O processo de incorporação de estratégias emergentes por sistemas de controle de gestão: evidências a partir de um estudo de caso com BSC
DOI:
https://doi.org/10.5585/riae.v19i3.17290Palavras-chave:
Balanced Scorecard, Estratégia emergente, Implementação, Processo.Resumo
Objetivo do estudo: O estudo teve como objetivo descrever um processo de incorporação de estratégias emergentes por uma organização que utiliza um Sistema de Controle de Gestão (SCG), baseado no Balanced Scorecard (BSC).
Metodologia/abordagem: Abordagem processual, por meio da qual o fenômeno foi examinado como uma sequência de eventos ao longo do tempo, nos quais a participação de indivíduos de diferentes níveis e posições foi considerada. O método empregado foi o estudo de caso, que privilegia levantamentos qualitativos, tais como a interação entre o SCG e as estratégias deliberadas ou emergentes.
Originalidade/relevância: Ampliou o conhecimento do processo de implementação através do uso de SCG, baseado no BSC, por meio do qual, apesar do rígido controle, uma nova estratégia emergiu e foi incorporada à estratégia deliberada. Raros são os estudos que, abordando as duas frentes teóricas (estratégia emergente e controle de gestão), oferecem uma descrição detalhada do processo que as integra.
Principais resultados: Os resultados evidenciaram que o uso do BSC, como SCG, viabiliza a comunicação e o desdobramento de objetivos estratégicos alinhados e priorizados, o monitoramento da implementação através de revisões e é compatível com o desenvolvimento de uma estratégia emergente. Também explicaram que a emergência ocorreu de maneira lenta e incremental. Além disso, sua integração só foi possível graças aos movimentos contínuos e progressivos de constrições internas, oriundas da base da organização, e externas, advindas de diversos atores do mercado.
Contribuições teóricas/metodológicas: Contribuiu para elucidar o processo de implementação de estratégias através do uso de um SCG baseado no BSC, com suas limitações, e também a dinâmica da evolução de uma estratégia emergente, desde o seu surgimento até a sua incorporação no plano, relevando a participação de diferentes stakeholders no processo.
Downloads
Referências
Americano, G., & Fleck, D. (2015). Implementação de estratégia como um processo de mudança organizacional. Relatórios Coppead, v. 417, n. Fevereiro.
Antonsen, Y. (2014). The downside of the balanced scorecard: A case study from Norway. Scandinavian Journal of Management, 30(1), 40-50.
Balogun, J., & Johnson, G. (2005). From intended strategies to unintended outcomes: The impact of change recipient sensemaking. Organization studies, 26(11), 1573-1601.
Bernardes, M. E. B., Dias, C. G., & Drummond, C. G. D. (2008). Processo de implementação de estratégia: onde estamos e como podemos prosseguir. Anais do XXXII Encontro da ANPAD, Rio de Janeiro.
Bower, J. L. (1970). Managing the resource allocation process: a study of corporate planning and investment. Harvard Business School Division of Research, Boston, MA
Burgelman, R. A. (1983). Corporate entrepreneurship and strategic management: Insights from a process study. Management science, 29(12), 1349-1364.
Centro Educacional Leonardo Da Vinci. (19/07/2018). O Leonardo: Quem somos. Fonte: Site do Centro Educacional Leonardo Da Vinci: https://www.leonardoonline.com.br/.
Correio Brasiliense. (19 de 09 de 2018). Inicio: Capa Ideb: confira ranking das escolas do Distrito Federa. Fonte: Site do Correio Brasiliense: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/ensino_educacaobasica/2018/09/06/ensino_educacaobasica_interna,704465/ideb-confira-ranking-das-escolas-do-distrito-federal.shtml.
Coon, B., & Wolf, S. (2005). The alchemy of strategy execution. Employment relations today, 32(3), 19-30.
Daft, R. L., & Macintosh, N. B. (1984). The nature and use of formal control systems for management control and strategy implementation. Journal of Management, 10(1- Spring), 43-66.
Eisenhardt, K. (1989). Building theories from case study research, 14(4), 532-550.
Frezatti, F., Bido, D. de S., Cruz, A. P. C. da., Machado, M. J. de C. (2014). O papel do Balanced Scorecard na gestão da inovação. RAE-Revista de Administração de Empresas, 54(4), 381-392.
Gomes, J. S. & Salas, J. A.; (1997) Controle de gestão: uma abordagem contextual e organizacional – Textos e casos. Atlas, São Paulo.
Hamel, G. (2009). Moon shots for management. Harvard business review, 87(2), 91-98.
Jaworski, B. J.; Macinnis, D. J. Marketing jobs and management controls: toward a framework: EBSCOhost. Journal of Marketing Research (JMR), v. 26, n. 4, p. 406–419, 1989.
Jazayeri, M.; Scapens, R. W. The business values scorecard within bae systems: The evolution of a performance measurement system. The British Accounting Review, v. 40, n. 1, p. 48–70, mar. 2008.
Jordão, R. V. D. & Casas Novas, J. L. (2013). A study on the use of the balanced scorecard for strategy implementation in a large Brazilian mixed economy company. Journal of technology management & innovation, 8(3), 98-107.
Kaplan, R. S. & Norton, D. P. (1996). Using the balanced scorecard as a strategic management system. Havard Business Review. , v. 74, n. 1, p. 75–85.
Kaplan, R. S. & Norton, D. P. (1996) The balanced scorecard: Translating strategy into action Harvard Business Review Disponível Em: http://Ieeexplore.Ieee.Org/Document/628729/.
Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (2001). Transforming the balanced scorecard from performance measurement to strategic management: Part II. Accounting horizons, 15(1), 87-104.
Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (2006). How to implement a new strategy without disrupting your organization. Harvard Business Review, 84(3), 100.
Kaplan, R. S. & Norton, D. P. (2007) Using the Balanced Scorecard. Harvard Business Review, v. 85, n. 7/8, p. 150–161.
Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (2008). Mastering the management system. Harvard Business Review, 86(1), 62.
Langley, A. (2007). Process thinking in strategic organization. Strategic Organization, 5(3), 271-282.
Lowe, A., & Jones, A. (2004). Emergent Strategy and the Measurement of Performance: The Formulation of Performance Indicators at the Microlevel. Organization Studies, 25(8), 1313–1337.
Mariotto, F. L. (2003). Mobilizando estratégias emergentes. Revista de Administração de Empresas, 43(2), 78-93.
Mariotto, F. L.; Zanni, P. P.; De Moraes, G. H. S. M. (2014) What is the use of a single-case study in management research? RAE- Revista de Administración de Empresas, v. 54, n. 4, p. 358–369.
Ministério da Educação (MEC). (19/09/2018). Legislação. SISU - Sistema de Seleção Unificada: http://sisu.mec.gov.br/legislacao.
Mintzberg, H. (1978). Patterns in strategy formation. Management science, 24(9), 934-948.
Mintzberg, H. (1987). Crafting Strategy. Harvard Business Review, 65(4 - Jul/Aug), 66-75.
Mirabeau, L., & Maguire, S. (2014). From autonomous strategic behavior to emergent strategy. Strategic Management Journal, 35(8), 1202-1229.
Moore, G. A., & Adamson, R. (2011). Escape velocity: Free your company's future from the pull of the past. HarperBusiness.
Neely, A. (2008). Does the balance scorecard work: an empirical investigation. Business, n. 1620.
Noda, T., & Bower, J. L. (1996). Strategy making as iterated processes of resource allocation. Strategic management journal, 17(S1), 159-192.
Norreklit, H. (2000). The balance on the balanced scorecard a critical analysis of some of its assumptions. Management accounting research, 11(1), 65-88.
O'Reilly III, C. A., & Tushman, M. L. (2004). The ambidextrous organization. Harvard business review, 82(4), 74.
Pettigrew, A. M. (1992). The Character and Significance of Strategy Process Research. Strategic Management Journal, 13(8- Winter- Special Issue), 5-16.
Simons, R. (1991) Strategic orientation and top management attention to control systems. Strategic Management Journal 12/1: 49–62.
Simons, R. (1994). How new top managers use control systems as levers of strategic renewal. Strategic management journal, 15(3), 169-189.
Simons, R., (1995) Levers of Control, Boston, Harvard Business School Press, 1995.
Vergara, S. C. (2005). Métodos de Pesquisa em Administração São Paulo: Ed Atlas AS.
Voelpel, S. C., Leibold, M., & Eckhoff, R. A. (2006). The tyranny of the Balanced Scorecard in the innovation economy. Journal of Intellectual Capital, 7(1), 43-60.
Whittington, R. (2007). Strategy Practice and Strategy Process: Family Differences and the Sociological Eye. Organization Studies, 28(10), 1575-1586.
Yin, R. K. (1994). Case Study Research: design and methods. Thousand Oaks: Sage Publications.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Luiz Gustavo Vaz de Melo, Maria Elisa Brandão Bernardes

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
- Resumo 531
- PDF 601