Desvios entre aspectos ostensivo e performativo em rotinas organizacionais: proposta de ciclo de revisão para administração pública

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/2023.23093

Palavras-chave:

Rotinas organizacionais, Administração Pública, Aspectos ostensivo e performativo

Resumo

Objetivo do estudo: Propor um ciclo de revisão de rotinas organizacionais de organizações da administração pública a partir da análise de desvios entre os aspectos ostensivo e performativo da rotina de gestão e fiscalização de contratos do Instituto Federal Catarinense.

Metodologia/abordagem: Pesquisa qualitativa, descritiva, de estudo de caso único, com levantamento de dados a partir de pesquisa documental e entrevistas.

Originalidade/relevância: A pesquisa ajuda a apropriar o tema rotinas organizacionais à administração pública ao analisar desvios entre o comportamento dos agentes e as normas que os regem. Adicionalmente, propõe-se um ciclo de revisão destes desvios.

Principais resultados: Foram identificados desvios oriundos da desatualização ou inadequação daquilo que está previsto no aspecto ostensivo. Adicionalmente, os agentes tendem a não basear a performatividade naquilo que está previsto em documentos e instruções, tendo em vista que seus hábitos, competências e habilidades os forçam à inércia no modo de agir.

Contribuições teóricas/metodológicas: Proposição de um ciclo de revisão de rotinas organizacionais para administração pública que faça a contenção de variações indesejadas na execução da rotina.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paulo Roberto da Silva, Unoesc - Campus Chapecó / Concórdia, Santa Catarina (SC)

Mestre

Juliano Danilo Spuldaro, Unoesc - Campus Chapecó / Chapecó, Santa Catarina (SC)

Doutor

Ana Marcia Debiasi Duarte, Unoesc - Campus Chapecó / Chapecó, Santa Catarina (SC)

Mestre

Referências

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Becker, M. C. (2008). The past, present and future of organizational routines. Introduction to the Handbook of organizational routines. In:

Becker, M. C. (Eds.). Handbook of organizational routines, 3-14, Edeward Elgar: UK.

Cohen, M. D. (2007). Reading Dewey: Reflections on the study of routine. Organization studies, 28(5), 773-786.

Cohen, M. D., Burkhart, R., Dosi, G., Egidi, M., Marengo, L., Warglien, M., and Winter, S. (1996). Routines and other Recurring Action Patterns of Organizations: Contemporary Research Issues. Industrial and Corporate Change, 5/3: 653– 98.

Deken, F., Carlile, P. R., Berends, J.J., & Lauche K. (2016). Generating novelty through interdependent routines: A process model of routine work. Organization Science, 27(3), 659-677.

Feldman, M. S. (2000). Organizational routines as a source of continuous change. Organization science, 11(6), 611-629.

Feldman, M. S., & Rafaeli, A. (2002). Organizational Routines as Sources of Connections and Understandings. Journal of Management Studies, 39(3), 309-331.

Feldman, M. S., & Pentland, B. T. (2003). Reconceptualizing Organizational Routines as a Source of Flexibility and Change. Administrative Science Quarterly, 48(1), 94-118. DOI: https://doi.org/10.2307/3556620

Feldman, M. S. (2003). A performative perspective on stability and change in organizational routines. Industrial and Corporate Change, 12(4), 727-752.

Feldman, M. S., Pentland, B. T., D’Adderio, L., & Lazaric, N. (2016). Beyond routines as things: introduction to the special issue on routine dynamics. Organization Science, 27(3), 505–513. https://doi.org/10.1287/orsc.2016.1070

Feldman, M. S. (2016). Routines as process: Past, present, and future. Organizational routines: how they are created, maintained, and changed. Oxford University Press, 6, 23-46. DOI:10.1093/acprof:oso/9780198759485.003.0002

Gardiner, P. D. (2014). Creating and appropriating value from project management resource assets using an integrated systems approach. Procedia - Social and Behavioral Sciences, 119, 85–94.

Guest, G., Bunce, A., & Johnson, L. (2006). How Many Interviews Are Enough?: Na Experiment with Data Saturation and Variability. Field Methods, 18(1), 59–82. https://doi.org/10.1177/1525822X05279903

Hodgson, G. M. (1993). The Economics of Institutions. Aldershot: Edward Elgar, 1993.

Hodgson, G. M. (2004a). The firm as an interactor: firms as vehicles for habits and routines. Journal of Evolutionary Economics, Dordrecht, 14, 281-307.

Hodgson, G. M. (2004b). The Nature and Replication of Routines. Organizational Routines: Advancing Empirical Research.

Homberg, F., Vogel, R., & Weiherl, J. (2019). Public service motivation and continuous organizational change: Taking charge behaviour at police services. Public Administration, 97(1), 28–47.

Lewis, J. M., Ricard, L. M., & Klijn, E. H. (2018). How innovation drivers, networking and leadership shape public sector innovation capacity. International Review of Administrative Sciences, 84(2), 288–307.

Martinson, B., & De Leon, J. (2018). Testing horizontal and vertical alignment of HR practices designed to achieve strategic organizational goals. Journal of Organizational Effectiveness, 5(2), 158–181.

Milagres, R. (2011). Rotinas: Uma revisão teórica. Revista Brasileira de Inovação, 10(1), 161-196.

Nelson, R. R., & Winter, S. G. (1982a). An evolutionary theory of economic change. Cambridge: Belknap Press/Harvard University Press.

Nelson, R. R., & Winter, S. G. (1982b). The Schumpeterian tradeoff revisited. The American Economic Review, 72(1), 114-132.

Pablo, A. L., Reay, T., Dewald, J. R., & Casebeer, A. L. (2007). Identifying, enabling and managing dynamic capabilities in the public sector. Journal of Management Studies, 44(5), 687–708.

Parmigiani, A., & Howard-Grenville, J. (2011). Routines revisited: Exploring the capabilities and practice perspectives. Academy of Management Annals. 5(1), 413–453.

Pentland, B. T. et al. (2012). Dynamics of organizational routines: A generative model. Journal of Management Studies, 49(8), 1484-1508.

Piening, E. P. (2013). Dynamic Capabilities in Public Organizations: A literature review and research agenda. Public Management Review, 15(2), 209–245.

Rerup, C., & Feldman, M. S. (2011). Routines as a source of change in organizational schemata: The role of trial-and-error learning. Academy of Management Journal, 54(3), 577-610.

Schensul, J. J. (2004). Key informants. In B. A. Norman (Ed), Encyclopedia of health & behavior (Vol. 1, pp.569-571). Thousand Oaks: Sage Publications.

Sele, K., & Grand, S. (2016). Unpacking the dynamics of ecologies of routines: Mediators and their generative effects in routine interactions. Organization Science, 27(3), 722-738.

Szulanski, G., Jensen, R. J. (2004). Overcoming Stickiness: An Empirical Investigation of the Role of the Template in the Replication of Organizational Routines. Managerial and Decision Econonics. 25: 347–363. DOI: 10.1002/mde.1195

Thiry-Cherques, H. R. (2009). Saturação em pesquisa qualitativa: estimativa empírica de dimensionamento. Revista PMKT, 3 (Outubro), 20–27.

Tsoukas, H., Chia, R. (2002). On organizational becoming: Rethinking organizational change. Organization science, 13(5), 567-582.

Wegener, F. E., & Glaser, V. L. (2020). Design and routine dynamics. Cambridge University Press, cap 19.

Yin, R. K. (2016). Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre: Penso.

Zander, U. K., & Kogut, B. (1995). Knowledge and the speed of the transfer and imitation of organizational capabilities: and empirical test. Organization Science, 6(1), 76-92.

Zollo, M., & Winter, S. (2002). Deliberate learning and the evolution of dynamics capabilities. Organization Science, Maryland, 13(3), 339-351.

Publicado

11.04.2023

Como Citar

da Silva, P. R., Spuldaro, J. D., & Duarte, A. M. D. (2023). Desvios entre aspectos ostensivo e performativo em rotinas organizacionais: proposta de ciclo de revisão para administração pública. Revista Ibero-Americana De Estratégia, 22(1), e23093. https://doi.org/10.5585/2023.23093

Edição

Seção

Artigos Tecnológicos