O que nos torna humanos? analisando o discurso ideológico presente na animação o corcunda de notredame.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/eccos.n71.27567

Palavras-chave:

ideologia, cinema, xenofobia, capacitismos, humanização

Resumo

O cinema pode ser uma fecunda ferramenta pedagógica, por possibilitar tanto a fruição estética, como para estabelecer diálogos com alunos acerca dos conteúdos e/ou temáticas. No entanto, não podemos esquecer que os filmes também, podem contribuir para reprodução de ideologias estereotipadas e preconceituosas. Não se deve negligenciar que o filme está presente no cotidiano escolar, sendo usado com uma certa frequência para ajudar ou divertir estudantes na compreensão de determinados assuntos. Nessa perspectiva advogamos, nesse ensaio, a necessidade de uma apropriação crítica dos filmes por professores e estudantes que os possibilite identificar os aspectos ideológicos subjacentes nas narrativas. Objetivamos analisar a animação O Corcunda de Notredame que é uma adaptação da obra de Vitor Hugo, discutindo alguns aspectos ideológicos que a permeiam como: xenofobia, capacitismos e machismo/objetificação do feminino. Na animação a dualidade entre humanidade e animalidade se entrelaçam a partir da relação que estabelece entre ética e estética, ao questionar a analogia entre o feio/belo com o mal/bem, realiza um deslocamento de uma posição que relaciona o feio (nesse caso, o deformado) com o mal/monstruoso e o belo com a bondade. Desse modo, a animação nos leva a questionar: o que nos torna humanos?

 CROSSMARK_Color_horizontal.svg

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Pedro Weslei de Oliveira Silva, Universidade Regional do Cariri

Pedagogo, Mestre em Educação, Professor Efetivo no Município de Barbalha-CE e Pedagogo Hospitalar no HUJB-UFCG-EBSERH. É apaixonado por Cinema e Contador de causos nas horas vagas.

Maria Dulcinea da Silva Loureiro, Universidade Regional do Cariri

Possui graduação em Licenciatura Em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará, mestrado em Educação pela Universidade Federal do Ceará e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo . Atualmente é professora titular da Universidade Regional do Cariri. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Filosofia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação, Filosofia, ensino de filosofia e literatura

Referências

ARAÚJO, S. M. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 1995.

AZEVEDO, Fernando. Literatura Infantil e Leitores. Da Teoria às Práticas. 2ª Edição Revista e Ampliada. Lulu Press, Raleigh, N. C. ISBN: 978-1-326-10972-1. 2014.

BRANDÃO, N.A, A questão da Ideologia em Antonio Gramsci. Revista trabalho & Educação – Vol. 16, nº 2: jul / dez – 2007.

COLLINS, Patricia Hill. BILGE, Sirma. Interseccionalidade. 1. ed. - São Paulo: Boitempo, 2020.

FORTUNATO, I, IBERNON F, NETO S. Formação permanente de professores: experiências ibero-americanas. São Paulo: Edições Hipóteses, 2019.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessário a prática educativa. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2016.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez. 1994.

MARX, Karl. Ideologia Alemã. São Paulo. Editora Martim Fontes, 1998.

SCORSI, R. de Angelo. Cinema na literatura. Pro-Posições, v. 16. n. 2 (47) - maio/ago. 2005.

SILVA, P. W. de O.. Ideologia, cinema e formação docente: O que não te contam sobre os contos de fadas. Crato-CE, 2023. (Dissertação. Mestrado Profissional em Educação) Universidade Regional do Cariri , Crato/Ce.

Downloads

Publicado

13.12.2024

Como Citar

SILVA, Pedro Weslei de Oliveira; LOUREIRO, Maria Dulcinea da Silva. O que nos torna humanos? analisando o discurso ideológico presente na animação o corcunda de notredame. EccoS – Revista Científica, [S. l.], n. 71, p. e27567, 2024. DOI: 10.5585/eccos.n71.27567. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/27567. Acesso em: 18 jan. 2025.

Edição

Seção

Dossiê 71 - A Filosofia da Educação em tempos de crise cultural
Visualizações
  • Resumo 54
  • pdf 32