Reinventando Paulo Freire na educação de jovens e adultos surdos: um relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.5585/cpg.v16n1.7456Palavras-chave:
Surdez. Racialidade. Paulo FreireResumo
Em virtude da parcimônia de trabalhos pedagógicos calcados em uma perspectiva étnico-racial (Lei nº 10.639/03) na educação de jovens e adultos de uma escola bilíngue para surdos, na cidade de São Paulo, desenvolveu-se uma experiência pedagógica pautada na promoção e na valorização da diversidade étnico-racial; em articulação com a temática da surdez, dada a constituição bilíngue da Unidade Escolar (Decreto Municipal nº 52.785/11). Participaram do projeto três turmas de Ensino Fundamental II do período noturno (8ºE, 9ºC e 9ºD, no total de 22 educandos). Em uma perspectiva freiriana, realizaram-se ações pedagógicas interdisciplinares empenhadas em garantir uma diversidade epistemológica não-hegemônica com ênfase para as categorias racialidade e surdez. A sensibilização inicial apoiou-se no filme “Estrelas Além do Tempo” (2016). O tempo de duração foi de um bimestre e envolveu as disciplinas de Ciências, Matemática, Português e LIBRAS. Os resultados revelaram as baixas expectativas profissionais e escolares que os educandos mantêm.