Capacidades tecnológicas de startups cleantech e políticas fiscais verdes

uma análise da promoção de P&D de ecoinovações em energias renováveis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/iptec.v12i1.25169

Palavras-chave:

Capacidades tecnológicas, Cleantechs, Ecoinovação, Energia renovável, Políticas fiscais verdes

Resumo

Alinhado à necessidade de neutralização das emissões de CO2, emerge um novo paradigma tecnológico, das ecoinovações. Ao adicionar a preocupação ambiental aos modelos ágeis e enxutos, emergem as startups cleanth. Modelos de negócio que são relevantes na comunidade científica, seja para criação de panoramas, acompanhamento de tendências, rompimento de paradigmas ou desenvolvimento de novas ideias. Diante do exposto, este estudo visa responder a seguinte questão de pesquisa: “Como capacidades tecnológicas de startups cleanth e políticas fiscais verdes promovem a P&D de ecoinovações em energias renováveis?”. Para tanto, utilizou como método o estudo de caso múltiplo. Os resultados demonstraram que quanto mais estruturada as capacidades tecnológicas de uma empresa, maior é a sua força motora para o desenvolvimento de ecoinovações. Neste estudo foi possível observar que a políticas fiscais verdes não possuem amplitude suficiente para alcançarem startups cleanth em estado inicial do desenvolvimento do produto, entretanto existem programas de incubação e aceleração dispostos por universidades públicas que podem auxiliar esses modelos de negócio. Assim, conclui-se que parte desse processo de criação de uma ecoinovação ocorre em virtude do pensamento inovador, que está atrelado tanto aos conhecimentos tácitos, quanto aos espaços criativos. Conclui-se também que, faz-se necessário a otimização, adaptação e remodelagem das ecoinovações, para isso a P&D, as políticas fiscais verdes e a troca de conhecimentos apresentam uma relação benéfica e essencial para a sobrevivência da empresa.

CROSSMARK_Color_horizontal.svg

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

André Takeci Iamamoto , Universidade Positivo – UP

Bacharel em administração pela Universidade Positivo. Possui experiência na área de vendas e finanças. Pesquisa temas como startups greentechs, P&D e energias renováveis.

Franciany Cristiny Venâncio Dugonski, Universidade Positivo – UP

Mestre em Administração pela Universidade Positivo (2020). Possui experiência na área de qualidade, gestão, alocação docente e comércio exterior. Tem interesse de pesquisa em Inovação e Sustentabilidade, em temáticas como Ecoinovação, Ecodesign, Empreendedorismo Sustentável e o Comportamento Pró-Ambiental dos Consumidores.

Cleonir Tumelero, Universidade de São Paulo – USP

Doutor em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) (2018). Estágio Doutoral no Centre for Industrial Sustainability (CIS) da Universidade de Cambridge (2016). Mestre em Administração pela FEA-USP (2012). MBA em Gestão Empresarial pela Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (EBAPE-FGV) (2007). Graduado em Administração com habilitação em Comércio Exterior (2005). Revisor de periódicos científicos nacionais e internacionais. Consultor organizacional em gestão da ecoinovação e startups. Atua em temas da inovação e da sustentabilidade, como ecoinovação tecnológica, startups greentechs, cooperação em P&D verde, empreendedorismo sustentável e design inspirado na natureza-biomimética.

Referências

Ahmadi, H., & O’Cass, A. (2018). Transforming entrepreneurial posture into a superior first product market position via dynamic capabilities and TMT prior start-up experience. Industrial Marketing Management, 68, 95-105. https://doi.org/10.1016/j.indmarman.2017.10.008

Alexoaei, A. P., & Robu, R. G. (2020). Eco-inclusive entrepreneurship: Addressing climate change through technological innovation. The case of cleantech industry. RePEc: Research Papers in Economics. https://doi.org/10.20472/efc.2020.014.002

Arundel, A., & Kemp, R. (2009). Measuring Eco-Innovation, MERIT Working Papers Series - United Nations University (UNU). Recuperado de https://www.merit.unu.edu/publications/working-papers/?year_id=2009

Bardin, L. (1977). L’Analyse de contenu. França: Presses Universitaires de France.

Bell, M., & Pavitt, K. (1993). Technological accumulation and industrial growth: Contrasts between. Industrial and Corporate Change, 2(2), pp. 157-210. https://doi.org/10.1093/icc/2.2.157

Dorf, B., & Blank, S. (2018). Startup - Manual do Empreendedor: O guia passo a passo para construir uma grande empresa. Alta Books Editora.

Bjornali, E. S., & Ellingsen, A. (2014). Factors affecting the development of clean-tech start-ups: A literature review. Energy Procedia, 58, 43-50. https://doi.org/10.1016/j.egypro.2014.10.407

Boly, V., Morel, L., & Camargo, M. (2014). Evaluating innovative processes in french firms: Methodological proposition for firm innovation capacity evaluation. Research Policy, 43(3), pp. 608-622. https://doi.org/10.1016/j.respol.2013.09.005

Bürer, M. J., & Wüstenhagen, R. (2009). Which renewable energy policy is a venture capitalist’s best friend? Empirical evidence from a survey of international cleantech investors. Energy policy, 37(12), pp. 4997-5006. https://doi.org/10.1016/j.enpol.2009.06.071

Cai, W., & Li, G. (2018). The drivers of eco-innovation and its impact on performance: Evidence from China. Journal of Cleaner Production, 176, pp. 110-118. https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2017.12.109

Carrillo-Hermosilla, J., Del Río, P., & Könnölä, T. (2010). Diversity of eco-innovations: Reflections from selected case studies. Journal of Cleaner Production, 18(10-11), pp. 1073-1083. https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2010.02.014

Davcik, N. S., Cardinali, S., Sharma, P., & Cedrola, E. (2021). Exploring the role of international R&D activities in the impact of technological and marketing capabilities on SMEs’ performance. Journal of Business Research, 128, pp. 650-660. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2020.04.042

Pacheco, D. A. de J., Ten Caten, C.S., Jung, C. F., Ribeiro, J. L. D., Navas, H. V. G., & Cruz-Machado, V. A. (2017). Eco-innovation determinants in manufacturing SMEs: Systematic review and research directions. Journal of Cleaner Production, 142, pp. 2277-2287. https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2016.11.049

Delgado, R., Eguino, H., & Lopes, A. (2021). Política fiscal y cambio climático: experiencias recientes de los ministerios de finanzas de América Latina y el Caribe. Recuperado de: https://publications.iadb.org/es/politica-fiscal-y-cambio-climatico-experiencias-recientes-de-los-ministerios-de-finanzas-de-america

Eco-Innovation Observatory - EIO. (2013). Europe in transition: Paving the way to a green economy through eco-innovation. Eco-Innovation Observatory. Funded by the European Commission, DG Environment, Brussels.

Fernando, Y., & Wah, W. X. (2017). The impact of eco-innovation drivers on environmental performance: Empirical results from the green technology sector in Malaysia. Sustainable Production and Consumption, 12, pp. 27-43. https://doi.org/10.1016/j.spc.2017.05.002

Flick, U. (2012). Introdução à metodologia de pesquisa: um guia para iniciantes. Porto Alegre: Editora Penso.

Fussler, C., & James, P. (1996). Driving eco-innovation: a breakthrough discipline for innovation and sustainability. New Jersey: Financial Times/Prentice Hall.

Gaddy, B. E., Sivaram, V., Jones, T. B., & Wayman, L. (2017). Venture capital and cleantech: The wrong model for energy innovation. Energy Policy, 102, pp. 385-395. https://doi.org/10.2139/ssrn.2788919

Gramkow, C., & Anger-Kraavi, A. (2019). Developing green: a case for the Brazilian manufacturing industry. Sustainability, 11(23), 6783. https://doi.org/10.3390/su11236783

Helfat, C. E. (2007). Stylized facts, empirical research and theory development in management. Strategic Organization, 5(2), pp. 185-192. https://doi.org/10.1177/147612700707755

Heredia, J., Castillo-Vergara, M., Geldes, C., Gamarra, F.M.C., Flores, A. and Heredia, W. (2022). How do digital capabilities affect firm performance? The mediating role of technological capabilities in the “new normal”. Journal of Innovation & Knowledge, 7(2). https://doi.org/10.1016/j.jik.2022.100171

Huang, S. Z., Lu, J. Y., Chau, K. Y., & Zeng, H. L. (2020). Influence of ambidextrous learning on eco-innovation performance of startups: Moderating effect of top management’s environmental awareness. Frontiers in Psychology, 11, 1976. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2020.01976

IRENA. (2017). Renewable Energy Statistics 2017. The International Renewable Energy Agency, Abu Dhabi.

Karabag, S. F. (2019). Factors impacting firm failure and technological development: A study of three emerging-economy firms. Journal of Business Research, 98, pp. 462-474. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2018.03.008

Kemp, R., & Pearson, P. (2007). Final report MEI project about measuring eco-innovation. UM Merit, Maastricht, 10(2), pp. 1-120.

Kiefer, C. P., Carrillo-Hermosilla, J., Del Río, P., & Barroso, F. J. C. (2017). Diversity of eco-innovations: A quantitative approach. Journal of Cleaner Production, 166, pp. 1494-1506. https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2017.07.241

Kivimaa, P., & Kern, F. (2016). Creative destruction or mere niche support? Innovation policy mixes for sustainability transitions. SSRN Electronic Journal, 45(1), pp. 205-217. https://doi.org/10.2139/ssrn.2743173

Koeller, P., Miranda, P., Lustosa, M. C. J., & Podcameni, M. G. (2020). Ecoinovação: revisitando o conceito. Recuperado de: https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/9960/1/td_2556.pdf

Kotilainen, K., Saari, U. A., Valta, J., Mäkinen, S. J., & Kufeouglu, S. (2019). Business model readiness of start-up driven energy innovations–an empirical review. International Conference on the European Energy Market (EEM), 16. doi: 10.1109/EEM.2019.8916541

Kovaleski, F., & Piconin, C. T. (2020). Gestão de recursos humanos: comparação das competências hard skills e soft skills listadas na literatura, com a percepção das empresas e especialistas da indústria 4.0. Manaus: AYA Editora.

Leal, C. I. S., & Figueiredo, P. N. (2021). Inovação tecnológica no Brasil: desafios e insumos para políticas públicas. Revista de Administração Pública, 55, pp. 512-537. https://doi.org/10.1590/0034-761220200583

Leitão, J., Pereira, D., & Brito, S. D. (2020). Inbound and outbound practices of open innovation and eco-innovation: Contrasting bioeconomy and non-bioeconomy firms. Journal of Open Innovation: Technology, Market, and Complexity, 6(4), p. 145. https://doi.org/10.3390/joitmc6040145

Linnenluecke, M. K., Han, J., Pan, Z., & Smith, T. (2019). How markets will drive the transition to a low carbon economy. Economic Modelling, 77, pp. 42-54. https://doi.org/10.1016/j.econmod.2018.07.010

Lourdes, C. S., & Figueiredo, P. N. (2009). Mensuração de capacidades tecnológicas inovadoras em empresas de economias emergentes: méritos limitações e complementaridades de abordagens existentes. Revista Produção Online, 9(1). https://doi.org/10.14488/1676-1901.v9i1.213

Mäkitie, T., Andersen, A. D., Hanson, J., Normann, H. E., & Thune, T. M. (2018). Established sectors expediting clean technology industries? The Norwegian oil and gas sector’s influence on offshore wind power. Journal of Cleaner Production, 177, pp. 813-823. https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2017.12.209

Marra, A., Antonelli, P., Dell’Anna, L., & Pozzi, C. (2015). A network analysis using metadata to investigate innovation in clean-tech–Implications for energy policy. Energy Policy, 86, pp. 17-26. https://doi.org/10.1016/j.enpol.2015.06.025

Marra, A., Antonelli, P., & Pozzi, C. (2017). Emerging green-tech specializations and clusters–A network analysis on technological innovation at the metropolitan level. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 67, pp. 1037-1046. https://doi.org/10.1016/j.rser.2016.09.086

Muraki, S. (2018). Development of technologies to utilize green ammonia in energy market. In 2018 NH3 Fuel Conference.

Nepelski, D., & De Prato, G. (2020). Technological complexity and economic development. Review of Development Economics, 24(2), 448-470. https://doi.org/10.1111/rode.12650

Organisation for Economic Cooperation and Development – OECD. (2000). OECD Annual Report 2000, OECD Publishing, Paris.

Organisation for Economic Cooperation and Development – OECD. (2009). Sustainable manufacturing and eco-innovation: towards a green economy. Policy Brief-OECD Observer.

Peralta, A., Carrillo-Hermosilla, J., & Crecente, F. (2018). Alternatives for the eco-innovation of business models: A conceptual reference to valueholders. Serie Documentos de Trabajo, (2). https://tinyurl.com/325336053

Pernick, R., & Wilder, C. (2007). The clean tech revolution: The next big growth and investment opportunity. New York: Harper Collins.

Piatto, E.B. (2009). Open capabilities: a formação de competências para a gestão da inovação aberta: o caso Natura. [Dissertação de Mestrado, Centro Universitário FEI]. Repositório do Conhecimento Institucional do Centro Universitário FEI. https://repositorio.fei.edu.br/handle/FEI/259

Reichert, F. M.; Zawislak, P. A.; Pufal, N. (2012). Os 4PS da Capacidade Tecnológica – uma Análise de Indicadores de Medição. Em: XXVII Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica.

Ries, E. (2012). A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Leya.

Salerno, M., Lambkin, A., & Minola, T. (2009). Key Success Factors in supporting Clean Tech start-ups: A General Framework and an Italian experience. Clean Technology, 2009, 385-8. https://tinyurl.com/Cleantech10329

Sampieri, R. H, Collado, C. F., & Lucio, P. B. (2006). Metodologia de pesquisa. (3a ed.). São Paulo: Mcgraw-Hill.

Saura, J. R., Palos-Sanchez, P., & Grilo, A. (2019). Detecting indicators for startup business success: Sentiment analysis using text data mining. Sustainability, 11(3), p. 917. https://doi.org/10.3390/su11030917

Shakeel, S. R. (2021). Cleantech: prospects and challenges. Journal of Innovation Management, 9(2), VIII-XVII. https://doi.org/10.24840/2183-0606_009.002_0002

Townsend, J. H., & Coroama, V. C. (2018). Digital acceleration of sustainability transition: The paradox of push impacts. Sustainability, 10(8), 2816. https://doi.org/10.3390/su10082816

Tumelero, C., Sbragia, R., & Evans, S. (2019). Cooperation in R & D and eco-innovations: The role in companies’ socioeconomic performance. Journal of Cleaner Production, 207, pp. 1138-1149.

Urbaniec, M., Tomala, J., & Martinez, S. (2021). Measurements and Trends in Technological Eco-Innovation: Evidence from Environment-Related Patents. Resources, 10(7), p. 68. https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2018.09.146

Yin, R. K. (2001). Estudo de Caso: Planejamento e métodos (2a. ed). Porto Alegre: Bookman.

Yin, R. K. (2018). Case study research and applications (Vol. 6). Thousand Oaks, CA: Sage.

Downloads

Publicado

2024-05-29

Como Citar

Iamamoto , A. T., Venâncio Dugonski, F. C., & Tumelero, C. (2024). Capacidades tecnológicas de startups cleantech e políticas fiscais verdes: uma análise da promoção de P&D de ecoinovações em energias renováveis. Revista Inovação, Projetos E Tecnologias, 12(1), e25169. https://doi.org/10.5585/iptec.v12i1.25169

Edição

Seção

Relatos técnicos