Beleza Materna: Mudanças no Self e no Consumo
DOI:
https://doi.org/10.5585/bmj.v17i6.3785Palavras-chave:
Maternidade. Consumo. Beleza. Self.Resumo
Objetivo: identificar a percepção sobre corpo e sobre aparência enquanto componentes do self de recém-mães e as suas práticas de consumo voltados à beleza
Metodologia: Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com seis mães de pelo menos uma criança com até dois anos de idade. Utilizou-se análise de conteúdo com o uso de categorias temáticas.
Principais resultados: obteve-se que a visão do self até a ideia de self estendido das mulheres que se tornam mães são alteradas. As preferências de compra e os cuidados com a beleza são colocados em segundo plano diante do cuidado com o filho e das demais atividades do lar e do trabalho. Verificou-se a cobrança ou a expectativa pela volta ao corpo antes da gestação por pessoas do convívio das mães, embora ocorra também a cobrança individual. Percebe-se que a aparência requerida no processo da maternidade é influenciada em alguma medida pelos padrões e comportamentos de consumo exigidos pela sociedade no tocante à mulher.
Contribuições teóricas: Este estudo contribui para o corpo de conhecimentos que envolve comportamento de consumo e self em suas diferentes transições ao longo da vida, aqui, especificamente, com recém-mães.
Relevância/originalidade: O estudo de mulheres mães é um público pouco explorado na literatura. Elas são recorrentemente cobradas a seguir o padrão de beleza legitimado socialmente, trazendo implicações na sua autoestima e que vai, em alguma medida, influenciar no comportamento de consumo.