Hegel Pessoa, propriedade e contrato: estrutura conceitual jurídica da vontade moderna

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/prismaj.v19n2.17536

Palavras-chave:

Propriedade, Contrato, Estado e sociedade burguesa

Resumo

Na teoria do Direito Abstrato, Hegel apresenta os conceitos estruturais do direito civil e penal. Os conceitos fundamentais do direito civil abstrato são a pessoa, a propriedade e o contrato. O artigo defende a tese de que o Estado, ao reconhecer esses conceitos normativos estruturais como lei estabelecida, põe em ação a sociedade burguesa. Em primeiro lugar, trata-se da discussão dos conceitos de pessoa e propriedade; depois, a relação entre os dois conceitos; e, por fim, é considerado o fundamento da doutrina hegeliana do contrato e suas peculiaridades. Os conceitos jurídicos de direito civil acima mencionados são reconstruídos como momentos estruturais da vontade livre na sociedade burguesa. A metodologia utilizada é a análise de texto no contexto de debates teóricos críticos para a atualização temática contemporânea.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Agemir Bavaresco, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS)

Doutor em Filosofia pela Universidade Paris I (Pantheon-Sorbonne, 1997). Pesquisa e intercâmbio interinstitucional nestas universidades: University of Pittsburgh (2012); University of Sydney (2013); Pesquisa e solidariedade na University of Guyana (2014); Kingston University/London (2017) no Center for Research in Mondern European Philosopy. Pesquisa interdisciplinar e desenvolvimento de rede de relações internacionais e interinstitucionais na Hebrew University of Jerusalem no Center for German Studies e Departamento de Filosofia (2018). Cooperação e Intercâmbio Internacional China (2019) (Peking University e Beijing Foreign Studies University) e Índia (2019) (Goa University). Cooperação e Intercâmbio Internacional África do Sul (University of Johannesburg, 2020). Possui ainda mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1993), graduação em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2010) e Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pelotas (2007). Atualmente é professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Pesquisa a partir de um viés interdisciplinar nas áreas de Filosofia Moderna, Filosofia Social e Filosofia Política Brasileira. Dedica-se a atualização do tema Contradições da Democracia e Opinião Pública

Christian Iber, Freie Universität Berlin (FUB/Alemanha).

Possui doutorado em Filosofia - Instituto de Filosofia da Livre Universidade de Berlim (1986). Atualmente é Professor Doutor do Instituto de Filosofia da Universidade Livre de Berlin, Alemanha.

Referências

EICHENSEER, Georg. Die Auseinandersetzung mit dem Privateigentum im Werk des jungen Hegel. Privateigentum als gesellschaftliches Herrschaftsverhältnis in der politischen Philosophie des jungen Hegel in den Jahren 1793-1805. Gießen: Focus, 1989.

FICHTE, Johann Gottlieb. Beiträge zur Berichtigung der Urtheile des Publicums über die französische Revolution (1793). In: Fichtes Werke Bd. VI. Immanuel Hermann Fichte (Org.). Berlin: De Gruyter, 1971.

HARTUNG, Gerald. Vertrag II. In: Karlfried Gründer, Gottfried Gabriel (Orgs.). Historisches Wörterbuch der Philosophie Bd. 14. Basel: Schwabe, 2001, pp. 965-975.

HEGEL, G.W.F. Ciência da Lógica. 1. A Doutrina do Ser. Equipe de tradução: Tradutores: Christian G. Iber, Marloren L. Miranda e Federico Orsini. Coordenador: Agemir Bavaresco. Colaboradores: Michela Bordignon, Tomás Facic Menk, Danilo Costa e Karl-Heinz Efken. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2016.

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Grundlinien der Philosophie des Rechts oder Naturrecht und Staatswissenschaft im Grundrisse. In: Theorie-Werkausgabe in 20 Bänden. E. Moldenhauer, K. M. Michel (Orgs.). Bd. 7. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1969-1971.

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Linhas Fundamentais da Filosofia do Direito ou Direito Natural e Ciência do Estado em Compêndio. Tradução, notas, glossário e bibliografia de Paulo Meneses, Agemir Bavaresco, Alfredo Moraes, Danilo Vaz, Curado R.M. Costa, Greice Ane Barbieri e Paulo Roberto Konzen, São Paulo: Loyola; São Leonardo: Unisinos, 2010.

HÖSLE, Vittorio. Hegels System. Der Idealismus der Subjektivität und das Problem der Intersubjektivität. Bd. 2.: Philosophie der Natur und des Geistes. Hamburg: Meiner, 1988.

HÖSLE, Vittorio. Moral und Politik. Grundlagen einer Politischen Ethik für das 21. Jahrhundert. München: C. H. Beck, 1997.

HÜNING, Dieter. Die “Härte des abstracten Rechts“. In: Societas rationis. Festschrift für Burkhard Tuschling zum 65. Geburtstag. Dieter Hüning, Gideon Stiening, Ulrich Vogel (Orgs.). Berlin: Duncker&Humbolt Verlag, 2002, pp. 255-262.

ILTING, Karl Heinz. Rechtsphilosophie als Phänomenologie der Freiheit. In: Hegels Philosophie des Rechts. Die Theorie der Rechtsformen. Dieter Henrich, Rolf Peter Horstmann (Orgs.). Stuttgart: Klett-Cotta, 1982, pp. 225-254.

KANT, Immanuel. Metaphysik der Sitten. In: Werke in zwölf Bänden. Wilhelm Weischedel (Org.). Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1968. Bd. VIII.

QUANTE, Michael. ‚Die Persönlichkeit des Willens‘ als Prinzip des abstrakten Rechts. Eine Analyse der begriffslogischen Struktur der §§ 34-40 von Hegels Grundlinien der Philosophie des Rechts. In: G.W.F. Hegel. Grundlinien der Philosophie des Rechts. Ludwig Siep (Org.). (Reihe: Klassiker Auslegen. Otfried Höffe (Org.). Bd. 9). Berlin: Akademie-Verlag, 1997, pp. 73-94.

REINBACH, Adolf. Die apriorischen Grundlagen des bürgerlichen Rechts. In: Jahrbuch für Philosophie und phänomenologische Forschung 1. Halle a. d. S., 1913, pp. 685-847.

SAVIGNY VON, Carl Friedrich. Das Obligationsrecht als Theil des heutigen Römischen Rechts. Bd. 2. Berlin: Veit, 1853.

SCHAEFER, Márcio Egídio. Bürgerliche Gesellschaft und Staat. Zur Rekonstruktion von Marx‘ Theorie und Kritik des Staates. Würzburg: Königshausen & Neumann, 2018.

SCHICK, Friederike. Der Begriff der Person in Hegels Rechtsphilosophie. Überlegungen zu den §§ 34-41 der „Grundlinien der Philosophie des Rechts“. In: Recht ohne Gerechtigkeit? Hegel und die Grundlagen des Rechtsstaates. Mirko Wischke, Andrzey Przylebski (Orgs.). Würzburg: Köngshauen & Neumann, 2010, pp. 65-81.

SCHILDBACH, Ina. Armut als Unrecht. Zur Aktualität von Hegels Perspektive auf Selbstverwirklichung, Armut und Sozialstaat. Bielefeld: Transcritp Verlag, 2018.

SEELMANN, Kurt. Selbstwiderspruch als Grund für Rechtszwang, Fremdbestimmung von Lebenssinn? In: Anfang und Grenzen des Sinns. Brigitte Hilmer, Georg Lohmann, Tilo Wesche (Orgs.). Weilerswist: Velbrück Wissenschaft, 2006, pp. 250-263.

THEUNISSEN, Michael. Die verdrängte Intersubjektivität in Hegels Philosophie des Rechts. In: Hegels Philosophie des Rechts. Die Theorie der Rechtsformen. Dieter Henrich, Rolf-Peter Horstmann (Orgs.). Stuttgart: Klett-Cotta, 1982, pp. 317-381.

Downloads

Publicado

10.12.2020

Como Citar

BAVARESCO, Agemir; IBER, Christian. Hegel Pessoa, propriedade e contrato: estrutura conceitual jurídica da vontade moderna. Prisma Juridico, [S. l.], v. 19, n. 2, p. 225–244, 2020. DOI: 10.5585/prismaj.v19n2.17536. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/prisma/article/view/17536. Acesso em: 22 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos