O caminho se faz caminhando: histórias de vida e de aprendizagem na constituição pessoal e profissional do(a) educador(a) social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/eccos.n58.11572

Palavras-chave:

aprendizagem, educador social, pedagogia social, subjetividade

Resumo

 

Este texto se trata de um recorte com resultados parciais da tese de doutorado em Educação, em andamento, que investiga a constituição subjetiva de educadoras(es) sociais a partir de suas histórias de vida e de aprendizagem. Propõe-se, nesse esforço reflexivo, gerar inteligibilidade sobre: como se constitui o educador social a partir de suas histórias de vida e de aprendizagem? A partir da inspiração na metodologia de História de vida, investigaram-se as trajetórias de um educador social e suas relações com aspectos profissionais e pessoais, buscando compreender como os processos de aprendizagem fazem parte de sua constituição como ensinante e educador social. As bases teóricas da investigação referem-se a: Pedagogia Social, em uma perspectiva crítica; Teoria da Subjetividade; Psicologia Histórico-cultural; e teorias psicopedagógicas. A análise do material empírico foi realizada a partir da Análise Textual Discursiva e os resultados parciais são: a) a relação com os primeiros ensinantes contribuiu significativamente para a constituição do educador, bem como a relação com a religião de matriz africana e o lugar que o saber ocupa em sua cosmovisão; b) as experiências negativas na escola influenciaram os processos de aprendizagem de vida – com família, amigos, educadoras(es) sociais – para que se tornassem centrais na constituição subjetiva do sujeito da pesquisa; c) a relação com a música e o fazer como educador social participam fortemente da sua constituição pessoal, como sujeito que aprende e que ensina.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Juliana dos Santos Rocha, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS

Psicopedagoga, Mestra e Doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Bolsista CAPES. Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Aprendizagem e Processos Inclusivos (NEPAPI/PUCRS) e do Coletivo de Educação Popular e Pedagogia Social (CEPOPES/UFRGS).

Marlene Rozek, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Pedagoga. Metre e Doutora em Educação. Professora Titular do Programa de Pós-grasuação em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Aprendizagem e Processos Inclusivos (NEPAPI) e do Grupo de Pesquisa Formação Docente, Inclusão e Processos de Aprendizagem (FIPA).

Francisco Jose Del Pozo Serrano, Universidad Nacional de Educación a Distancia - UNED

Educador Social. Doutor en Ciências da Educação (Universidad de Granada). Professor e Investigador do Dpto. de Educación do Instituto de Estudios en Educación-IESE de la Universidad del Norte (Barranquilla/Colômbia). Presidente da Asociación colombiana de Pedagogía Social y Educación Social (ASOCOPESES). Coordenador do Núcleo de Pedagogía Social (UniNorte).

Referências

ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 1981.

BERTAUX, Daniel. A vingança do curso de ação contra a ilusão científica. Civitas, Porto Alegre, v. 14, n. 2, p. 250-271, mai./ago. 2014. Disponível em http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/download/17147/11472. Acesso em: 2 set. 2021.

BERTAUX, Daniel. Le récit de vie. Paris: Nathan, 2009.

CARIDE, José Antonio. Las fronteras de la pedagogía social: perspectivas científica e histórica. Barcelona: Gedisa, 2005.

DEL POZO SERRANO, Francisco. Pedagogía Social en Colombia: entre la experiencia de la educación popular y el reto de la investigación-acción en la profesionalización socioeducativa de un país en posconflicto. Ensino & Pesquisa, v. 15, n. 2, p. 97-116, jul. 2017. Disponível em: http://periodicos.unespar.edu.br/index.php/ensinoepesquisa/article/view/1644. Acesso em: 2 set. 2021.

DIAS, Santiago P. Educadoras e educadores sociais de Porto Alegre em busca de reconhecimento. 2018. 262 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.

DOMINICÉ, Pierre. A formação de adultos confrontada pelo imperativo biográfico. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 345-357, mai./ago. 2006. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/ep/article/view/28014. Acesso em: 2 set. 2021.

FERNÁNDEZ, Alícia. Os idiomas do aprendente: análise das modalidades ensinantes com famílias, escolas e meios de comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogía del oprimido. Montevideo: Tierra Nueva, 1985.

GONZÁLEZ REY, Fernando. A configuração subjetiva dos processos psíquicos: avançando na compreensão da aprendizagem como produção subjetiva. In: MITJÁNS MARTINEZ, A.; SCOZ, B. J. L.; CASTANHO, M. I. S. (Orgs.). Ensino e aprendizagem: a subjetividade em foco. Brasília: Liber Livro, 2012. p. 21-42.

GONZÁLEZ REY, Fernando. O valor heurístico da subjetividade na investigação em psicologia. In: GONZÁLEZ REY, F. Subjetividade, complexidade e pesquisa em psicologia. São Paulo: Thompson Learning, 2005. p. 27-51.

GONZÁLEZ REY, Fernando. Subjetividad, sujeto y construcción del conocimiento: el aprendizaje desde otra optica. Linhas Críticas, Brasília, v. 4, n. 7-8, p. 17-22, jul. 1998/jun. 1999.

GONZÁLEZ REY, Fernando. Sujeito e subjetividade: uma aproximação histórico-cultural. São Paulo: Thomson Learning, 2003.

GONZÁLEZ REY, Fernando; MITJÁNS MARTÍNEZ, Albertina. Subjetividade: teoria, epistemologia e método. Campinas: Alínea, 2017.

GONZÁLEZ REY, Fernando; QUEVEDO, Jorge Moncayo. Subjetividad, cultura e investigación cualitativa: los antecedentes desde la personalidad y el método clínico. Bogotá: Editorial Aula de Humanidades, 2017.

MORAES, Roque; GALIAZZI, Maria do Carmo. Análise textual discursiva. Ijuí: Editora Unijuí, 2011.

OUTEIRAL, José O.; CEREZER, Cleon S. Autoridade e mal-estar do educador. São Paulo: Zagodoni, 2011.

PAÍN, Sara. A função da ignorância. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

PAÍN, Sara. Subjetividade e objetividade: relação entre desejo e conhecimento. São Paulo: CEVEC, 1996.

QUIROGA, Ana. Matrices de aprendizaje: constitución del sujeto en el proceso de conocimiento. Argentina: Editorial CINCO, 1996.

RIBAS MACHADO, Érico. Interfaces entre la educación popular de Paulo Freire y la Pedagogía Social en el contexto brasileño. In: DEL POZO SERRANO, F. J. Pedagogía Social en Iberoamérica: fundamentos, ámbitos y retos para la acción socioeducativa. Barranquilla: Universidad del Norte, 2018. p. 53-71.

ROCHA, Juliana dos Santos; DI FRANCO, Alice. A aprendizagem em contextos de vulnerabilidade social. In: ROZEK, M.; DOMINGUES, C. L. K. As dificuldades de aprendizagem e o processo de escolarização. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2017. p. 165-194.

ROCHA, Juliana dos Santos; ROZEK, Marlene. Quando aprender na escola é (im)possibilidade. RLCSNJ, Manizales, v. 16, n. 1, 2017, p. 361-373.

SCOZ, Beatriz; TACCA, Maria Carmen; CASTANHO, Marisa Irene. Subjetividade, ensino e aprendizagem: contribuições de pesquisas acadêmicas. In: MARTINEZ, A. M. SCOZ, B. J. L.; CASTANHO, M. I. S. (Orgs.). Ensino e aprendizagem: a subjetividade em foco. Brasília: Liber Livros, 2012. p. 131-156.

ÚCAR, Xavier. Pedagogía de la elección. Barcelona: UOC, 2016a.

ÚCAR, Xavier. Relaciones socioeducativas: la acción de los profesionales. Barcelona: UOC, 2016b.

VÉLEZ DE LA CALLE, Claudia. Pedagogía Social en Colômbia. Cali: Bonaventuriana, 2010.

Downloads

Publicado

30.09.2021

Como Citar

DOS SANTOS ROCHA, Juliana; ROZEK, Marlene; DEL POZO SERRANO, Francisco Jose. O caminho se faz caminhando: histórias de vida e de aprendizagem na constituição pessoal e profissional do(a) educador(a) social. EccoS – Revista Científica, [S. l.], n. 58, p. e11572, 2021. DOI: 10.5585/eccos.n58.11572. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/11572. Acesso em: 18 abr. 2024.