A geopolítica do poder: movimentos cotidianos e deslocamentos forçados na modernidade

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DOI :

https://doi.org/10.5585/eccos.n61.17755

Mots-clés :

cotidianos, colonialidade do poder, deslocamento forçado, movimentos.

Résumé

Os deslocamentos forçados na modernidade ocuparam um lugar de destaque nas agendas políticas mundiais, tornando-se um tema necessário e poderoso nos debates internacionais em diferentes dimensões das análises políticas, econômicas e também sociológicas. Para esmiuçar esses novos entendimentos sobre esse fenômeno, trazemos à discussão o “Relatório de Tendências Globais em Deslocamento Forçado” e alguns documentos legais produzidos e/ou incorporados nas políticas de Estado por diversos países para tratar do assunto e, também, políticas públicas formuladas no Brasil para o enfrentamento da questão. Para tanto, também foi elaborado um breve panorama histórico-crítico da formação geopolítica do mundo e suas implicações no acelerado processo de migração e refúgio, abrangendo conceitos como identidade histórica e cultural e a legitimação do “Outro” por meio da aposta na diferença. A investigação construída será apoiada no conceito teórico-epistemológico de “colonialidade do poder”, que opera na relação indivíduo-Estado-deslocamento, tendo como base teórico-metodológica os estudos com os cotidianos, a partir de um de seus movimentos de pesquisa, denominado “Sentimento mundo”. Por fim, reitera-se o compromisso da investigação em criar “táticas”, como aprendemos com o cotidiano, e criar “Outras” vozes de enunciação e polifonia, chamando atenção para esse fenômeno mundial que são os deslocamentos forçados na atualidade.

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Claudia Chagas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

Doutora em Educação (PROPED/UERJ), MESTRE EM EDUCAÇÃO (PROPED/UERJ), Especialização em Administração e Planejamento da Educação (UERJ). Pesquisadora do grupo de pesquisa Currículos, redes educativas e imagens e sons, Coordenado pela pesquisadora Nilda Guimarães Alves, atuando principalmente nos seguintes temas: currículo, avaliação, didática, cultura popular., memória, gênero, linguagens e imagem. É coordenadora de Monografia dos polos de Angra dos Reis e Resende, na Educação a Distância, do consórcio CECIERJ/UERJ, no curso de Pedagogia e Bolsista PNPD/CAPES do Programa de Pós-graduação em Educação

Renata Rocha, Universidade do Estado do Rio de Janeiro – FFP/UERJ

Pedagoga, atua na Coordenação Pedagógica dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação – Processos Formativos e Desigualdades Sociais –PPGEDU – FFP/UERJ – Rio de Janeiro, Brasil

 

Thamy Lobo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

Mestranda em Educação pela UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Graduanda em Pedagogia pela UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Graduada em Letras pela Universidade da Cidade. Revisora e Docente na Associação Beneficente São Martinho. E-mail: thamy.lobo@hotmail.com

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Publiée

2022-06-30

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CHAGAS, Claudia; ROCHA, Renata; LOBO, Thamy. A geopolítica do poder: movimentos cotidianos e deslocamentos forçados na modernidade. EccoS – Revista Científica, [S. l.], n. 61, p. e17755, 2022. DOI: 10.5585/eccos.n61.17755. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/17755. Acesso em: 28 août. 2024.