Desenhos livres com estórias e cenas lúdicas na psicoterapia infantil on-line

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/cpg.v21n1.21345

Palavras-chave:

cenas lúdicas, psicoterapia infantil, desenho infantil

Resumo

Partimos do pressuposto que a representação da cena lúdica no atendimento infantil fornece indicadores de maturidade cognitiva e colabora no diagnóstico e na intervenção psicoterápica on-line ou não. Foram analisados 20 desenhos livres de crianças de 5 a 14 anos atendidas em psicoterapia infantil on-line, identificando a presença ou ausência de cenas. Por cena lúdica entendemos a representação no desenho de uma paisagem, de uma situação ou contexto, onde os elementos do desenho mantêm uma relação entre si expressando uma organização de espaço característico do conceito de realismo, segundo a teoria do desenvolvimento do desenho. Os resultados indicam que a presença de cenas na expressão das crianças, além de facilitar a intervenção do clínico fornecem elementos de compreensão sobre os seus conflitos facilitando o estudo sobre o campo de elaboração afetiva na psicoterapia breve.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rosa Maria Lopes Affonso, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Pós-doutorado em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo – IP/USP

 

Thais Teixeira, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP

 

Referências

AFFONSO, R.M.L. Alguns indicadores para o diagnóstico e reabilitação psicossocial de crianças com pro-blemas na representação da construção do real. 2006. Pós-Doutorado. Instituto de Psicologia da Uni-versidade de São Paulo, São Paulo, 2006.

AFFONSO, R.M.L. Políticas Avaliativas e as Teorias Psicogenéticas: a avaliação das vivências do ser humano. In: MELO, M.M. (Org.). Avaliação na Educação. Pinhais: Ed. Melo, 2007, pág. 193-199.

AFFONSO, R.M.L. Ludodiagnóstico: Análise Cognitiva das Representações Infantis. São Paulo: Ed. Vetor, 2011.

AFFONSO, R.M.L. Ludodiagnóstico: investigação clínica através do brinquedo. Porto Alegre: AR-TMED, 2012.

AFFONSO, R.M.L. O comportamento hiperativo, a violência doméstica e os problemas de representação. Schème: revista eletrônica de psicologia e epistemologia genéticas, v. 10, p. 110-151, 2018.

AFFONSO, R.M.L Os brinquedos, as funções executivas, a elaboração afetiva e da linguagem na aprendizagem. In: GIMENES, B.P; PERRONE, B. (Org.). Ludicidade e Neurociências. São Paulo, Gênio Criador, 2021, vol. 2 (Coleção Brincar e Educação), p. 80-109.

EFRON, A. M. et al. La hora de juego diagnóstica. In: OCAMPO, M. S. et al. Las técnicas proyec-tivas y el proceso psicodiagnóstico. 4. ed. Buenos Aires: Nueva Visión, 1976, vol I, p. 195-221.

FREUD, S. (1905). Tres ensayos para una teoria sexual. In: FREUD, S. Obras Completas. Trad. De Luiz Lopez-Ballesteros y de Torres. 3. ed. Madrid, Biblioteca Nueva, 1973, v II, p. 1169-1237.

FREUD, S. (1909). Analisis de la fobia de un niño de cinco años. In: FREUD, S. Obras Comple-tas. Trad. De Luiz Lopez-Ballesteros y de Torres. 3. ed. Madrid, Biblioteca Nueva, 1973, v II, p. 1365-1440.

FREUD, S. (1914). Recuerdo, repeticion y elaboracion. In: FREUD, S. Obras

Completas. Trad. Luis Lopez- Ballesteros y de Torres. 3. ed. Madrid, 1973,

Biblioteca Nueva, v. II, 1683-1688.

FREUD, S. (1920) Mas alla del principio del placer. In: FREUD, S. Obras Completas. Trad. De Luiz Lopez-Ballesteros y de Torres. 3 ed. Madrid, Biblioteca Nueva, 1973, v III, p. 2057-2541.

GRIEG, P. A criança e seu desenho: o nascimento da arte e da escrita. Trad. Fatima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2004.

HAUDENSCHILD, T. Refazendo passos iniciais na constituição da realidade psíquica, na aná-lise de uma criança de 6 anos. In: ______. O primeiro olhar. São Paulo: Escuta, 2015, p. 147-181.

KLEIN, M. (1929) A personificação nos jogos das crianças. In: ______. Contribuições à psicanálise. Trad. de Miguel Maillet. São Paulo, Mestre Jou, 1970, p. 269-282.

KLEIN, M. (1930) A importância da formação dos símbolos no desenvolvimento do ego. In:

______. Contribuições à psicanálise. Trad. de Miguel Maillet. São Paulo, Mestre Jou, 1970, p. 295-313.

KLEIN, M. (1931) Uma contribuição à teoria da inibição intelectual. In: ______. Contribuições à psicanálise. Trad. de Miguel Maillet. São Paulo, Mestre Jou, 1970, p. 319-333.

KLEIN, M. (1932) Psicanálise da criança. Trad. Pola Civeli. 2. ed. São Paulo, Mestre Jou, 1975.

MAHLER, M. S. O processo de separação-individuação. Porto Alegre: Jorge Zahar, 1982

KLEIN, M. As psicoses infantis e outros estudos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1983.

PIAGET, J. (1936) La naissance de l’intelligence chez l’enfant. 4 ed. Neuchâtel et Paris, Delachaux et Niestlé, 1963.

KLEIN, M. (1937) La construction du réel chez l'enfant. 2. ed. Neuchâtel et Paris: Delachaux et Niestlé, 1950.

KLEIN, M. (1937) A construção do real na criança. Trad. Álvaro Cabral. Rio de janeiro, Zahar, 1973.

KLEIN, M. (1946) La formation du symbole chez l'enfant. 6. ed. Neuchâtel et Paris: Delachaux et Niestlé, 1976.

VAN KOLCK, L. O. Testes Projetivos gráficos no diagnóstico psicológico. São Paulo: EPU, 1984.

WINNICOTT, D. W. Consultas Terapêuticas em Psiquiatria Infantil. Trad. Joseti Marques Xistos Cunha. Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1971/1984.

Downloads

Publicado

30.06.2022

Como Citar

AFFONSO, Rosa Maria Lopes; TEIXEIRA, Thais. Desenhos livres com estórias e cenas lúdicas na psicoterapia infantil on-line. Cadernos de Pós-graduação, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 115–131, 2022. DOI: 10.5585/cpg.v21n1.21345. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/cadernosdepos/article/view/21345. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos