O Supremo Tribunal Federal e o desenvolvimento nacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/prismaj.v19n2.17341

Palavras-chave:

Supremo Tribunal Federal, Desenvolvimento Nacional, Geopolítica.

Resumo

Tem-se como objetivo analisar em que medida o Supremo Tribunal Federal - STF vem levando em conta o desenvolvimento nacional, ao apreciar grandes decisões políticas do Estado brasileiro, quando esse objetivo fundamental colide com outros interesses constitucionalmente protegidos, no período pós-Constituição de 1988. Como resultado, obteve-se que a Corte Suprema realizou implícita e corretamente a ponderação entre o desenvolvimento nacional e o outro bem colidente em um dos casos estudados, mas não o fez em relação aos outros dois, bem como, em todas essas demandas, não abordou os princípios geopolíticos informadores da sociedade internacional pós-bipolar. Concluiu-se que o Supremo Tribunal precisa utilizar a máxima da proporcionalidade de forma expressa e promover a oitiva prévia de especialistas em geopolítica, em audiências públicas, para resolver tais lides. Utilizou-se como método de procedimento o estudo de casos, como método de abordagem o descritivo-exploratório e como técnicas de pesquisa a revisão bibliográfica e jurisprudencial.

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Biografia do Autor

Márcia Haydée Porto de Carvalho, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Maranhão, Brasil

Doutora em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Mestre em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Especialista em Altos Estudos de Política e Estratégia pela Escola Superior de Guerra. Professora Associado I do Departamento de Direito da Universidade Federal do Maranhão, onde ministra disciplinas na graduação em Direito e no Mestrado em Direito e Instituições do Sistema de Justiça. Professora Pesquisadora em Direito da Universidade Ceuma. Promotora de Justiça no Maranhãoo. 

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Publicado

10.12.2020

Como Citar

CARVALHO, Márcia Haydée Porto de. O Supremo Tribunal Federal e o desenvolvimento nacional. Prisma Juridico, [S. l.], v. 19, n. 2, p. 266–283, 2020. DOI: 10.5585/prismaj.v19n2.17341. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/prisma/article/view/17341. Acesso em: 22 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos