Relacionamentos na internacionalização de empresas franqueadoras brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.5585/riae.v19i3.17022Palavras-chave:
Sistema de franquias, Internacionalização de franquias, Relação franqueador-franqueado, Licenciamento.Resumo
Objetivo: Entender o papel do relacionamento entre franqueadores e franqueados e licenciados no processo de internacionalização, adotando como perspectiva teórica o modelo de Uppsala.
Metodologia/abordagem: A metodologia utilizada foi de estudo de casos em três empresas franqueadoras internacionalizadas. Posteriormente, as informações foram comparadas com os modelos de Uppsala (1977, 2009), usando como suporte as literaturas de franquia e licenciamento.
Originalidade /Relevância: Diversos artigos (Dant & Grünhagen, 2014; Gomes, Carneiro e Secches, 2017; Isaac, Melo, Ogasavara e Rodrigues, 2018) apontaram que a temática relacional, especialmente no contexto internacional, é uma das áreas que requer mais estudos. O trabalho pretende ajudar a preencher essa lacuna com informações sob parcerias internacionais no licenciamento e sistema de franquia.
Principais Resultados: Identificou-se que tais empresas utilizam seus conhecimentos e suas redes para expandir seus negócios e, frequentemente, absorver informações de parceiros locais para melhorar o conhecimento de mercado e adaptar seus produtos ou serviços. A expansão internacional das empresas franqueadoras estudadas pode ser explicada tanto pelo Modelo de Uppsala original (1977) quanto pelo Modelo de Uppsala revisitado (2009).
Contribuições teóricas / metodológicas: O estudo visa contribuir do ponto de vista teórico ao aplicar o Modelo de Uppsala nas expansões internacionais por meio de modos contratuais, mostrando a importância da rede de relacionamento. Tanto o sistema de franquia quanto o licenciamento são utilizados para expansões de baixo custo, por isso a entrada na rede local é imprescindível. Com a expansão gradual e o uso de parcerias sólidas, nota-se que as empresas conseguem validar a estrutura de negócio e fazer adequações, especialmente culturais, ao seu modelo de negócio.
Downloads
Referências
ABF (2018, 18 maio). Números do Franchising / Desempenho do setor. Associação Brasileira de Franchising. Disponível em: https://www.abf.com.br/numeros-do-franchising/.
Aguiar, H.D.S., Consoni F.L., & Bernardes R.C. (2014). Estratégia de internacionalização conduzida: Um estudo em redes de franquias brasileiras. RECADM – Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 13(1), 114-131.
Aliouche, E.H., & Schlentrich, U.A. (2011). Towards a strategic model of global franchise expansion. Journal of Retailing, 87(3), 345–365.
Alon, I., Boulanger, M., Misati, E., & Madanoglu, M. (2015). Are the parents to blame? Predicting franchisee failure. Competitiveness Review, 25(2), 205-217.
Alon, I., & McKee, D. L. (1999). The internationalization of professional business service franchises. Journal of Consumer Marketing, 16(1), 74–85.
Altinay, L., Brookes, M., Yeung, R., & Aktas, G. (2014). Franchisees’ perceptions of relationship development in franchise partnerships. Journal of Services Marketing, 28(6), 509-519.
Altinay, L. & Okumus, F. (2010). Franchise partner selection decision making. The Service Industries Journal, 30(6), 929-946.
Baena, V. (2018). International franchise presence and intensity level: Profile of franchisors operating abroad. Management Research Review, 41(2), 202-224.
Borini, F.M., Rocha, T.V., & Spers, E.E. (2012). Desafios para a internacionalização das franquias brasileiras: um survey com franquias internacionalizadas. In: Melo, P.L.R. & Andreassi, T. (Orgs.). Franquias Brasileiras: estratégia, empreendedorismo, inovação e internacionalização. São Paulo: Cengage Learning.
Borini, F., Souza, M., Biskamp, S., Coelho, F., & Sadzinski, A. (2013). A influência dos traços da cultura brasileira no processo de internacionalização das franquias nacionais. Gestão Contemporânea, 10(13), 313-338.
Bretas, V.P., Galetti, J.R., & Rocha, T.V. (2019). Fatores relacionados a internacionalização das redes de franquias brasileiras: dispersão geográfica e pertencimento a grupos. InterNext – Revista Brasileira de Negócios Internacionais, 14(1), 1-13.
Brookes, M., & Altinay, L. (2011). Franchise partner selection: Perspectives of franchisors and franchisees. Journal of Services Marketing, 25(5), 336-348.
Brookes, M., & Altinay, L. (2017). Knowledge transfer and isomorphism in franchise networks. International Journal of Hospitality Management, 62, 33-42.
Brouthers, L.E., & McNicol, J.P. (2009). International franchising versus licensing. In: Kotabe, M. & Helsen, K. (Org.). The Sage Handbook of International Marketing. London, Sage, p.183-197.
Cavusgil, S. T. (1998). Perspectives: knowledge development in international marketing. Journal of International Marketing, 6(2), 103-112.
Dant, R.P. & Grünhagen, M. (2014). International franchising research: Some thoughts on what, where, when, and how. Journal of Marketing Channels, 21, 124-132.
Davies, M., Lassar, W., Manolis, C., Prince, M., & Winsor, R. (2011). A model of trust and compliance in franchise relationships. Journal of Business Venturing, 26(3), 321-340.
Eisenhardt, K. M. (1989). Building theories from case study research. Academy of Management Review, 14(4), 532-550.
Evans, J., Treadgold, A., & Mavondo, F. T. (2000). Psychic distance and the performance of international retailers – A suggested theoretical framework. International Marketing Review, 17(4/5), 373–391.
FDC - Fundação Dom Cabral (2017). Ranking de Internacionalização das Franquias Brasileiras. São Paulo, Fundação Dom Cabral.
Ghauri, P. (2004). Designing and conducting case studies in international business research. In: Piekkari, R. & Welch, C. (Eds.), Handbook of Qualitative Research Methods for International Business. Cheltenham, UK: Edward Elgar Publishing, pp. 109-124.
Gomes, R.M.A., Carneiro, J.M.T., & Secches, C.K. (2017). Estudos de caso na internacionalização varejista: uma revisão de literatura. InterNext – Revista Brasileira de Negócios Internacionais, 12(1), 16-32.
Granovetter, M. (1973). The strength of weak ties. American Journal of Sociology, 78(6), 1360-1380.
Guetta, A., Von Jess, A.C., Filho, B., Gudiño, D., et. al. (2013). Franchising: Aprenda com os Especialistas - Learn from the Experts. Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Franchising.
Hoffman, R. C., Watson, S., & Preble, J. F. (2016). International expansion of United States franchisors: A status report and propositions for future research. Journal of Marketing Channels, 23(4), 180–195.
IFA (2018, 25 maio). Franchise Business Economic Outlook for 2018. International Franchise Association. Disponível em: https://www.franchise.org/sites/default/files/Franchise_Business_Outlook_Jan_2018.pdf
Isaac, V.R., Melo, P.L.R., Ogasawara, M.H., & Rodrigues, T.R. (2018). Metanálise sobre publicação nacional e internacional sobre internacionalização de redes de franquias. Revista da Micro e Pequena Empresa, 12(1), 82-95.
Jell-Ojobor, M., & Windsperger, J. (2014). The choice of governance modes of international franchise firms – development of an integrative model. Journal of International Management, 20(2), 153–187.
Johanson, J., & Mattson, L.-G. (1993). Internationalization in industrial systems – a network approach. In: Buckley, P.J; Ghauri, P. (eds). The Internationalization of the Firm: A Reader. London, Academic Press, p. 303-321.
Johanson, J., & Vahlne, J.-E. (1977). The internationalization process of the firm - a model of knowledge development and increasing foreign market commitments. Journal of International Business Studies, 8(1), 23-32.
Johanson, J., & Vahlne, J. E. (1990). The mechanism of internationalisation. International Marketing Review, 7(4), 11-24.
Johanson, J., & Vahlne, J. E. (2009). The Uppsala Internationalization Process Model revisited: From liability of foreignness to liability of outsidership. Journal of International Business Studies, 40(9), 1411–1431.
Johanson, J, & Vahlne, J. E. (2011). Markets as networks: Implications for strategy-making. Journal of the Academy of Marketing Science, 39(4), 484-491.
Johanson, J., & Wiedersheim‐Paul, F. (1975). The internationalization of the firm – Four Swedish cases. Journal of Management Studies, 12(3), 305-323.
Kedia, B.L., Ackerman, D.J., Bush, D.E., & Justice, R.T. (1994). Determinants of internationalization of franchise operations by US franchisors. International Marketing Review, 11(4), 56-68.
Marques, D., Merlo, E., & Nagano, M. (2009). Uma análise sobre internacionalização de franquias brasileiras. Read: Revista Eletrônica de Administração, 62(15), art 1. Edição 62, V. 15, N° 1.
Quinn, B., & Alexander, N. (2002). International retail franchising: A conceptual framework. International Journal of Retail & Distribution Management, 30(5), 264–276.
Tang, Y. K. (2009). Networks and the internationalization of firms: What we believe and what we might have missed. In: Jones, M., Dimitratos, P., Fletcher, M., & Young, S. (Org.). Internationalization, Entrepreneurship and the Smaller Firm. Edward Elgar, Cheltenham, p. 106-123.
Vianna, N.W.H., Melo, P.L.R., & Ryngelbaum, A.L. (2014). Processo decisório de internacionalização de redes de franquias brasileiras. InterNext – Revista Brasileira de Negócios Internacionais, 9(1), 101-118.
Welch, L. S. (1989). Diffusion of franchise system use in international operations. International Marketing Review, 6(5), 7-19.
Yin, R. K. (2009). Case Study Research. 4 Ed. Thousand Oaks, CA, Sage.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Paula Holanda Cavalcanti Sirimarco, Jorge Ferreira da Silva, Angela Maria Cavalcanti da Rocha

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
- Resumo 507
- PDF 544