O espaço maker em universidades: possibilidades e limites
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n49.13341Palavras-chave:
Espaço maker, Mobilização do conhecimento, Neoliberalismo, Universidade.Resumo
O texto se desenvolve como um ensaio elaborado a partir de pesquisa exploratória sobre a produção do conhecimento em laboratórios de fabricação digital instalados em universidades e compreendidos a partir dos pressupostos da cultura maker, da mobilização do conhecimento e do neoliberalismo. O objetivo é analisar criticamente os espaços maker considerando o seu aspecto político, que é tensionado pelo acirramento das contradições no neoliberalismo que restringe os espaços públicos. O estudo de caráter qualitativo teve como base a análise de informações públicas sobre a implementação de laboratórios de fabricação digital em universidades brasileiras, visitas a alguns desses laboratórios, entrevistas com participantes desses laboratórios, experiência pessoal de um dos autores, na implantação laboratórios de fabricação digitale, finalmente, análise de referências bibliográficas sobre cultura maker, mobilização do conhecimento, laboratórios de fabricação digital e neoliberalismo. A dinâmica de cooperação entre indivíduos e o modo próprio de gestão do conhecimento nos espaços maker, aponta a hipótese que este modo de produção do conhecimento produz conhecimento aberto, público e democrático, processos vinculados, no caso, ao uso público de recursos tecnológicos. Na perspectiva da mobilização do conhecimento as análises apontam para possibilidades que vão além dos aspectos curriculares no ensino superior, indicando uma via de aplicação da cultura maker na produção de conhecimentos, que remete à relação da universidade com a sociedade. Porém, tais possibilidades enfrentam os limites impostos pelo neoliberalismo que restringe a esfera pública, a democracia e a política, perspectivas presentes na proposta maker.
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