Disseminação da pesquisa científica no esporte de alto rendimento no Brasil – análise do período Pré-olímpico Rio 2016

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/podium.v10i2.16886

Palavras-chave:

Ciência, Disseminação de Informação, Esportes, Políticas Públicas

Resumo

Objetivos: O objetivo do estudo foi identificar ações visando a disseminação de conteúdo científico voltados ao EAR para atletas e treinadores durante o período pré-olímpico do Jogos Rio 2016, nos níveis federal, estadual e municipal.

Metodologia/Abordagem: Estudo de abordagem qualitativa e análise documental, com base nos fatores críticos apresentados no modelo SPLISS relativos ao Pilar 9.

Originalidade/Relevância: O estudo aponta possíveis lacunas e promove o compartilhamento de boas práticas entre as esferas de governo, possibilitando melhor aplicação do conhecimento científicos produzido pela ciência do esporte na prática.

Principais Resultados: Os resultados mostram que no nível federal, tanto Ministério do Esporte quanto Comitê Olímpico do Brasil possuem Programas de disseminação da ciência, destaque para o Laboratório Olímpico mantido pelo Comitê Olímpico do Brasil. No nível estadual e municipal, poucos mantêm iniciativas. Foi possível observar uma sobreposição de ações desenvolvidas pelas organizações, além de uma desarticulação, evidenciando a falta de diretrizes nacionais para a disseminação da ciência do esporte.

Contribuições teórico-metodológicas: As implicações práticas deste estudo estão relacionadas à melhora dos processos de disseminação da ciência à treinadores e atletas e o fomento da discussão a respeito da responsabilidade dos entes envolvidos com o EAR.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Cacilda Mendes dos Santos Amaral, Universidade do Estado de Minas Gerais

Educação Fïsica - Unidade Divinópolis

Flávia da Cunha Bastos, Universidade de São Paulo

Livre Docente

Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo

Maria Tereza Silveira Böhme, Universidade de São Paulo

Professora Titular

Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo

Referências

Amaral, C. M. S., & Bastos, F. C. (2016). Pesquisa Científica e Inovação. In: Böhme , M. T. S. & Bastos, F. C. (Eds.), Esporte de alto rendimento: fatores críticos, gestão e identificação de talentos (1a, pp. 204–226). São Paulo: Phorte Editora.

Austrália. (n.d.). Australian Institute of Sport. Australian Sports Commission. Australian Governament. http://www.ausport.gov.au/ais/about

Bishop, D. (2008). An Applied Research Model for the Sport Sciences. Sports Med, 38(3), 253–263.

Bishop, D., Burnett, A., Farrow, D., Gabbett, T., & Newton, R. (2006). Sports Science Roundtable: Does Sports Science Research Influence Practice? International Journal of Sports Physiology and Performance, 1, 161–168. https://doi.org/10.1123/ijspp.1.2.161

Böhme, M. T. S., & Bastos, F. C. (2016). Esporte de alto rendimento: fatores críticos, gestão e identificação de talentos, 1a, São Paulo: Phorte Editora.

Brasil. (1993). Lei no 8.672, de 6 de julho de 1993 - Institui normas gerais sobre o desporto e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da República Federativa do Brasil.

Brasil. (2010). Balanço de Governo. Retrieved from: http://www.balancodegoverno.presidencia.gov.br. Access: 23 nov. 2019.

Brasil - Tribunal de Contas da União. (2011). Esporte de Alto Rendimento / Tribunal de Contas da União. (A. Sherman, Ed.). Brasília: TCU, Secretaria de Fiscalização e Avaliação de Programas de Governo. Retrieved from: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/comunidades/programas_governo/areas_atuacao/esportes/Relatório_Esporte Alto Rendimento_Miolo.pdf. Access: 11 fev 2015.

Corrêa, M. R. D., Corrêa, L. Q., & Rigo, L. C. (2019). A pós-graduação na educação física brasileira: condições e possibilidades das subáreas sociocultural e pedagógica. Revista Brasileira de Ciencias Do Esporte, 41(4), 359–366. https://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03.009

De Bosscher, V., Bingham, J., Shibli, S., Van Bottenburg, M., & De Knop, P. (2008). The global Sporting Arms Race. An international comparative study on sports policy factors leading to international sporting success. Aachen: Meyer & Meyer.

De Bosscher, V., De Knop, P., Van Bottenburg, M., & Shibli, S. (2006). A Conceptual Framework for Analysing Sports Policy Factors Leading to International Sporting Success. European Sport Management Quarterly, 6(2), 185–215.

De Bosscher, V., De Knop, P., van Bottenburg, M., Shibli, S., & Bingham, J. (2009). Explaining international sporting success: An international comparison of elite sport systems and policies in six countries. Sport Management Review, 12(3), 113–136. https://doi.org/10.1016/j.smr.2009.01.001

De Bosscher, V., Shibli, S., Westerbeek, H., & Van Bottenburg, M. (2015). Successful Elite Sport Policies: An internacional comparison of the Sports Policy factors Leading to Internacional Sporting Success (SPLISS 2.0) in 15 nations, 1a, Maidenhead: Meyer & Meyer Sport.

Digel, H. (2002). A comparison of competitive sport systems. New Studies in Athletics, 17(1), 37–50.

Digel, H. (2005). Comparison of successful sport systems. New Studies in Athletics, 20(2), 7–18.

Green, M., & Houlihan, B. (2006). Elite Sport Development: Policy learning and political prioritie, 2a, London and New York: Routledge Taylor & Francis Group.

Green, M., & Oakley, B. (2001). Elite sport development systems and playing to win: uniformity and diversity in international approaches. Leisure Studies, 20(4), 247–267. https://doi.org/10.1080/02614360110103598

Houlihan, B., & Green, M. (2008). Comparative Elite Sport Development: Systems, Structures and public policy, 1a, Burlington: Elsevier.

Mazzei, L. C., Meira, T. B., Bastos, F. C., Bohme, M. T. S., & De Bosscher, V. (2015). High performance sport in Brazil Structure and policies comparison with the international context. Gestión y Política Pública, Volumen Te, 83–111.

Meira, T. B., Bastos, F. C., & Böhme, M. T. S. (2012). Análise da estrutura organizacional do esporte de rendimento no Brasil: um estudo preliminar. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 26(2), 251–262.

Octaviano, C. (2010). Especialista critica baixo investimento em pesquisas esportivas no país. Retrieved from: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=9&reportagem=666. Access: 15 mar 2016.

Pitts, B. G., Li, M., & Kim, A. (2018). Research Methods in Sport Management (2nd ed.). FIT Publishing.

Porto, F., & Gurgel, J. L. (2015). Otimização Operacional dos Laboratórios de Pesquisa em Ciências do Esporte Pós Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. In: Deslandes, A., DaCosta, L. P. & Miragaya, A. (Eds.), O Futuro dos Megaeventos Esportivos 1a Edição, p. 496, Rio de Janeiro: FAPERJ.

Queirós, P., & Graça, A. (2013). Análise de Conteúdo (enquanto técnica da informação no âmbito da investigação qualitativa). In: Mesquisa, I. & Graça, A. (Eds.), Investigação Qualitativa em Desporto - Vl. II, 1a Ed, Porto: Gráfica Maiadouro.

Röger, U., Rütten, A., Ziemainz, H., & Hill, R. (2010). Quality of talent development systems: results from an international study. European Journal for Sport and Society, 7(1), 7–19.

Tani, G. (1996). Vivências práticas no curso de graduação em educação física: necessidade, luxo ou perda de tempo? Caderno Documentos, (2), 1–22.

Terra, B., Batista, L. A., Almeida, M., & Campos, S. R. C. (2011). A oportunidade de inovação no esporte é nossa! Polêm!Ca, 10(1), 74–90.

Truyens, J., De Bosscher, V., Heyndels, B., & Westerbeek, H. (2014). A resource-based perspective on countries’ competitive advantage in elite athletics. International Journal of Sport Policy and Politics, 6(3), 459–489. https://doi.org/10.1080/19406940.2013.839954

Viveiros, L., Moreira, A., Bishop, D., & Aoki, M. S. (2015). Ciência do Esporte no Brasil: reflexões sobre o desenvolvimento das pesquisas, o cenário atual e as perspectivas futuras. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 29(1), 163–175.

Zysko, J. (2008). Poland. In: Houlihan, B. & Green, M. (Eds.), Comparative Elite Sport Development: systems, structures and public policy 1a , pp. 166–193, Burlington: Elsevier.

Publicado

2021-04-28

Como Citar

Amaral, C. M. dos S., Bastos, F. da C., & Böhme, M. T. S. (2021). Disseminação da pesquisa científica no esporte de alto rendimento no Brasil – análise do período Pré-olímpico Rio 2016. PODIUM Sport, Leisure and Tourism Review, 10(2), 1–23. https://doi.org/10.5585/podium.v10i2.16886

Edição

Secção

Artigos