Construction of identities and feminist theology as part of a cultural revolution in the defense of reproductive and sexual rights in Brazil

Authors

  • Noli Bernardo Hahn Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus de Santo Ângelo, RS http://orcid.org/0000-0003-2637-5321
  • Bianca Strücker Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus de Santo Ângelo, RS - URI

DOI:

https://doi.org/10.5585/rtj.v8i2.14275

Keywords:

Gender, Feminist theology, Abortion.

Abstract

In this article, the construction of identities and feminist theology as part of a cultural revolution, specifically in the defense of reproductive and sexual rights, is the central theme. Throughout history, gender relations have been shaped to serve the interests of the patriarchy, configuring themselves as cultural constructions of identities, involving power relations, which resulted in the oppression and submission of women and in the naturalization of these relations. Feminist theology emerges as a movement of cultural revolution, because, within religious institutions, places that tend to be propellers of the patriarchy, seek to break with gender stereotypes and fight for women's rights and spaces. In this context, the discussion about voluntary termination of pregnancy, in a formally secular state, as in Brazil, should not necessarily cross the religious view of the subject. However, knowing the cultural, legal and legislative relevance that religious views can exert on sexuality issues, feminist theology comes to contribute to the debate, because it respects the feminine place of women who are part of religious organizations and gives them a voice to do a theological-religious and feminine reading on abortion. The method of deductive reasoning and the method of socio-historical-analytical approach are used to draw, through feminist theology, discussions and possibilities of understanding the aforementioned theme.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Noli Bernardo Hahn, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus de Santo Ângelo, RS

Pós-Doutor pela Faculdades EST, São Leopoldo, RS. Doutor em Ciências da Religião, Ciências Sociais e Religião, pela UMESP. Professor Tempo Integral da URI, Campus de Santo Ângelo. Graduado em Filosofia e Teologia. Possui formação em Direito. Integra o Corpo Docente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu – Mestrado e Doutorado em Direito. Lidera, junto com o professor Dr. André Leonardo Copetti Santos, o Grupo de Pesquisa Novos Direitos na Sociedade Complexa. Pesquisa temas relacionando Direito, Cultura e Religião. E-Mail: nolihahn@san.uri.br

Bianca Strücker, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus de Santo Ângelo, RS - URI

Doutoranda em Direito do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI, pesquisadora bolsista da CAPES, advogada. E-mail: biancastrucker@hotmail.com

References

ANGELIN, Rosangela; GIMENEZ, Charlise Paula Colet. O conflito entre direitos humanos, cultura e religião sob a perspectiva do estupro contra mulheres no brasil. In: Revista Direito em Debate, v. 26, n. 47, p. 242-266, 21 set. 2017. Disponível em: <https://revistas.unijui.edu.br/index.php/revistadireitoemdebate/article/view/6922>. Acesso em: 15 mar. 2019.

BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Trad. Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: fatos e mitos. trad. Sérgio Milliet. 3. ed. vol. 1. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

BÍBLIA SAGRADA. Bíblia Sagrada. Tradução de Domingos Zamagna [et al]. Petrópolis: Vozes, 1995.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.

BRASIL. Congresso Nacional. Projeto de Lei PL 6583/2013. Dispõe sobre o Estatuto da Família e dá outras providências. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1159761>. Acesso em: 29 mar. 2019.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Trad. Renato Aguiar. 12. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.

CASTELLS. Manuel. O poder da identidade. Trad. Klauss Brandini Gerhardt. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CATOLICAS. Católicas pelo direito de decidir. ONG. São Paulo. Disponível em: <http://catolicas.org.br/institucional-2/nosso-trabalho/>. Acesso em: 29 mar. 2019.

COFEN. Uma mulher morre a cada 2 dias por aborto inseguro, diz Ministério da Saúde. 03. Ago. 2018. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/uma-mulher-morre-a-cada-2-dias-por-causa-do-aborto-inseguro-diz-ministerio-da-saude_64714.html>. Acesso em: 22 mar. 2019.

DINIZ, Debora; MEDEIROS, Marcelo; MADEIRO, Alberto. Pesquisa Nacional de Aborto 2016. In: Ciência e Saúde Coletiva. n. 22 (2). Fev. 2017. Disponível em: <https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1413-81232017000200653&script=sci_arttext#>. Acesso em: 15 mar. 2019.

FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2018.

FRASER, Nancy. A justiça social na globalização: Redistribuição, reconhecimento e participação. In.: Revista Crítica de Ciências Sociais. v. 63. Out. 2002. pp 7-20.

FRASER, Nancy. Reconhecimento sem ética? In: Lua Nova [online]. n. 70, 2007. pp. 101-138. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-64452007000100006&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 08 mar. 2019.

GEBARA, Ivone Teologia, feminismo e filosofia. In: Revista Cult. ed. 133. 31 mar. 2010. Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br/home/teologia-feminismo-e-filosofia/>. Acesso em 20 fev. 2019.

GIBELLINI, Rosino. A Teologia do Século XX. Tradução de João Paixão Netto. São Paulo: Loyola, 1998.

GOHN, Maria da Glória. Novas teorias dos movimentos sociais. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2010.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 7 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

HAHN, Noli Bernardo. A afirmação do Sujeito (de direitos) num processo de Resistência: a emergência do Sujeito humano como liberdade e como criação. XXIV ENCONTRO NACIONAL DO CONPEDI. Florianópolis/SC, 2015. Disponível em:

<https://www.conpedi.org.br/publicacoes/c178h0tg/x552ze4o/J3dKsyN1voIl4zYs.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2019.

MADERS, Angelita Maria; ANGELIN, Rosângela. A construção da equidade nas relações de gênero e o movimento feminista no Brasil: avanços e desafios. In: Cadernos de Direito. v. 10 (19). jul. – dez. 2010. Disponível em: <https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/cd/article/view/232/409>. Acesso em: 10 fev. 2019.

MARIANO, Silvana Aparecida. O sujeito no feminismo e o pós-estruturalismo. In: Estudos Feministas. Florianópolis, 13(3): 320, set-dez 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ref/v13n3/a02v13n3.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2019.

PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2012.

ROSADO-NUNES, Maria José. Direitos, cidadania das mulheres e religião. In: Tempo Social, v. 20, n. 2, pp. 67-81, 1 nov. 2008. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12579>. Acesso em: 24 mar. 2019.

SAFFIOTI, Heleieth Iara Bongiovani. Gênero, Patriarcado, Violência. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular; Fundação Perseu Abramo, 2015.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Porto Alegre: Educação e Realidade, 1995.

STANTON, Elizabeth Cady. Woman’s Bible. Boston: Norstheasthen University Press, 1993.

STF. Teóloga afirma que aborto é uma questão de saúde pública. 06 ago. 2018. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=385927>. Acesso em: 18 mar. 2019.

TOURAINE, Alain. Iguais e Diferentes: podemos viver juntos? Lisboa: Piaget, 1997.

ŽIŽEK, Slavoj. O violento silêncio de um novo começo. In: David Harvey [...] et al. Occupy: movimentos de protesto que tomaram as ruas. São Paulo: Boitempo, Carta Maior, 2012.

Published

2020-01-07

How to Cite

HAHN, Noli Bernardo; STRÜCKER, Bianca. Construction of identities and feminist theology as part of a cultural revolution in the defense of reproductive and sexual rights in Brazil. Revista Thesis Juris, [S. l.], v. 8, n. 2, p. 205–226, 2020. DOI: 10.5585/rtj.v8i2.14275. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/thesisjuris/article/view/14275. Acesso em: 2 jul. 2024.

Issue

Section

Articles