O que nos torna humanos? analisando o discurso ideológico presente na animação o corcunda de notredame.
DOI :
https://doi.org/10.5585/eccos.n71.27567Mots-clés :
ideologia, cinema, xenofobia, capacitismos, humanizaçãoRésumé
O cinema pode ser uma fecunda ferramenta pedagógica, por possibilitar tanto a fruição estética, como para estabelecer diálogos com alunos acerca dos conteúdos e/ou temáticas. No entanto, não podemos esquecer que os filmes também, podem contribuir para reprodução de ideologias estereotipadas e preconceituosas. Não se deve negligenciar que o filme está presente no cotidiano escolar, sendo usado com uma certa frequência para ajudar ou divertir estudantes na compreensão de determinados assuntos. Nessa perspectiva advogamos, nesse ensaio, a necessidade de uma apropriação crítica dos filmes por professores e estudantes que os possibilite identificar os aspectos ideológicos subjacentes nas narrativas. Objetivamos analisar a animação O Corcunda de Notredame que é uma adaptação da obra de Vitor Hugo, discutindo alguns aspectos ideológicos que a permeiam como: xenofobia, capacitismos e machismo/objetificação do feminino. Na animação a dualidade entre humanidade e animalidade se entrelaçam a partir da relação que estabelece entre ética e estética, ao questionar a analogia entre o feio/belo com o mal/bem, realiza um deslocamento de uma posição que relaciona o feio (nesse caso, o deformado) com o mal/monstruoso e o belo com a bondade. Desse modo, a animação nos leva a questionar: o que nos torna humanos?
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© Pedro Weslei de Oliveira Silva, Maria Dulcinea da Silva Loureiro 2024
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- Résumé 74
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