Educação política: o protagonismo dos estudantes secundaristas

Caroline Ferreira do Amaral; Sônia Aparecida Siquelli

doi:10.5585/cpg.v22n1.22921

Autores

Caroline Ferreira do Amaral Universidade São Francisco (USF) https://orcid.org/0000-0002-7219-6052
Sônia Aparecida Siquelli Universidade São Francisco (USF) https://orcid.org/0000-0002-8992-1898

DOI:

https://doi.org/10.5585/cpg.v22n1.22921

Palavras-chave:

instituição escolar, movimento secundarista (2015-2016), documentário Escola de Luta

Resumo

Este artigo tem como objeto o movimento secundarista de ocupações das escolas públicas de Educação Básica ocorrido nos anos de 2015 e 2016. Objetivou-se investigar se as ações protagonizadas por estudantes secundaristas caracterizaram uma educação política no interior desse movimento capaz de impulsionar a ocupação e a luta pela sobrevivência da escola pública. O levantamento bibliográfico dos referenciais teóricos da área e a análise de nove pesquisas de diferentes universidades brasileiras relacionadas aos registros do movimento estudantil secundarista de Goiânia, exibidos no documentário Escola de Luta, comprovaram que a ação política emergiu do interior do próprio movimento, em prol dos interesses do coletivo de jovens, além de promover uma educação de consciência política acerca da importância da instituição escolar e do olhar da sociedade para o próprio movimento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Caroline Ferreira do Amaral, Universidade São Francisco (USF)

Graduanda em Pedagogia e bolsista Pibic/CNPq (USF)

Sônia Aparecida Siquelli, Universidade São Francisco (USF)

Doutora em Educação (UFSCAR)

Referências

ALMEIDA, J. B. As ocupações de escola e as conexões freireanas. Andes-SN, Brasília, ano XXX, n. 66, p. 46-59, 2020.

ANDREOTTI, A. L.; LOMBARDI, J. C.; MINTO, L. W. História da Administração Escolar no Brasil: do diretor ao gestor. Campinas: Alínea, 2012.

ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

BORGES, S. G. A dialética das experiências escolares na emergência da prática de ocupar e resistir. 2018. 137 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Le-opoldo, 2018. Disponível em: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7018. Acesso em: 7 out. 2022.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Sena-do, 1988.

BRASIL. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, [1996]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 7 out. 2022.

BRASIL. Medida Provisória No 746, de 22 de setembro de 2016. Institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 [...]. Diário Oficial da União: edição extra, seção 1, Brasília, DF, n. 184-A, p. 1-2, 23 set. 2016a.

BRASIL. Proposta de Emenda à Constituição N° 245, de 2016. Institui o sistema de governo par-lamentarista no Brasil e dá outras providências. Brasília: Câmera dos Deputados, [2016b]. Dis-ponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1470922. Acesso em: 7 out. 2022.

CARVALHO, J. S. F. de. Autoridade e educação: o desafio em face do ocaso da tradição. Revis-ta Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 20, n. 63, p. 975-993, out./dez. 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782015206309

CATINI, C. de R.; MELLO, G. M. de C. Escola de luta, educação política. Educação & Socieda-de, Campinas, v. 37, n. 137, p. 1177-1202, out./dez. 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/ES0101-73302016163403

ESCOLA DE LUTA - Documentário de Eduardo Carli de Moraes (2016, 48 min). [S. l.], 2016. 1 vídeo (48min41s). Publicado pelo canal: A Casa de Vidro Ponto de Cultura. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=UmzVhAUhSOY. Acesso em: 9 out. 2022.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

GROPPO, L. A.; SILVEIRA, I. B. Juventude, classe social, e políticas: reflexões teóricas inspi-radas pelo movimento das ocupações estudantis no Brasil. Argumentum, Vitória, v. 12, n. 1, p. 7-21, jan./abr. 2020. DOI: http://10.18315/argumentum.v12i1.30125

GROPPO, L. A. et al. Ocupações no Sul de Minas: autogestão, formação política e diálogo in-tergeracional. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, v. 19, n. 1 p. 141-164, jan./mar. 2017. DOI: https://doi.org/10.20396/etd.v19i1.8647616

JESUS, F. F. de. Heróis de brincadeira: o imaginário insurrecional dos jovens na experiência de ocupações secundaristas nos anos 2015 e 2016. 2018. 357 f. Dissertação (Mestrado em Educa-ção) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.

KETZER, A. M. “Lutar também é educar”: o potencial político e educomunicativo do movimento estudantil secundarista brasileiro nas escolas e redes sociais online (2015-2016). 2018. 268 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2018. Disponível em: http://repositorio.ufsm.br/handle/1/16189. Acesso em: 7 out. 2022.

MACÊDO, M. R. O movimento de ocupação de escolas em Goiás. Desde as escolas para as redes. 2020. 98 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade de Coimbra, Coimbra, 2020. Disponível em: http://hdl.handle.net/10316/94770. Acesso em: 7 out. 2022.

MORENO, V. T. L. Da Governança Global ao Movimento Secundarista em Campinas/SP: discursos sobre a educação para a democracia. 2021. 212 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Pontifí-cia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2021.

OLIVEIRA, S. D. M. Ocupar é aprender: sobre as narrativas de experiência em ocupações de escolas no Distrito Federal. 2019. 146 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade de Brasília, Brasília, 2019.

PÉREZ, S. R. B. “Ver-julgar-agir”: análise de práticas da Juventude Estudantil Católica Femini-na (entre as décadas de 1950 e 1960). 2007. 153 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007.

SAVIANI, D. A crise política no Brasil, o golpe e o papel da educação na resistência e na trans-formação. In: LUCENA, C.; PREVITALI, F. S.; LUCENA, L. (org.). A crise da democracia brasi-leira. Uberlândia: Navegando Publicações, 2017. p. 215-232.

SCHMITT, S. L. Encontros e desencontros do Movimento Estudantil Secundarista Paranaense (1964 1985). 2011. 198 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2011. Disponível em: https://tede.unioeste.br/handle/tede/930. Acesso em: 7 out. 2022.

SOARES, A. P. As ocupações secundaristas de 2015: Viver entre iguais no mundo da desigualdade. 2019. 123 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.