Reflexões acerca do espetáculo como fundamento cultural do ocidente

Autores

  • Giulia Crippa UNINOVE, São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5585/eccos.v3i1.243

Palavras-chave:

imaginário, sociedade, do espetáculo, Debord.

Resumo

Propomos, neste artigo, uma revisão crítica da cultura ocidental utilizando como chave de interpretação a definição de sociedade do espetáculo de Guy Debord. Verifica-se que, em suas dimensões espetaculares, o Ocidente revela a capacidade de conservação e manutenção do(s) poder(es) constituído(s), por meio de uma sistemática operação de alienação de uma realidade vivida e de sua substituição pelas imagens adaptadas pelo próprio poder. Este aspecto se evidencia a partir da dissolução dos laços feudais do mundo urbano do século XII, quando surge uma economia pré-capitalista baseada em tráficos comerciais. Nesse contexto, verificam-se as heresias mais graves e as revoltas populares, que a Igreja procura contestar pela espetacularização de suas doutrinas. Durante o Renascimento, o poder encontra, como espetáculo, uma definição mais equilibrada na sociedade; no entanto, a reforma protestante cria, mais uma vez, a necessidade de uma nova espetacularização em favor das massas cristãs, produzindo o fenômeno do Barroco. Durante a Revolução Francesa, assistimos à criação de espetáculos que ganham a adesão das massas à revolução. Assim se constitui a sociedade de massas espetacular nas formas e conteúdos que refletem a realidade contemporânea.

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Biografia do Autor

Giulia Crippa, UNINOVE, São Paulo

Historiadora, Doutora em História Social pela FFLCH/USP; Professora na Fundação Santo André e na UNINOVE.

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Publicado

08.01.2008

Como Citar

CRIPPA, Giulia. Reflexões acerca do espetáculo como fundamento cultural do ocidente. EccoS – Revista Científica, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 12–24, 2008. DOI: 10.5585/eccos.v3i1.243. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/243. Acesso em: 13 jun. 2025.

Edição

Seção

Artigos & Ensaios
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