Carta-manifesto ao companheiro Paulo Freire: a conjuntura neoconservadora, as (poucas) conquistas e a esperança na edificação de um novo modo de produção
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n58.15795Palavras-chave:
esperança, neoconservadorismo, revoluçãoResumo
Este documento tem o propósito de reconhecer o legado de Paulo Freire na educação, narrar um pouco mais acerca dos acontecimentos recentes para além das aparências fenomênicas com a finalidade de revelar o avanço imperialista das políticas neoliberais que têm como fito promover a destruição das forças produtivas (MONTORO, 2018), utilizando-se de táticas de guerra híbrida (KORYBKO, 2018). Esta é uma carta de reconhecimento e continuidade da luta travada por Freire; atualização sobre a conjuntura e renovação da esperança na transformação social cujo patrono da educação brasileira é um dos protagonistas históricos. Partimos do entendimento de que a educação não transforma imediatamente, mas pode mediar o desenvolvimento de um psiquismo enriquecido dos indivíduos. Propomos uma breve discussão acerca da relação entre o papel da educação, a superação do modo de produção capitalista e a edificação de uma sociedade que irreversivelmente possibilite a universalização do gênero humano, a igualdade e a liberdade. Compreendemos que o espaço aqui é abreviado, mas objetivamos que este texto estimule a ampliação do debate acerca da teoria pedagógica revolucionária.
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