A contribuição dos influenciadores digitais para cocriação de valor em marcas de moda

Autores

  • Christian Schünke Universidade Feevale
  • Juliana Alves Andretta Universidade Feevale
  • Dusan Schreiber Universidade Feevale
  • Serje Schmidt Universidade Feevale
  • Sandra Portella Montardo Universidade Feevale

DOI:

https://doi.org/10.5585/remark.v20i2.13865

Palavras-chave:

Moda, Influenciadores Digitais, Cocriação de Valor

Resumo

Objetivo: Este artigo tem como objetivo entender de que forma os influenciadores digitais podem contribuir para a cocriação de valor entre marcas de moda e seu consumidor.

Método: Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa e descritiva, onde a coleta de dados foi realizada através de um questionário aberto com três pequenas empresas da indústria da moda do Rio Grande do Sul.

Originalidade/Relevância: As teorias analisadas possuem relevância nos estudos sobre a cocriação de valor. A principal originalidade desta pesquisa está no campo empírico em que foi desenvolvida: entre influenciadores digitais e marcas de moda.

Resultados: Percebe-se que o influenciador pode assumir um papel importante no relacionamento entre a empresa e o público, proporcionando uma aproximação entre as partes e resultando na cocriação de valor junto à marca. Assim como entende-se que o influenciador exerce função de ator na construção da imagem da marca, ao passo que o influenciador comunica a marca através do seu próprio contexto, posicionando-a mais próxima à realidade do cliente através das experiências virtuais.

Contribuições teóricas: Este estudo oferece um avanço teórico ao apontar que o conceito de cocriação de valor também pode ser aplicado na relação entre entre influenciadores digitais e marcas de moda.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Christian Schünke, Universidade Feevale

Mestre em Indústria Criativa

Juliana Alves Andretta, Universidade Feevale

Mestre em Indústria Criativa

Dusan Schreiber, Universidade Feevale

Doutor em Administração

Serje Schmidt, Universidade Feevale

Doutor em Administração

Sandra Portella Montardo, Universidade Feevale

Doutora em Comunicação Social

Referências

Anderson, C. (2006). A cauda longa. Rio de Janeiro: Campus.

Arruda Filho, E. J. M., Santos, A. J. C. d. & Brito, E. P. Z. (2015). Technology Consumer

Behaviour: A Study of Hedonic/Utilitarian Preference via Virtual Space. International Journal of Business Information Systems, v. 20, n. 4.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Bonazzi, F. L. Z. & Moises, A. Z. (2014). Inovação e Modelo de Negócio: um estudo de caso sobre a integração do Funil de Inovação e o Modelo Canvas. R. bras. Gest. Neg., São Paulo, v. 16, n. 53, p. 616-637, out./dez.

Braga, G. C. & Coelho, M. F. (2018). Marketing Digital: Estratégias de Blogueiras de Moda. Marketing & Tourism Review, v. 3, n. 2.

Calanca, D. (2008). História Social da Moda. São Paulo: Editora Senac São Paulo.

Caldas, D. (2006). Observatório de sinais: teoria e prática da pesquisa de tendências. Rio de Janeiro: SENAC.

Dietrich, J. F., Brasil, V. S. & Frio, R. S. (2013). O processo de cocriação de valor entre empresas e consumidores: uma análise comparativa de dois casos da indústria de bens de consumo. RAIMED - Revista de Administração IMED, 3(3), p. 221-238

Faux, D. S. (2000). Beleza do século. Tradução Paulo Neves. São Paulo: Csac Naify.

Freberg, K., Graham, K., Mcgaughey, K. & Freberg, L. (2010). Who are the social media influencers? A study of public perceptions of personality. Public Relations Review, 37 (1), 90-92.

Frow, P. & Payne, A. (2011). A stakeholder perspective of the value proposition concept. European Journal of Marketing, v. 45, n. 1/2, p. 223-240.

Gebauer, H., Johnson, M. & Enquist, B. (2010). Value co-creation as a determinant of success in public transport services. Managing Service Quality, v. 20, n. 6, p. 511-530.

Glucksman, M. (2017). The Rise of Social Media Influencer Marketing on Lifestyle Branding: A Case Study of Lucie Fink. Elon Journal of Undergraduate Research in Communications, 8(2) pp. 77-87.

Gummesson, E. (2008). Extending the service-dominant logic: from customer centricity to balanced centricity. Journal of the Academy of Marketing Science, v. 36, n. 1, p. 15-17.

Ishida, G. (2018). Métodos para identificação e características de influenciadores em mídias sociais. In: Silva, T.; Buckstegge, J.; Rogedo, P. Estudando cultura e comunicação com mídias sociais. Brasília: IBPAD.

Jenkins, H., Green, J. & Ford, S. (2014). Cultura da conexão. Criando valor e significado por meio da mídia propagável. São Paulo: Aleph.

Karhawi, I. (2016). Influenciadores digitais: o Eu como mercadoria. In: Corrêa, E. S. & Silveira, S.C. (Orgs.). Tendências em Comunicação Digital. São Paulo: ECA-USP.

Karhawi, I. (2017). Influenciadores digitais: conceitos e práticas em discussão. In: Abrapcorp – Congresso Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas, XI, 2017, Belo Horizonte. Anais do XI Congresso Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas: Comunicação e Poder Organizacional: enfrentamentos discursivos, políticos e estratégicos. Minas Gerais: Abrapcorp.

Kotler, P. (2000). Administração de Marketing. 10ª Edição, 7ª reimpressão. Tradução Bazán Tecnologia e Lingüística. São Paulo: Prentice Hall.

Lincoln, J. (2016). Digital influencer: a guide to achieving influencer status online (1º Edição). United States: CreateSpace Independent Publishing Platform.

Lins, S. L. B., Weiler, K. L., Pereira, R. C. F. & Beck, C. G. (2017). O Comportamento de Consumo de Tecnologias Digitais pelo Público Feminino. Revista de Administração da UFSM, v. 10, n. 6, p. 956-975.

Lipovetsky, G. (2009). O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. Tradução Maria Lucia Machado. São Paulo: Companhia de Letras, 294 p.

Millspaugh, J. & Kent, A. (2016). Co-creation and the development of SME designer fashion enterprises. Journal of Fashion Marketing and Management. Vol. 20, No. 3, pp. 322-338.

Nogueira, C. C. V., Ferreira, D. O. & Arruda Filho, E. J. M. (2018). A influência dos blogs de moda no processo de decisão de compra do consumidor feminino. CONTEXTUS Revista Contemporânea de Economia e Gestão, v. 16, n. 1, p. 32-61.

Parker, G., Van Alstyne, M. & Houdary, S.P. (2016). Platform Revolution. How networked markets are transforming the economy and how to make them work for you. New York: W. W. Norton Company.

Patel, D. (2017). How To Use Instagram Analytics To Create A Better Customer Experience. Forbes. Disponível em: https://www.forbes.com/sites/deeppatel/2017/07/11/how-touse-Instagram-analytics-to-create-a-better-customer-experience/2/#1a94198535d9. Acesso em 10 dez. 2018.

Pedroni, M. (2015). “Stumbling on the heels of my blog”: Career, forms of capital, and strategies in the (Sub)Field of Fashion Blogging. Fashion Theory, v. 19, n. 2, 179-199.

Pires, D. (2010). Design de Moda: olhares diversos. São Paulo: Estação das Letras e Cores Editora, 423 p.

Piza, M. V. (2016). Processos de influências sociais no ambiente online: análise da youtuber Jout Jout. Dissertação de Mestrado em Sociologia - Universidade de Brasília, Brasília.

Prahalad, C. K. & Krishnan, M. S. (2008). A nova era da inovação. Rio de Janeiro, RJ: Campus, 242 p.

Prahalad, C. K. & Ramaswamy, V. (2004). O Futuro da competição: como desenvolver diferenciais inovadores em parceria com os clientes. Rio de Janeiro, RJ: Campus, 303 p.

Primo, A. (2007). O aspecto relacional das interações na Web 2.0. In: E-Compós.

Prodanov, C. & Freitas, E. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo, RS: Feevale.

Quero, M. J. & Ventura, R. (2015). The role of balanced centricity in the Spanish creative industries adopting a crowd-funding organisational model. Journal of Service Theory and Practice, v. 25, n. 2, p. 122–139.

Ramaswamy, V. & Ozcan, K. (2018). What is co-creation? An interactional creation framework and its implications for value creation. 0148-2963/ © 2017 Elsevier Inc. All rights reserved. Journal of Business Research 84, p. 196–205.

Rigueiral, C. & Rigueiral, F. (2002). Design & Moda: Como agregar valor e diferenciar sua confecção. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas; Brasília, DF: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 198 p.

Saarijärvi, H., Kannan, P. K. & Kuusela, H. (2013). Value co-creation: theoretical approaches and practical implications. European Business Review Vol. 25 No. 1, pp. 6-19.

Sayeg, C. M. & Dix, L. T. (2015). Gerência de Produtos de Moda. São Paulo: Estação das Letras e Cores; Rio de Janeiro: Ed. Senac Rio de Janeiro, 215 p.

Seivewright, S. (2009). Pesquisa e design. Porto Alegre, RS: Bookman, 175 p.

Shirky, C. A. (2011). Cultura da participação. Criatividade e generosidade no mundo conectado. Rio de Janeiro: Zahar.

Silva, M. J. de B., Farias, S. A., de Grigg, M. K. & Barbosa, M. de L. A. (2020) Online Engagement and the Role of Digital Influencers in Product Endorsement on Instagram, Journal of Relationship Marketing, 19:2, 133-163.

Silva, M. de & Wright, M. (2019). Entrepreneurial co-creation: societal impact through open innovation. R&D Management 49, 3, p. 318-342.

Silveira, S. & Morisso, J. G. (2018) O uso de algoritmos na mídia programática. In: Revista

Parágrafo, São Paulo, Brasil, v. 6, n. 1, p. 71-82, jan./abr.

Simmel, G. (2014). Filosofia da moda. Lisboa, Portugal: Edições Texto & Grafia.

Sorger, R. & Udale, J. (2009). Fundamentos de Design de Moda. Porto Alegre: Bookman, 176 p.

Srniceck, N. (2018). Platform Capitalism. Cambridge, UK: Polity Press.

Terra, C. F. (2010). Usuário-mídia: a relação entre a comunicação organizacional e o conteúdo gerado pelo internauta nas mídias sociais. 2010. Tese (Doutorado) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Treptow, D. (2013). Inventando Moda: Planejamento de Coleção. São Paulo: Edição da Autora, 208 p.

Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.

Van Dijck, J., Poell, T & de Waal, M. (2018). The platform society: Public values in a connective world. Oxford: Oxford University Press.

Van Dijck, J. (2017). Foreword. In: Schäfer, M. T. & Es, K. V. (Ed.) The datafied society. Studying Culture through data. Amsterdam: Amsterdam University Press.

Vargo, S. L. (2011). Market Systems, stakeholders and value propositions. Towards a service-dominant logic - based theory of the market. European Journal of Marketing, Vol. 45. n 1/2, p. 217-222.

Vargo, S. L. & Lusch, R. F. (2008). Service-dominant logic: continuing the evolution. Journal of the Academy of Marketing Science [S.I.], v. 36, n. 1, p. 1-10

Vargo, S. L., Maglio, P.P. & Akaka, M. A. (2008). On value and value co-creation: A service systems and service logic perspective. European Management Journal, 26, p. 145– 152.

Vargo, S. L. & Lusch, R. F. (2004). Evolving to a New Dominant Logic for Marketing. Journal of Marketing [S.I.], v. 68, n. 1, p. 1-17.

Vaz, C. A. (2011). Os 8 Ps do Marketing Digital: o seu guia estratégico de marketing digital. São Paulo: Novatec Editora.

Weinswig, D. (2016). Influencers Are The New Brands. Forbes. Disponível em: <https://www.forbes.com/sites/deborahweinswig/2016/10/05/influencers-are-the-new-brands/#25bb8f937919>. Acesso em 15 dez. 2018.

Downloads

Publicado

14.06.2021

Como Citar

Schünke, C., Andretta, J. A., Schreiber, D., Schmidt, S., & Montardo, S. P. (2021). A contribuição dos influenciadores digitais para cocriação de valor em marcas de moda. ReMark - Revista Brasileira De Marketing, 20(2), 226–251. https://doi.org/10.5585/remark.v20i2.13865

Edição

Seção

Artigos