Brasil: a inserção internacional, a ética da nova face da elite e a consolidação dos meios de dominação
DOI:
https://doi.org/10.5585/ijsm.v5i1.101Palavras-chave:
Elites. Ética. Inserção internacional. Sociedade do controle.Resumo
Este texto busca demonstrar que a recente inserção brasileira, no contexto internacional, estabelece ações de políticas da classe dominante que conduziram o país a um período de equilíbrio instável. Essa inserção, nos moldes propostos, demanda a constituição de uma “sociedade do controle”, na qual a força da unanimidade capture as formas de convívio coletivo e a responsabilidade social. Nesse âmbito, o discurso que apresenta a inserção como a garantia de uma “nova era de estabilidade e de prosperidade”, de fato, deve ser percebido como uma orientação em que tanto os mecanismos macroeconômicos quanto a visão de risco geram um sistema no qual todo conflito é tomado como retrocesso, e toda réplica, como um espaço vazio, uma vez que tal discurso inverte os sinais das referências de ordem, ou seja, utiliza-as como elementos de expansão do controle, por meio dos dispositivos que dão forma às novas políticas.