Construção de identidades e a teologia feminista como integrante de uma revolução cultural na defesa dos direitos reprodutivos e sexuais no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5585/rtj.v8i2.14275Palavras-chave:
Gênero, Teologia feminista, Aborto.Resumo
Neste artigo, a construção de identidades e a teologia feminista como integrante de uma revolução cultural, especificamente na defesa de direitos reprodutivos e sexuais, é o tema central. Ao longo da história, as relações de gênero foram sendo moldadas para servir aos interesses do patriarcado, configurando-se como construções culturais de identidades, envolvendo relações de poder, o que resultou na opressão e submissão das mulheres e na naturalização destas relações. A teologia feminista surge como um movimento de revolução cultural, pois, dentro de instituições religiosas, locais que costumam ser propulsores do patriarcado, buscam romper com estereótipos de gênero e lutam por direitos e espaços femininos. Neste contexto, a discussão acerca da interrupção voluntária de gravidez, em um estado formalmente laico, como no Brasil, não necessariamente deveria perpassar pela visão religiosa da temática. Entretanto, sabendo da relevância cultural, jurídica e legislativa que a visão religiosa pode exercer sobre temas de sexualidade, a teologia feminista vem para contribuir com o debate, porque respeita o lugar feminino de mulheres que fazem parte de organizações religiosas e lhe dá voz para fazer uma leitura teológico-religiosa e feminina sobre o aborto. Utiliza-se o modo de raciocínio dedutivo e o método de abordagem sócio-histórico-analítico, para, através da teologia feminista, traçar discussões e possibilidades de entendimento da referida temática.Downloads
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