Governança corporativa e a intangibilidade: um estudo em empresas brasileiras não financeiras da B3

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/riae.v19i4.16591

Palavras-chave:

Governança corporativa, Ativos intangíveis, Desempenho econômico.

Resumo

Objetivo do estudo: Verificar a relação existente entre o grau de intangibilidade e o desempenho econômico das empresas de capital aberto no Brasil, considerando os níveis diferenciados de governança da B3.
Metodologia/abordagem: A amostra da pesquisa consistiu em 172 empresas não financeiras de capital aberto no período de 2011 a 2015. Para a análise, foram utilizados métodos estatísticos da regressão de dados em painel, teste de normalidade, de homocedasticidade, breusch-pagan e teste de Hausman.
Originalidade/Relevância: A economia vem passando por processos de transformação, adicionando valor ao conhecimento, na qual os ativos intangíveis são vistos como um recurso econômico. Com o aumento da competitividade, as empresas passaram a traçar novas estratégias para criar valor e obter melhor desempenho. O investimento em ativos intangíveis tem sido uma alternativa para ampliar o desempenho, tanto financeiro, quanto econômico. Entretanto estudos internacionais e nacionais ainda revelam resultados contraditórios ao relacionar o grau de intangibilidade com o desempenho das empresas.
Principais resultados: Os resultados revelaram que o grau de intangibilidade (GI) tem uma relação positiva e significativa com o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), mas não foram encontrados resultados significativos para o retorno sobre o ativo (ROA) para ambas as amostras. No que se refere a empresas com distintos níveis de governança corporativa não foram encontradas diferenças significativas entre o grau de intangibilidade e o desempenho econômico.
Contribuições teóricas/metodológicas: Este estudo pretende contribuir para o debate empírico sobre o tema no Brasil, em duas direções: ao testar a relação entre intangibilidade e desempenho econômico, considerando os diferentes níveis de governança corporativa e ao estimar modelos de dados em painel, utilizando variáveis financeiras e operacionais de controle.

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Biografia do Autor

Gustavo Guimarães de Faria, Universidade Federal de Uberlândia, UFU – FAGEN

Graduado em Administração, Universidade Federal de Uberlândia, UFU – FAGEN

Luciana Carvalho, Universidade Federal de Uberlândia, UFU – FAGEN

Doutora em Economia, Universidade Federal de Uberlândia, UFU – FAGEN

Fernanda Maciel Peixoto, Universidade Federal de Uberlândia, UFU – FAGEN

Doutora em Administração, Universidade Federal de Uberlândia, UFU – FAGEN

Jaluza Maria Lima Silva Borsatto, Universidade Federal de Uberlândia, UFU – FAGEN

Doutora em Administração, Universidade Federal de Uberlândia, UFU – FAGEN

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Publicado

23.12.2020

Como Citar

Faria, G. G. de, Carvalho, L., Peixoto, F. M., & Borsatto, J. M. L. S. (2020). Governança corporativa e a intangibilidade: um estudo em empresas brasileiras não financeiras da B3. Revista Ibero-Americana De Estratégia, 19(4), 58–75. https://doi.org/10.5585/riae.v19i4.16591

Edição

Seção

Artigos