Percepção dos Players do Setor Sucroenergético sobre a Influência do Protocolo Agroambiental no Processo de Gestão Ambiental Empresarial: Um Estudo com Gestores do Setor na Mesorregião de Assis-SP
DOI:
https://doi.org/10.5585/geas.v5i1.329Palavras-chave:
Desenvolvimento Sustentável. Meio Ambiente. Gestão Ambiental. Setor Sucroenergético. Protocolo Agroambiental.Resumo
A agricultura brasileira tem passado por uma crise ambiental sem precedentes. Nesse cenário, estão as agroindústrias e fornecedores de cana-de-açúcar, atuantes no setor sucroenergético, que apresenta forte expansão, com significativos impactos econômico, social e ambiental. Estudos têm evidenciado que a inserção da dimensão ambiental na gestão corporativa pode trazer ganhos de competitividade para as organizações, além de melhorar sua imagem diante de seus stakeholders. A demanda social por um ambiente mais limpo, aliada ao aumento da regulação ambiental, tem forçado as empresas desse setor a realizar e participar de programas extensivos de prevenção e mitigação dos impactos ambientais. Dessa concepção, surge o Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista, que consiste num acordo de cooperação assinado em junho de 2007 entre o governo do Estado de São Paulo, representado pelas Secretarias de Estado do Meio Ambiente; da Agricultura e Abastecimento; a União da Indústria de Cana-de-Açúcar; e a Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul. A pesquisa aqui apresentada objetivou apurar a percepção dos gestores das agroindústrias e fornecedores situados na mesorregião de Assis-SP sobre a influência do Protocolo Agroambiental no processo de gestão ambiental empresarial. Foram aplicadas dezenove entrevistas semiestruturadas com gestores vinculados com aspectos ambientais dos casos objetos de estudos (4 produtores, 2 fornecedores e uma associação). Os resultados evidenciaram forte influência do Protocolo Agroambiental nos processos de gestão ambiental das organizações, sobretudo com a implementação e execução de ações para atender às diretivas técnicas do Protocolo Agroambiental, o que tem contribuído para que as organizações internalizem as questões ambientais e caminhem para uma postura mais proativa.