, limites e desafio. Tese de livre docente, Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, São Paulo.
Bastos, F. C., Pedro, M. A. D. & Palhares, J. M. (2009). Corrida de rua: análise da produção científica em universidades paulistas. Revista Mineira de Educação Física, 17(2), 76-86.
Bomfin, D. F., Nunes, P. C. A., Hastenreiter, F. (2012). Gerenciamento de Projetos segundo o Guia PMBOK: desafios para os gestores. Revista de Gestão e Projetos, 3(3), 58-87.
Bottenburg, M. v., Scheerder, J., Hover, P. (2010). Don´t miss the boat. Chances and challenge of the second wave of running. New studies in Athletics, 25(3/4), 125-143.
Brasil (2016). Diagnóstico Nacional do Esporte (Diesporte). Ministério do Esporte. Recuperado em 24 nov., 2018 de http://www.esporte.gov.br/diesporte/2.html
Bueno, J. R. (2017). Qual a receita bruta e o número de empregados para MEI, ME e EPP?. SebraeSC. Recuperado em 24 nov., 2018 de https://blog.sebrae-sc.com.br/numero-de-empregados-receita-bruta-para-mei-me-epp/
Creswell, J. W. (2007). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto (2a ed.). Porto Alegre: Artemed.
Dallari, M. M. (2009). Corrida de rua: um fenômeno sociocultural contemporâneo. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Deloitte. (2011). Muito além do Futebol: estudos sobre esportes no Brasil. Deloitte. Recuperado em 24 nov., 2018 de http://www.deloitte.com.br/Comunicados/
ReleasePesquisaEsportes.pdf
Farias, A. M. L. D., & Laurencel, L. D. C. (2006) Estatística descritiva. Apostila, Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro.
Federação Paulista de Atletismo. (n.d.). Estatísticas 2017. Federação Paulista de Atletismo. Recuperado em 24 nov., 2018 de http://www.atletismofpa.org.br/estatistica-2017.html,2860
Gonçalves, S. C. C. (2012). Aspectos econômicos da corrida de rua. Artigo conclusão de especialização, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Hashimoto, M. (2010). Espírito empreendedor nas organizações: aumentando a competitividade através do intra-empreendedorismo (2a ed.). São Paulo: Saraiva.
Julio, L. R., Piscopo, M. R. (2013). Maturidade em Gestão de Projetos e empreendedorismo estratégico em empresas do setor financeiro. Revista Gestão & Tecnologia, 13(3), 178-208.
Kerzner, H. (2010). Gestão de projetos: as melhores práticas. Porto Alegre: Bookman.
Lajolo, M. (2017). Corridas de rua se diversificam e transformam São Paulo na capital das provas. Folha de S. Paulo. Recuperado em 24 nov., 2018 de https://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2017/07/1897253-corridas-de-rua-se-diversificam-e-transformam-sao-paulo-na-capital-das-provas.shtml
Laruccia, M. M., Ignez, P. C., Deghi, G. J. & Garcia, M. G. (2012). Gerenciamento de Projetos em pesquisa e desenvolvimento. Revista de Gestão e Projetos, São Paulo,3(3), 109-135.
Levin, T. (2016). Octagon traz perfil de corredores no Brasil. Meio e Mensagem. Recuperado em 04 jun., 2019 de https://www.meioemensagem.com.br/home/ultimas-noticias/2016/04/26/octagon-traz-perfil-de-corredores-no-brasil.html
Máquina do Esporte. (2015). Maratona gera US$ 415 milhões para Nova York. Máquina do Esporte. Recuperado em 24 nov., 2018 de https://maquinadoesporte.uol.com.br/artigo/maratona-gera-us-415-milhoes-para-nova-york_29308.html#.VjSZVdWk9rA.facebook
Massena, A. (2012). Eventos e competições esportivas: planejamento e organização. Blumenau: Nova Letra Gráfica e Editora.
Matias, M. (2001). Organização de Eventos: procedimentos e técnicas. São Paulo: Manole.
Melo Neto, F. P. (2000). Criatividade em eventos. São Paulo: Contexto.
Menezes, L C. M. (2003). Gestão de projetos. São Paulo: Atlas.
Mizzin, F. (2015). Pesquisa: o perfil dos participantes de corridas de rua. eventbrite Blog. Recuperado em 04 jun., 2019 de https://www.eventbrite.com.br/blog/eventos-esportivos/pesquisa-o-perfil-dos-participantes-de-corridas-ds00/
Neves, L. A. L. (2013). Maturidade em gerenciamento de projetos – estudo de caso em uma instituição de P&D do governo federal. Dissertação de mestrado, Universidade de Taubaté, Taubaté.
Oliveira, S. N. (2010). Lazer sério e envelhecimento: loucos por corrida. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Parolini, P. L. L. (2016) Identificação dos perfis e patrocinadores que agregam mais valor aos eventos de corrida de rua: um estudo na visão dos consumidores do esporte. Dissertação de mestrado, Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. São Paulo.
Pires, G. (2007). Agôn – Gestão do Desporto. Porto: Porto Editora.
Pitts, B. G., & Stotlar, D. K. (2002). Fundamentos do marketing esportivo. São Paulo: Phorte.
Poit, D. R. (2006). Organização de eventos esportivos (4a. ed.). São Paulo: Phorte.
Prado, D. (2008). Maturidade em Gerenciamento de Projetos (2a. ed.). São Paulo: Editora Falconi.
Prado, D. (2016). Maturidade em Gerenciamento de Projetos (3a. ed.). São Paulo: Editora Falconi.
Prado, D., & Oliveira, W. (2018). Relatório Pesquisa 2017: relatório geral – parte A: indicadores. São Paulo: Maturity by Project Category Model.
Project Management Institute. (2014). Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia PMBOK®) (5a ed.). São Paulo: Saraiva.
Rinaldi, R. S., Nadae, J., Carvalho, M. M., & Moraes, R. O. (2015). A avaliação da maturidade em Gerenciamento de Projetos em empresas organizadoras de eventos: estudos de casos múltiplos. Anais do IV SINGEP, São Paulo, SP, Brasil.
Salgado, J. V. V., & Chacon-Mikahil, M. P. T. (2006). Corrida de rua: análise do crescimento do número de provas e de praticantes. Revista Conexões, 4(1), 100-109.
Sarmento, J. P., & Pinto, A. (2014). Gestão de eventos desportivos. In M. Arraya & M. N. Silva (Eds.), Tendências contemporâneas da Gestão Desportiva (pp. 345-374). Lisboa: Visão & Contexto.
Sebrae (2015). Intraempreendedorismo. Sebrae. Recuperado em 24 nov., 2018 de http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/empreendedorismo-e-intraempreendedorismo-a-bola-da-vez,8317080a3e107410VgnVCM1000003b74010aRCRD
Sgura, R. V. (2016). Maturidade em Gerenciamento de Projetos: um estudo de caso na indústria naval fluminense. Dissertação de mestrado, Universidade Federal Fluminense, Niterói.
Silva Neto, J. C. A. (2011). Avaliação de maturidade no Gerenciamento de Projetos em uma empresa de mineração em Minas Gerais. Projeto de dissertação, FUMEC, Belo Horizonte.
Silva, E. L. d., & Menezes, E. M. (2005). Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação (4a ed.). Florianópolis: UFSC.
Silva, J. C. A. (2011). Avaliação de maturidade no gerenciamento de projetos em uma empresa de mineração em Minas Gerais. Dissertação de mestrado, FUMEC, Belo Horizonte.
Silva, R. R., & Santos, E. M. (2016). Modelos de maturidade em Gerenciamento de Projetos: uma análise comparativa. Exacta, 14(3), 467-476.
Silveira, G. A. (2008). Fatores contribuintes para a maturidade em gerenciamento de projetos: um estudo em empresas brasileiras. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Souza Neto, P. A. (2015). Nível de maturidade em gerenciamento de projetos das maiores empresas de desenvolvimento de software do Porto Digital. Dissertação de mestrado, Faculdade Boa Viagem, Recife.
Tranchitella, M. (2013). O gerenciamento de riscos em eventos esportivos: um estudo com corrida de rua. Dissertação de mestrado, Universidade do Porto, Porto.
Veal, A. J., & Darcy, S. (2014). Research methods in sport studies and sport management: a practical guide. Oxon: Routledge.
Vergara, S. C. (2009). Projetos e relatórios de pesquisa em Administração (10e ed.). São Paulo: Atlas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Revista de Gestão e Projetos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.