Governança Cooperativa e o Dilema de Legitimidade: Um Estudo de Caso em uma Cooperativa de Crédito
DOI:
https://doi.org/10.5585/ijsm.v17i3.2602Palavras-chave:
Governança. Cooperativismo de Crédito. Participação. Institucionalismo. Isomorfismo.Resumo
Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar se as práticas de governança implantadas pelas cooperativas de crédito segundo as diretrizes do Banco Central do Brasil contribuem para o aumento da participação dos cooperados e para a ampliação da legitimidade das decisões.
Método: Nesta pesquisa foi desenvolvido um estudo de caso com a coleta de dados sendo operacionalizada por meio de entrevistas, observações não participantes e análise documental em uma cooperativa de crédito de livre admissão.
Originalidade/Relevância: Foi detectada a necessidade de avanço na literatura acadêmica nas questões de governança, além de ter sido verificada a carência de pesquisas que analisem os mecanismos institucionais das cooperativas que reforçam a legitimidade das mesmas, como a participação dos cooperados nos processos decisórios.
Resultados: Os programas sociais implantados visam ampliar a representatividade dos associados na cooperativa e o novo processo assemblear promoveu uma mudança significativa na participação dos associados, resultando no aumento do número de votantes nas assembleias, fortalecendo o envolvimento destes e aumentando a legitimidade da cooperativa perante os associados e a instituição regulatória.
Contribuições teóricas: A contribuição teórica deste estudo está relacionada ao avanço das questões de governança cooperativa. Percebeu-se que a procura pelo aumento de participação dos associados tem ligação com a busca por legitimidade, tanto frente ao mercado, quando aos associados e ao BACEN, sendo que o ultimo induz o isomorfismo normativo por meio das boas práticas de governança.
Contribuições para a gestão: A principal contribuição gerencial deste estudo é proporcionar às cooperativas de crédito a conscientização do fato de que a governança influencia diretamente a participação dos associados, o que, por sua vez, afeta a questão da legitimidade das mesmas perante o ambiente institucional e social.