Joga pedra na Geni: a escola é feita pra apanhar, ela é boa de cuspir! (?)
DOI:
https://doi.org/10.5585/cpg.v20n2.20147Palavras-chave:
currículo, demandas políticas, disputas, escola democrática, práticas docentesResumo
Opero nesse texto com a ideia de pensar a escola brasileira contemporânea, sobretudo a pública, a partir da personagem Geni, da canção “Geni e o Zepelim” de Chico Buarque de Hollanda. Trata-se de uma analogia com a intenção de problematizarmos as investidas atuais voltadas a essa instituição, a partir de demandas políticas de grupos sociais diversos, na tentativa de controle dos significantes currículo e docência, na luta pela fixação de sentidos hegemônicos do que entendem por escola democrática. Esse texto faz parte de estudos desenvolvidos no campo pós-estruturalista, sobretudo relacionado às políticas curriculares, e aposta na escola enquanto espaço-tempo em meio a processos de subjetivação e vivências de experiências contínuas, um espaço em que emergem zonas de escape e/ou atos de resistências na busca de se permitir ser espaço do plural, de ser enquanto Geni, sendo o que é na diferença, “em sua dor e delícia”. Por mais que haja uma posição privilegiada dos formuladores da política, instituindo-se em macropoder, entretanto, no chão da escola, os sujeitos da educação (estudantes, professores, técnicos e auxiliares administrativos) reconfiguram e/ou recontextualizam a política no contexto da prática escolar.
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