Relação entre tempo de transplante renal e força muscular respiratória: série de casos

Autores

  • Carla Cristina Braga Maranhão Programa de Residência Multiprofissional Integrada a Saúde
  • Lívia Gomes da Rocha Programa de Pós Graduação em Fisioterapia
  • Helga Cecília Muniz de Souza Serviço de Fisioterapia do Hospital das Clínicas de Universidade Federal de Pernambuco
  • Patrícia Érika de Melo Marinho Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.5585/conssaude.v18n1.8714

Palavras-chave:

Transplante Renal. Músculos Respiratórios. Espirometria. Atividade física.

Resumo

Introdução: O paciente com Doença Renal Crônica (DRC) apresenta alterações respiratórias que persistem após o transplante e o restabelecimento da função renal. Objetivos: Avaliar a relação entre o tempo de transplante renal e sua influência sobre a força dos músculos respiratórios. Métodos: Foram avaliados voluntários adultos atendidos no Ambulatório de Pós-Transplante Renal do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, quanto à força muscular respiratória (manovacuometria), à função pulmonar (espirometria) e o nível de atividade física (Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ). Resultados: Foram avaliados 15 voluntários no total. No grupo <154 meses de transplante renal, 57,14% dos voluntários apresentaram fraqueza muscular inspiratória (FMI), 57,14% e 71,42% apresentaram, respectivamente, redução dos valores previstos de capacidade vital forçada (CVF%) e do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1%), e 100% foram considerados ativos. No grupo ≥154 meses de transplante renal, 50% deles apresentaram FMI, 37,5% mostraram valores de CVF% e VEF1% reduzidos e 62,5% foram classificados inativos. Todos os voluntários do estudo apresentaram fraqueza muscular expiratória. Conclusão: O grupo com menor tempo de transplante apresentou maior comprometimento da força muscular respiratória, sendo observado um nível de atividade física significativamente menor no grupo com maior tempo de realização do transplante. Não houve diferença em relação à função pulmonar entre os grupos.

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Biografia do Autor

Carla Cristina Braga Maranhão, Programa de Residência Multiprofissional Integrada a Saúde

Fisioterapeuta especialista Fisoterapia em Nefrologia pelo Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco.  

Lívia Gomes da Rocha, Programa de Pós Graduação em Fisioterapia

Fisioterapeuta especialista na área de Fisioterapia em Nefrologia. Mestre em Fisioterapia pelo Programa de Pós Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco

Helga Cecília Muniz de Souza, Serviço de Fisioterapia do Hospital das Clínicas de Universidade Federal de Pernambuco

Mestre em Fisioterapia pelo Progama de Pós Graduação de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco. Preceptora na área de Fisioterapia, do Progama de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde do Hospital das Clínicas.

Patrícia Érika de Melo Marinho, Universidade Federal de Pernambuco

Departamento de Fisioterapia. Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar/UFPE

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Publicado

29.03.2019

Como Citar

1.
Maranhão CCB, Rocha LG da, Souza HCM de, Marinho P Érika de M. Relação entre tempo de transplante renal e força muscular respiratória: série de casos. Cons. Saúde [Internet]. 29º de março de 2019 [citado 28º de março de 2024];18(1):35-41. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/saude/article/view/8714

Edição

Seção

Artigos