Resistir pelo direito? Advogados e magistrados na Resistência francesa (1940-1944)
DOI:
https://doi.org/10.5585/prismaj.v10i1.2964Palavras-chave:
Ação coletiva. Direito. Ocupação. Profissões jurídicas. Resistência.Resumo
Esse artigo propõe evidenciar três formas de resistência, fundadas no direito, a partir de uma análise sócio-histórica do engajamento na Resistência de advogados e magistrados durante a Segunda Guerra Mundial na França. A primeira, "resistir apesar do direito", remete ao antagonismo entre legalismo e o ingresso na Resistência, que constituía, para alguns juristas, um obstáculo ao engajamento. A segunda forma, "à sombra do direito", designa a maneira pela qual vão sendo progressivamente descobertas e utilizadas as possibilidades de ação subversivas oferecidas por essas profissões, sob a condição de fazer um jogo duplo. Enfim, a resistência "em nome do direito" remete à elaboração de argumentos jurídicos que justifiquem a Resistência interior e exterior e tragam para esse combate a legitimidade do direito. Essa tripartição, analítica e, ao mesmo tempo, cronológica, convida assim a tornar mais complexa a análise das relações entre direito e política.Downloads
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Publicado
17.08.2011
Como Citar
ISRAËL, Liora. Resistir pelo direito? Advogados e magistrados na Resistência francesa (1940-1944). Prisma Juridico, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 61–92, 2011. DOI: 10.5585/prismaj.v10i1.2964. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/prisma/article/view/2964. Acesso em: 24 maio. 2025.
Edição
Seção
Artigos
Pietra Vaz Diógenes da Silva (2022)
Mobilização do direito e qualidade da lei como recurso de lutas sociais. Revista de Ciências do Estado, 7(2), 1.10.35699/2525-8036.2022.40072
Dante Guimaraens Guazzelli (2022)
“A exaltação da figura do advogado”: a mobilização da OAB/RS durante a prisão de comunistas em 1975. Revista Tempo e Argumento, 14(35), e0202.10.5965/2175180314352022e0202
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