Etnomatemática e a Educação Emancipatória: diálogos de Paulo Freire e Ubiratan D’Ambrosio

Resumo

A ação-reflexão-ação é um dos fenômenos centrais na pedagogia progressista. Freire e D’Ambrosio não pensam ideias, pensam existência como um esforço totalizador da práxis humana.  A educação para a emancipação, para o diálogo, para a autonomia, para a prática de liberdade, para a diversidade, para os Direitos Humanos, para a Justiça social, para o combate às desigualdades, ao racismo, ao preconceito, à discriminação, para a sustentabilidade planetária, para o respeito à natureza e para a busca pela paz mundial, são categorias presentes em suas obras. Isso porque a sociedade, cuja pedagogia dominante é a pedagogia das classes prevalecentes, corrobora com a manutenção do status quo, e não serve à libertação do oprimido. Este trabalho, de abordagem qualitativa e do tipo descritivo, tem como objetivo discutir os possíveis diálogos entre a Etnomatemática e a Educação Emancipatória, nas acepções d’ambrosianas e freireanas. Com a investigação, evidenciamos as aproximações da Etnomatemática e a Educação Emancipatória, a preocupação de Freire e D’Ambrosio por um ensino em que o(a) estudante seja o centro do processo, sendo capaz de atingir a autonomia, bem como constitua-se um sujeito ativo-crítico-reflexivo e político.