Pauperização, consumismo, superstições e pedagogia social
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n56.11504Palavras-chave:
Alienação, Educação científica, Pseudociência, SuperstiçõesResumo
Este ensaio procura responder a uma questão tripartida: Como pode a pedagogia social reagir face 1) ao crescente “precariado” ou pauperização que ameaça os trabalhadores de todo o mundo, 2) à alienação consumista promovida pela poderosa publicidade assegurada pelo capitalismo internacional, 3) a outras formas de alienação como a pseudociência e as múltiplas superstições, fenómenos espalhados por todo o mundo, sob diferentes formas? Com base em diferentes autores (entre eles Standing, Marcuse, Bauman, Sagan e Popper) argumentamos que à escola, à comunicação social e às organizações sociais, ligadas a autarquias ou a associações populares, compete promover uma reflexão fundamental quanto à ameaça de pauperização que paira sobre a humanidade e quanto à atmosfera do consumismo promovida pelas forças do mercado globalizado. Mas é imperativo também que essas mesmas agências de pedagogia social promovam o debate sobre a pseudociência e as múltiplas formas de superstição, de modo a desenvolver na sociedade atual a consciência crítica face a todas as formas de alienação e o acesso a uma visão de base científica sobre a história da humanidade e do universo.
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