Custos da qualidade: um estudo no serviço de nutrição e dietética de um hospital em processo de acreditação
DOI:
https://doi.org/10.5585/rgss.v9i2.13384Palavras-chave:
Custos da qualidade, Acreditação, Serviço de nutrição e dietética.Resumo
O estudo tem como objetivo identificar os custos da qualidade existentes no Serviço de Nutrição e Dietética (SND), visto que os hospitais são organizações complexas que estão inseridas em um contexto de custos elevados e recursos escassos, demandando, assim, qualidade em seus serviços e processos. Neste aspecto, fica evidente a necessidade da gestão de custos, buscando a eficiência, sem comprometer a qualidade dos serviços prestados, tendo em vista que a qualidade é um elemento fundamental para a sobrevivência e competitividade das organizações. Para tanto, os custos da qualidade objetivam auxiliar na estratégia e gerenciamento organizacional, podendo ser classificados em custos de prevenção, avaliação, falhas internas e falhas externas. O estudo se configura como uma pesquisa de natureza qualitativa, de caráter descritivo, com recorte transversal, e cuja estratégia utilizada foi o estudo de caso. Quanto à coleta de dados, utilizou-se a observação in loco, bem como entrevistas com as nutricionistas, copeiras e gerente financeiro, com o intuito de identificar os custos da qualidade existentes na instituição. Os principais resultados evidenciaram que o SND apresenta custos de prevenção (treinamentos aos funcionários e padronização); custos de avaliação (questionários acerca da qualidade das refeições) e custos de falhas internas (desperdícios e manutenção corretiva), contudo, não há, até o momento da realização desta pesquisa, um tratamento específico com relação aos custos da qualidade no hospital, tampouco os mesmos são evidenciados separadamente nas demonstrações contábeis e relatórios gerenciais da organização.
Downloads
Referências
Alonso, L. B. N., Droval, C., Ferneda, E., & Emidio, L. (2013). Acreditação hospitalar e a gestão da qualidade dos processos assistenciais. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, 4(2).
American Society for Quality (ASQ). (2013). Principles of quality costs: financial measures for strategic implementation of quality management. Wisconsin: Milnaubec.
Barreto, M. G. P. (2008). Controladoria na gestão: a relevância dos custos da qualidade. São Paulo: Saraiva.
Beulke, R., & Bertó, D. J. (2011). Gestão de custos. Saraiva.
Borba, V. R. (2006). Do planejamento ao controle de gestão hospitalar: instrumento para o desenvolvimento empresarial e técnico. Rio de Janeiro: Qualitymark.
Capettini, R., Chow, C. W., & Mcnamee, A. H. (1998). On the need and opportunities for improving costing and cost management in healthcare organizations. Managerial Finance, 24(1), 46-59.
Carpintéro, J. N. C. (1999). Custos na área de saúde-considerações teóricas. Anais do Congresso Brasileiro de Custos, São Paulo, SP, Brasil, 6.
Ching, H. Y. (2001). Manual de custos de instituições de saúde. São Paulo: Atlas, 2001.
Colauto, R. D., & Beuren, I. M. (2003). Proposta para avaliação da gestão do conhecimento em entidade filantrópica: o caso de uma organização hospitalar. Revista de Administração Contemporânea, 7(4), 163-185.
Cooper, D. R., & Schindler, P. S. (2003). Métodos de pesquisa em administração. 7. Edição. McGraw Hill Brasil.
Crosby, P. B. (1994). Qualidade é investimento: a arte de garantir a qualidade. Tradução: Áurea Weissenberg. Rio de Janeiro: José Olympio.
Dallora, M. E. L. V., & Forster, A. C. A. (2008). importância da gestão de custos em hospitais de ensino-considerações teóricas. Medicina (Ribeirão Preto. Online), 41(2), 135-142.
Falk, J. A. (2001). Gestão de custos para hospitais: conceitos, metodologias e aplicações.
Feingenbaum, A. V. (1994). Controle da qualidade total. Makron Books.
La Forgia, G. M., & Couttolenc, B. F. (2009). Desempenho hospitalar no Brasil. São Paulo: Singular.
Garvin, D. A. (2002). Gerenciando a qualidade: a visão estratégica e competitiva. Rio de Janeiro: Qualitymark.
Gil, A. C. (2010). Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas.
Gurgel Júnior, G. D., & Vieira, M. M. F. (2002). Qualidade total e administração hospitalar: explorando disjunções conceituais. Ciência & Saúde Coletiva, 7, 325-334.
Hansen, D. R., & Mowen, M. M. (2010). Gestão de custos: contabilidade e controle. Tradução: Robert Brian Taylor. São Paulo: Cengage Learning.
Juran, J. M. (2015). A qualidade desde o projeto: novos passos para o planejamento da qualidade em produtos e serviços. São Paulo: Cengage Learning Editores.
Juran, J. M., & Gryna, F. M. (1991). Controle da qualidade handbook: conceitos, políticas e filosofia da qualidade. São Paulo: Makron Books.
Maher, M. (2001). Contabilidade de custos: criando valor para a administração. São Paulo: Atlas.
Martins, G. A., & Theóphilo, C. R. (2007). Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. São Paulo: Atlas.
Melo, M. M. D., Souza, F. J. V., & Araújo, A. O. (2012). Custos da qualidade: um estudo em um restaurante de grande porte da cidade de Natal-RN. Anais do Congresso Brasileiro de Custos, Bento Gonçalves, RS, Brasil, 29.
Mezomo, J. C. (2001). Gestão da qualidade na saúde: princípios básicos. São Paulo: Manole.
Miguel, P. A. C. (2001). Técnicas associadas à qualidade. Qualidade: enfoques e ferramentas. São Paulo: Artliber.
Miguel, P. A. C., & Rotondaro, G. R. (2012). Abordagem econômica da qualidade. In: Carvalho, M. M.; Paladini, E. P. (Coord.). Gestão da qualidade: teoria e casos. Rio de Janeiro: Elsevier.
Muccini, R. L. Z., Macallister, M., Bruni, A. L., & Carvalho Junior, C. V. O. (2006). Informações e sistemas de gestão de custos em organizações hospitalares: o caso do Hospital Santo Amaro. Anais do Congresso Brasileiro de Custos, Belo Horizonte, MG, Brasil, 8.
Organização Nacional de Acreditação (ONA). (2010). Manual brasileiro de acreditação: manual das organizações prestadoras de serviços hospitalares. Brasília: ONA.
Organização Nacional de Acreditação (ONA). O que é Acreditação? 2017. Recuperado em 20 julho, 2017, de https://www.ona.org.br/Pagina/27/O-que-e-Acreditacao
Paim, J., Travassos, C., Almeida, C., Bahia, L., & Macinko, J. (2017). O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios. Lancet, p. 11-31, 2011. Recuperado em 20 julho, 2017, de http://download.thelancet.com/flatcontentassets/pdfs/brazil/brazilpor1.pdf
Robles Júnior, A. (2003). Custos da qualidade: aspectos econômicos da gestão da qualidade e da gestão ambiental. São Paulo: Atlas.
Sakurai, M. (1997). Gerenciamento integrado de custos. São Paulo: Atlas.
Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, M. P. B. (2013). Metodologia de pesquisa. 5. ed. Porto Alegre: Penso.
Shank, J. K., & Govindarajan, V. (1997). A Revolução dos custos. 6. Ed. Rio de Janeiro: Campus.
Silva, P. H. (2017). Fatores institucionais externos que influenciam as respostas organizacionais estratégicas na gestão dos custos da qualidade em hospitais acreditados. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) - Universidade Estadual de Maringá, Maringá.
Souza, M. A., & Collaziol, E. (2006). Planejamento e controle dos custos da qualidade: uma investigação da prática empresarial. Revista Contabilidade & Finanças, São Paulo, 17(41), 38-55.
Tognon, I. V. (1999). Uma contribuição ao estudo dos custos hospitalares com o uso do custeio baseado em atividades: um estudo de caso do setor de pediatria do Hospital de Caridade de Carazinho. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista de Gestão em Sistemas de Saúde – RGSS
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição - Não comercial - Compartilhar igual 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html
