Estratégias de negócio para mudanças climáticas das empresas de gestão de recursos hídricos integrantes do Carbon Disclosure Project
DOI:
https://doi.org/10.5585/riae.v21i1.19859Palavras-chave:
Perfil estratégico. Mudanças climáticas. Gestão de recursos hídricos. Mitigação. Carbon Disclosure Project.Resumo
Objetivo do estudo – identificar os perfis estratégicos quanto às mudanças climáticas das empresas de gestão de recursos hídricos integrantes da base de dados Carbon Disclosure Project (CDP), do ano de 2019.
Metodologia / abordagem – foi realizada uma pesquisa exploratória com o uso de pesquisa bibliográfica, documental e estudo de casos múltiplos. Os dados utilizados são oriundos da base de dados CDP de 2019, analisados conforme a estrutura metodológica de Kolk e Pinkse (2005). Os dados foram analisados por meio de análise de conteúdo.
Originalidade / relevância – os resultados da presente pesquisa servem como indicativo da vulnerabilidade e contribuição do segmento na manutenção e segurança da oferta de água de qualidade em médio e longo prazos.
Principais resultados – a maioria das organizações gestoras de recursos hídricos, ainda em 2019, enquadram-se nos perfis de Planejadores Cautelosos e Planejadores Emergentes e têm como principais direcionadores estratégicos a percepção de oportunidades, riscos e responsabilidade corporativa, nesta ordem.
Contribuições teóricas / metodológicas – como contribuições teóricas, o trabalho traz a análise de estratégias organizacionais, especificamente de empresas da área de recursos hídricos, voltadas à mitigação das mudanças climáticas. O método de análise de dados aqui adotado pode ser usado em outros segmentos de negócios que têm relação direta com recursos naturais.
Contribuições sociais / gerenciais – os resultados da pesquisa podem embasar decisões e mudanças nas estratégias corporativas de mitigação de emissões de gases de efeito estufa no segmento de recursos hídricos, bem como políticas públicas para planejamento e enfrentamento das mudanças climáticas.
Downloads
Referências
Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições, 70(3).
Barney, J. (1991). Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, 17(1), 99-120.
Bauer, M. W. (2002). Análise de conteúdo clássica: uma revisão. Pesquisa Qualitativa Com Texto, Imagem e Som: Um Manual Prático, 3, 189-217.
Boyle, T., Giurco, D., Mukheibir, P., Liu, A., Moy, C., White, S., & Stewart, R. (2013). Intelligent metering for urban water: A review. Water, 5(3), 1052-1081.
Cadez, S., & Czerny, A. (2016). Climate change mitigation strategies in carbon-intensive firms. Journal of Cleaner Production, 112, 4132-4143.
Chandler, A. D. (1962). Strategy and structure: chapters in the history of the american industrial enterprise. Cambridge: MIT Press.
Climate Disclosure Project. (2019). CDP Disclosure Insight Action Database.
Dahl, T., & Fløttum, K. (2019). Climate change as a corporate strategy issue: a discourse analysis of three climate reports from the energy sector. Corporate Communications: An International Journal, 24(3), 499-514.
Eleftheriadis, I., & Anagnostopoulou, E. (2017). Measuring the level of corporate commitment regarding climate change strategies. International Journal of Climate Change Strategies and Management.
European Union. (2017). Defining "green" in the context of green finance. Luxembourg: Publications Office of The European Union.
Gota, S., Huizenga, C., & Peet, K. (2016). Implications of 2DS and 1.5 DS for land transport carbon emissions in 2050. Partnership for Sustainable Low-Carbon Transportation.
Grant, R. M. (1991). The resource-based theory of competitive advantage: implications for strategy formulation. California Management Review, 33(3), 114-135.
Grubb, M., Vrolijk, C., Brack, D., Forsyth, T., Lanchbery, J., & Missfeldt, F. (1999). The Kyoto Protocol: a guide and assessment. London: Royal Institute of International Affairs.
Hoffman, A. J. (2005). Climate change strategy: the business logic behind voluntary greenhouse gas reductions. California Management Review, 47(3), 21-46.
Intergovernmental Panel on Climate Change. (2020). The SRES Emissions Scenarios. Atmospheric Data. Disponível em: https://www.ipcc-data.org/sim/gcm_clim/SRES_TAR/ddc_sres_emissions.html. Acesso em: 29 maio 2020.
Kolk, A. (2000) Economics of Environmental Management. Prentice Hall, Harlow.
Kolk, A., & Pinkse, J. (2004). Market strategies for climate change. European Management Journal, 22(3), 304-314.
Kolk, A., & Pinkse, J. (2005). Business responses to climate change: identifying emergent strategies. California Management Review, 47(3), 6-20.
Kor, Y. Y., & Mahoney, J. T. (2004). Edith Penrose's (1959) contributions to the resource‐based view of strategic management. Journal of Management Studies, 41(1), 183-191.
Kouloukoui, D., Marinho, M. M. de O., Gomes, S. M. da S., Kiperstok, A., & Torres, E. A. (2019). Corporate climate risk management and the implementation of climate projects by the world's largest emitters. Journal of Cleaner Production, 238, 117935.
Lee, S. Y. (2012). Corporate carbon strategies in responding to climate change. Business Strategy and the Environment, 21(1), 33-48.
Margolis, J. D., & Walsh, J. P. (2003). Misery loves companies: Rethinking social initiatives by business. Administrative Science Quarterly, 48(2), 268-305.
ONU (Brasil). (2015). Plataforma Agenda 2030: Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: <http://www.agenda2030.org.br/ods/11/>. Acesso em: 19 mai. 2019.
Penrose, E. (2006). A teoria do crescimento da firma. Campinas: Unicamp, 2006. Tradução de: The theory of the growth of the firm, 1957, por Tamás Szmrecsányi.
Petkova, A. P., Wadhwa, A., Yao, X., & Jain, S. (2014). Reputation and decision making under ambiguity: A study of US venture capital firms' investments in the emerging clean energy sector. Academy of Management Journal, 57(2), 422-448.
Prahalad, C. K.; Hamel, G. (1990). The core competence of the corporation. Harvard Business Review, v. 68, n. 3, p. 79-91, 1990.
Richardson, R. J. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas.
Rondinelli, D. A., & Vastag, G. (1996). International environmental standards and corporate policies: an integrative framework. California Management Review, 39(1), 106-122.
Sachidananda, M., Webb, D. P., & Rahimifard, S. (2016). A concept of water usage efficiency to support water reduction in manufacturing industry. Sustainability, 8(12), 1222.
Steger, U. (1993). The greening of the board room: how German companies are dealing with environmental issues. Environmental Strategies for Industry, 147-166.
Tan, R. R., & Foo, D. C. (2018). Integrated multi-scale water management as a climate change adaptation strategy. Clean Technologies and Environmental Policy, 20(6), 1123-1125.
Teece, D. J. (2007). Explicating dynamic capabilities: the nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic Management Journal, 28(13), 1319-1350.
Teece, D. J., Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, 18(7), 509-533.
Thornton, D., Kagan, R. A., & Gunningham, N. (2003). Sources of corporate environmental performance. California Management Review, 46(1), 127-141.
Van Vuuren, D. P., Edmonds, J., Kainuma, M., Riahi, K., Thomson, A., Hibbard, K., & Masui, T. (2011). The representative concentration pathways: an overview. Climatic change, 109(1-2), 5.
Vergara, S. C. (2005). Métodos de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas.
Weinhofer, G., & Hoffmann, V. H. (2010). Mitigating climate change – how do corporate strategies differ?. Business Strategy and the Environment, 19(2), 77-89.
Wernerfelt, B. (1984). A resource‐based view of the firm. Strategic Management Journal, 5(2), 171-180.
Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso: Planejamento e métodos. 5 ed. Porto Alegre: Bookman.
Zerbib, O. D. (2019). The effect of pro-environmental preferences on bond prices: Evidence from green bonds. Journal of Banking & Finance, 98, 39-60.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Erick de Freitas Moura, Ieda Kanashiro Makiya, Muriel de Oliveira Gavira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
- Resumo 827
- PDF (English) 283
- PDF 287