Redução de emissões de carbono por desmatamento evitado na Amazônia brasileira: uma abordagem baseada no cenário Business-as-Usual (BAU)
DOI:
https://doi.org/10.5585/geas.v11i1.19817Palavras-chave:
Emissões reduzidas, Desmatamento evitado, Business-as-Usual, Mudança de uso da Terra.Resumo
Objetivo: O Brasil, historicamente tem como principal fonte de emissão de GEE aquelas decorrentes de mudanças no uso da terra, fortemente correlacionado com o desmatamento na Amazônia, que pode comprometer as Emissões Reduzidas (ER) estabelecidas na Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida apresentada no chamado Acordo de Paris. Este estudo teve por objetivo analisar o cenário Business-as-Usual (cenário BAU) por meio da projeção de emissões de CO2 reduzidas por desmatamento evitado originário de Mudanças de Uso da Terra da Amazônia Brasileira.
Metodologia: são realizadas estimativas de valores de ER referentes à linha de base histórica do desmatamento do período de 2006 a 2020, além da projeção do cenário BAU baseado no modelo de regressão linear dos dados das ER de 2021 a 2030.
Relevância: estudos de cenários para o desmatamento são fundamentais e este, em especial, consistiu em responder como se configurariam as emissões por desmatamento se nada se alterasse no futuro em relação ao cenário habitual ou cenário BAU.
Resultados: em um cenário pessimista com altas taxas de desmatamento, as estimativas do Cenário BAU, seriam: – 121,85 e – 271,31 MtCO2 em 2025 e 2030, respectivamente. Ademais, as metas de ER para os anos: 2020 (154,7 MtCO2); 2025 (719 MtCO2) e 2030 (887 MtCO2) estariam superestimadas, contrariando os objetivos de mitigação de emissões.
Conclusão: a principal conclusão do estudo é que em um contexto de retorno das altas taxas de desmatamento na Amazônia, o Brasil ainda tem um grande desafio para alcançar os níveis desejados de emissões de GEE.
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