Strategizing em contexto pluralistas: uma revisão narrativa da literatura
DOI:
https://doi.org/10.5585/riae.v19i2.16985Palavras-chave:
Strategizing, Contextos pluralistas, Ambientes complexos, Revisão narrativa da literatura.Resumo
Objetivo: Considerando que o pluralismo vem sendo relativamente ignorado pelos estudos clássicos em estratégia, e que está cada vez mais presente nas organizações do século XXI (Jarzabkowski & Fenton, 2006), o objetivo desta pesquisa foi compreender como ocorreu o avanço do conhecimento sobre strategizing em contextos pluralistas a partir da pesquisa de Jarzabkowski e Fenton (2006).
Método: Adotamos uma abordagem qualitativa por meio de uma revisão narrativa da literatura, com buscas nas plataformas Ebsco, Scopus and Periódicos Capes. Seis publicações sobre strategizing em contextos pluralistas foram selecionadas e agrupadas segundo suas características em comum: tensões na gestão estratégica em contextos pluralistas; estudos empíricos sobre strategizing em contextos pluralistas; e propostas sobre como lidar com o pluralismo das organizações.
Resultados: Nossos resultados indicam que o strategizing em contextos pluralistas é um tema recente e ainda pouco abordado pela agenda de pesquisa em estratégia. Os seis estudos selecionados apontam para tensões inerentes a contextos pluralistas: alguns abordam como certos ambientes lidam com essas pressões e outros propõem soluções para minimizar o pluralismo das organizações.
Originalidade/Relevância: A relevância desta pesquisa centra-se na importância e necessidade de aprofundar o conhecimento sobre strategizing em contextos pluralistas, considerando a pluralidade que compõe as organizações contemporâneas.
Contribuições teóricas/metodológicas: Nosso estudo contribuiu para a compilação e a análise acerca do avanço do conhecimento sobre strategizing em contextos pluralistas. Identificamos a ascensão do campo de pesquisa e salientamos a necessidade de desenvolver esse tema em vista do avanço da pluralidade que compõe as organizações.
Downloads
Referências
Allard-Poesi, F. (2010). A Foucauldian perspective on strategic practice: strategy as the art of (un) folding. Cambridge handbook of strategy as practice, 1966, 168.
Alves-Mazzotti, A. J., & Gewandsznajder, F. (1999). O planejamento de pesquisas qualitativas. ______. O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa, 2, 147-176.
Andersen, T. J. (2000). Strategic planning, autonomous actions and corporate performance. Long range planning, 33(2), 184-200.
Bolderston, A. (2008). Writing an effective literature review. Journal of Medical Imaging and Radiation Sciences, 39(2), 86-92.
Brandt, J. Z., Lavarda, R. A. B., Pereira, M. A. S., & Lozano, L. (2017). Estratégia-como-prática social para a construção da perspectiva de gênero nas políticas públicas em Florianópolis. Revista de Administração Pública-RAP, 51(1), 64-87.
Creswell, J. W. (2010). Mapping the developing landscape of mixed methods research. SAGE handbook of mixed methods in social & behavioral research, 2, 45-68.
Cuccurullo, C., & Lega, F. (2013). Effective strategizing practices in pluralistic settings: the case of Academic Medical Centers. Journal of Management & Governance, 17(3), 609-629.
de La Ville, V. I., & Mounoud, E. (2010). A narrative approach to strategy as practice: strategy making from texts and narratives. Cambridge handbook of strategy as practice, 183-197.
da Silva, S. S., Spers, R. G., Oliveira, M. A., & Fischmann, A. A. (2019). The Strategic Management Practice in an Online Experiential Learning Laboratory. Iberoamerican Journal of Strategic Management (IJSM), 18(3).
Denis, J. L., Lamothe, L., & Langley, A. (2001). The dynamics of collective leadership and strategic change in pluralistic organizations. Academy of Management journal, 44(4), 809-837.
Denis, J. L., Langley, A., & Rouleau, L. (2007). Strategizing in pluralistic contexts: Rethinking theoretical frames. Human relations, 60(1), 179-215.
Faraco, M. M., Lavarda, R. A. B., & Gelbcke, F. L. (2019). Tomada de decisão em hospitais de ensino: entre formalismo e síntese intuitiva. Revista de Administração Pública, 53(4), 769-779.
Floyd, S. W., & Lane, P. J. (2000). Strategizing throughout the organization: Managing role conflict in strategic renewal. Academy of management review, 25(1), 154-177.
Godoy, A. S. (1995). Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. RAE-revista de administração de empresas, 35(2), 57-63.
Green, B. N., Johnson, C. D., & Adams, A. (2006). Writing narrative literature reviews for peer-reviewed journals: secrets of the trade. Journal of chiropractic medicine, 5(3), 101-117.
Hautz, J., Seidl, D., & Whittington, R. (2017). Open strategy: Dimensions, dilemmas, dynamics. Long Range Planning, 50(3), 298-309.
Hodgkinson, G. P., & Sparrow, P. (2002). The competent organization: A psychological analysis of the strategic management process (Vol. 154). Buckingham: Open University Press.
Jarzabkowski, P., & Wilson, D. C. (2004). Pensando e agindo estrategicamente: novos desafios para a análise estratégica. RAE, 44(4), 11-20.
Jarzabkowski, P. (2005). Strategy as practice: An activity based approach. Sage.
Jarzabkowski, P., & Balogun, J. (2009). The practice and process of delivering integration through strategic planning. Journal of Management Studies, 46(8), 1255-1288.
Jarzabkowski, P., Balogun, J., & Seidl, D. (2007). Strategizing: The challenges of a practice perspective. Human relations, 60(1), 5-27.
Jarzabkowski, P., & Fenton, E. (2006). Strategizing and organizing in pluralistic contexts. Long Range Planning, 39(6), 631-648.
Jarzabkowski, P., & Paul Spee, A. (2009). Strategy‐as‐practice: A review and future directions for the field. International journal of management reviews, 11(1), 69-95.
Johnson, G., Melin, L., & Whittington, R. (2003). Micro strategy and strategizing: towards an activity‐based view. Journal of management studies, 40(1), 3-22.
Langley, A. (1999). Strategies for theorizing from process data. Academy of Management review, 24(4), 691-710.
Langley, A. (2007). Process thinking in strategic organization. Strategic organization, 5(3), 271-282.
Lavarda, R. A. B., Canet-Giner, M. T., & Peris-Bonet, F. J. (2010). How middle managers contribute to strategy formation process: connection of strategy processes and strategy practices. Revista de Administração de Empresas, 50(4), 358-370.
Mendes-Da-Silva, W. (2019). Contribuições e limitações de revisões narrativas e revisões sistemáticas na área de negócios. Revista de Administração Contemporânea, 23(2), 1-11.
Meyer Junior, V., Pascucci, L. M., & Meyer, B. (2018). Strategies in universities: tensions between macro intentions and micro actions. Revista de Administração Contemporânea, 22(2), 163-177.
McDaniel Jr, R. R. (2007). Management strategies for complex adaptive systems sensemaking, learning, and improvisation. Performance Improvement Quarterly, 20(2), 21-41.
Mintzberg, H. (1978). Patterns in strategy formation. Management science, 24(9), 934-948.
Pascucci, L., & Meyer Jr, V. (2013). Estratégia em contextos complexos e pluralísticos. Revista de Administração Contemporânea, 17(5), 536-555.
Pascucci, L. M., Meyer Júnior, V., & Crubellate, J. M. (2017). Strategic management in hospitals: Tensions between the managerial and institutional lens. BAR-Brazilian Administration Review, 14(2).
Rajagopalan, N., & Spreitzer, G. M. (1997). Toward a theory of strategic change: A multi-lens perspective and integrative framework. Academy of management review, 22(1), 48-79.
Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta paulista de enfermagem, 20(2), v-vi.
Vaz, S. L., & Bulgacov, S. (2018). Envolvimento Estratégico da Média Gerência: Analisando o Passado e Projetando o Futuro. Revista de Administração Contemporânea, 22(3), 380-402.
Venancio, D. M., Lavarda, R. B., & Fiates, G. G. S. (2016). O Papel da Gerência Intermediária na Formação da Estratégia. Revista Ibero Americana de Estratégia, 15(4), 28-42.
Vergara, S. C. (2006). Projetos e relatórios de pesquisa. São Paulo: Atlas.
Whittington, R. (2006). Completing the practice turn in strategy research. Organization studies, 27(5), 613-634.
Whittington, R., Cailluet, L., & Yakis‐Douglas, B. (2011). Opening strategy: Evolution of a precarious profession. British Journal of Management, 22(3), 531-544.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Elaine Rossi, Bárbara Zandomenico Perito, Rosalia Aldraci Barbosa Lavarda

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
- Resumo 785
- PDF (English) 647